Prólogo

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Ele quebra o comunicador e a imagem da única pessoa que amara na vida vai se transformando em caquinhos de vidro, doeu nele, mas era preciso.
   Ele tentara a anos tentar se controlar sozinho, nunca conseguiu, só conseguia com ela. Se sentia culpado, não poderia viver uma vida inteira dependendo dela para se manter calmo, dependendo dela que também procurava sua calmaria. Ele não podia mais. Ele não queria prende-la a ele e viver na dependência dela, ela tinha que ser livre, ele tinha que aprender a se cuidar e controlar-se sozinho, mas doía nele, doía saber que seu único amor agora estaria longe, doía saber que ela também o gostava mas mesmo assim ele teve de ir.
   Ele imaginava o rosto dela a cada segundo, imaginava se ela seguiria sua vida ou também se trancaria em um lugar como ele para esconder o que sente. Doía muito nele saber que a mesma dor que ele sentia naquele momento ela também poderia sentir.

– desculpa, nat. – ele fez um movimento involuntário e baixou a cabeça, logo depois direcionou a nave para o lado leste e foi em busca de uma nova moradia, ou melhor, esconderijo.

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