Capítulo 1.

6K 520 314
                                    

— Olá. — Harry disse ao entrar na clínica.

Era um lugar que ajudava pessoas que haviam perdido uma parte de si, física e/ou mental. Harry estava no segundo ano do curso de psicologia, e estava se voluntariando para aprender mais para si e seu curso, e também para ajudar quem precisasse. Harry tinha um coração de ouro.

— Olá, querido. Veio visitar alguém? — A recepcionista perguntou com um sorriso simpático.

— Mais ou menos, eu sou voluntário. — Harry disse sorrindo grande.

— Ah, que ótimo! — Ela disse animada. — Qual seu nome? — Perguntou pegando um livro grande.

— Harry Styles. — Ele disse a vendo folhear o livro, e então ela sorriu.

— Está aqui, você foi designado para o Louis Tomlinson. Venha comigo e eu lhe mostro o quarto dele. — Ela disse começando a andar, Harry a seguindo.

Quando chegaram em frente ao quarto de Louis, ela parou e olhou para Harry.

— Querido, eu devo lhe avisar, Louis perdeu a visão recentemente, está sendo difícil para ele lidar com tudo que perdeu além da visão. Então, às vezes, ele pode ser bem ranzinza. — Ela disse, Harry assentiu entendendo completamente o lado de Louis mesmo sem nem saber a história toda.

— Posso lidar com isso. — Harry sorriu.

A recepcionista então desejou 'boa sorte' a Harry e se afastou. Ele deu duas batidinhas na porta e a abriu.

— Olá. — Disse colocando sua cabeça para dentro do quarto.

— Não conheço sua voz, vá embora. — Louis mandou.

— Não quer conhecer? — Harry ofereceu com um sorriso no rosto.

— Não, pode ir.

O sorriso de Harry sumiu com essa resposta.

— Bem, eu sou Harry, e sou voluntário. — Disse, seu melhor sorriso de covinhas em seu rosto, mesmo que Louis não pudesse ver.

— Sério, eu não estou nem um pouco interessado se você é voluntário, médico, ou até o Papa. Nenhum desses iria me ajudar. — Louis disse amargurado, mas Harry percebeu uma pitada de tristeza.

— Podemos começar nos conhecendo. O que você gosta de fazer? — Harry perguntou fazendo seu melhor para mostrar seu interesse através da voz.

— Ficar calado. — Louis disse grosseiro, mas aquilo não ia parar Harry.

— Que pena para você, mas isso é bom para mim, eu gosto muito de falar. E você pode me ouvir por horas e horas. — Harry disse animado.

— Será que eu se enfiar um lápis no ouvido, também fico surdo? — Louis perguntou para si mesmo, sua expressão pensativa como se ele estivesse fazendo um grande questionamento.

— Você é engraçado. — Harry riu, e mesmo Louis não querendo admitir, gostou daquele som. — Ei, você tem quadrinhos! — Harry disse animado.

Louis sabia onde estavam seus quadrinhos, e ouviu os passos de Harry se aproximando de lá.

— Não toque neles! — Louis gritou.

Harry se assustou e se afastou. — Desculpa. — Murmurou.

Louis suspirou sabendo que assustou Harry. — Por que você não vai embora? — Louis perguntou.

— Eu gostei daqui. — Harry disse encolhendo os ombros.

— Ótimo, você me dá seus olhos e fica aqui no meu lugar. — Louis disse e Harry suspirou, mas resolveu seguir com a conversa que não era bem uma conversa.

— Você ia gostar dos meus olhos, são verde esmeralda. — Harry disse sorrindo fraco.

— Tanto faz, não posso vê-los mesmo. — Louis disse triste, Harry se bateu mentalmente.

— Qual a cor dos seus? — Harry perguntou para mudar de assunto, e também porque estava curioso.

— Cinza. — Louis disse.

Harry suspirou. — Vamos lá, me responde só essa. — Pediu.

— Azuis. — Louis disse.

— Eu gosto de azul. Claro ou escuro? — Harry perguntou.

— Me pediu para responder só aquela. — Louis disse arqueando uma sobrancelha.

— Tudo bem, então eu vou começar a falar sem parar...

— Droga, você é muito chato. — Louis resmungou e Harry riu concordando mentalmente. — Da cor do mar. — Louis respondeu.

— Aposto que eram lindos. — Harry sorriu.

— Eles eram, mas aí um estúpido acidente de carro os tirou de mim. — Louis disse triste e também com raiva, seus sentimentos eram uma bagunça quando se tratava de seu acidente.

— Como aconteceu? — Harry perguntou curioso.

— Sério? Eu te conheço tem dez minutos e você acha mesmo que vou te contar algo assim? Você devia mesmo ir embora. — Louis resmungou.

Harry suspirou e assentiu, agora ele concordava, foi longe demais.

— Eu vou, mas volto amanhã. — Disse e saiu do quarto.

Harry caminhou pelo corredor até a recepção, onde a mesma moça que o atendeu estava.

— Como foi, querido? — Ela perguntou vendo ele cabisbaixo.

— Poderia ter sido melhor. — Harry encolheu os ombros.

— Não desista ainda. Você ficou lá mais tempo que qualquer outra pessoa. — Ela disse e Harry sorriu fraco, era um bom sinal, não é?! — A propósito, eu sou a Claire, espero o ver mais vezes aqui. — Ela disse e Harry sorriu apertando a mão estendida dela.

No caminho de volta para casa, Harry passou por uma banca de revistas, ele viu uma de super herói e lembrou das que Louis tinha. Harry teve uma ideia, e imaginou que seria bom.

***

Estória nova para vocês. Espero que gostem desta.

Até mais,

–K.F.

The Love Is Blind [L.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora