— Olá. — Harry disse ao entrar na clínica.
Era um lugar que ajudava pessoas que haviam perdido uma parte de si, física e/ou mental. Harry estava no segundo ano do curso de psicologia, e estava se voluntariando para aprender mais para si e seu curso, e também para ajudar quem precisasse. Harry tinha um coração de ouro.
— Olá, querido. Veio visitar alguém? — A recepcionista perguntou com um sorriso simpático.
— Mais ou menos, eu sou voluntário. — Harry disse sorrindo grande.
— Ah, que ótimo! — Ela disse animada. — Qual seu nome? — Perguntou pegando um livro grande.
— Harry Styles. — Ele disse a vendo folhear o livro, e então ela sorriu.
— Está aqui, você foi designado para o Louis Tomlinson. Venha comigo e eu lhe mostro o quarto dele. — Ela disse começando a andar, Harry a seguindo.
Quando chegaram em frente ao quarto de Louis, ela parou e olhou para Harry.
— Querido, eu devo lhe avisar, Louis perdeu a visão recentemente, está sendo difícil para ele lidar com tudo que perdeu além da visão. Então, às vezes, ele pode ser bem ranzinza. — Ela disse, Harry assentiu entendendo completamente o lado de Louis mesmo sem nem saber a história toda.
— Posso lidar com isso. — Harry sorriu.
A recepcionista então desejou 'boa sorte' a Harry e se afastou. Ele deu duas batidinhas na porta e a abriu.
— Olá. — Disse colocando sua cabeça para dentro do quarto.
— Não conheço sua voz, vá embora. — Louis mandou.
— Não quer conhecer? — Harry ofereceu com um sorriso no rosto.
— Não, pode ir.
O sorriso de Harry sumiu com essa resposta.
— Bem, eu sou Harry, e sou voluntário. — Disse, seu melhor sorriso de covinhas em seu rosto, mesmo que Louis não pudesse ver.
— Sério, eu não estou nem um pouco interessado se você é voluntário, médico, ou até o Papa. Nenhum desses iria me ajudar. — Louis disse amargurado, mas Harry percebeu uma pitada de tristeza.
— Podemos começar nos conhecendo. O que você gosta de fazer? — Harry perguntou fazendo seu melhor para mostrar seu interesse através da voz.
— Ficar calado. — Louis disse grosseiro, mas aquilo não ia parar Harry.
— Que pena para você, mas isso é bom para mim, eu gosto muito de falar. E você pode me ouvir por horas e horas. — Harry disse animado.
— Será que eu se enfiar um lápis no ouvido, também fico surdo? — Louis perguntou para si mesmo, sua expressão pensativa como se ele estivesse fazendo um grande questionamento.
— Você é engraçado. — Harry riu, e mesmo Louis não querendo admitir, gostou daquele som. — Ei, você tem quadrinhos! — Harry disse animado.
Louis sabia onde estavam seus quadrinhos, e ouviu os passos de Harry se aproximando de lá.
— Não toque neles! — Louis gritou.
Harry se assustou e se afastou. — Desculpa. — Murmurou.
Louis suspirou sabendo que assustou Harry. — Por que você não vai embora? — Louis perguntou.
— Eu gostei daqui. — Harry disse encolhendo os ombros.
— Ótimo, você me dá seus olhos e fica aqui no meu lugar. — Louis disse e Harry suspirou, mas resolveu seguir com a conversa que não era bem uma conversa.
— Você ia gostar dos meus olhos, são verde esmeralda. — Harry disse sorrindo fraco.
— Tanto faz, não posso vê-los mesmo. — Louis disse triste, Harry se bateu mentalmente.
— Qual a cor dos seus? — Harry perguntou para mudar de assunto, e também porque estava curioso.
— Cinza. — Louis disse.
Harry suspirou. — Vamos lá, me responde só essa. — Pediu.
— Azuis. — Louis disse.
— Eu gosto de azul. Claro ou escuro? — Harry perguntou.
— Me pediu para responder só aquela. — Louis disse arqueando uma sobrancelha.
— Tudo bem, então eu vou começar a falar sem parar...
— Droga, você é muito chato. — Louis resmungou e Harry riu concordando mentalmente. — Da cor do mar. — Louis respondeu.
— Aposto que eram lindos. — Harry sorriu.
— Eles eram, mas aí um estúpido acidente de carro os tirou de mim. — Louis disse triste e também com raiva, seus sentimentos eram uma bagunça quando se tratava de seu acidente.
— Como aconteceu? — Harry perguntou curioso.
— Sério? Eu te conheço tem dez minutos e você acha mesmo que vou te contar algo assim? Você devia mesmo ir embora. — Louis resmungou.
Harry suspirou e assentiu, agora ele concordava, foi longe demais.
— Eu vou, mas volto amanhã. — Disse e saiu do quarto.
Harry caminhou pelo corredor até a recepção, onde a mesma moça que o atendeu estava.
— Como foi, querido? — Ela perguntou vendo ele cabisbaixo.
— Poderia ter sido melhor. — Harry encolheu os ombros.
— Não desista ainda. Você ficou lá mais tempo que qualquer outra pessoa. — Ela disse e Harry sorriu fraco, era um bom sinal, não é?! — A propósito, eu sou a Claire, espero o ver mais vezes aqui. — Ela disse e Harry sorriu apertando a mão estendida dela.
No caminho de volta para casa, Harry passou por uma banca de revistas, ele viu uma de super herói e lembrou das que Louis tinha. Harry teve uma ideia, e imaginou que seria bom.
***
Estória nova para vocês. Espero que gostem desta.
Até mais,
–K.F.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Love Is Blind [L.S]
FanfictionHarry resolve se voluntariar para trabalhar com pessoas com deficiência visual, e ele é designado para Louis Tomlinson.