Capítulo 9.

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Harry então começou a procurar Louis com o olhar. — Droga, droga, droga... — Ficava repetindo sempre que seus olhos batiam em alguém que não era Louis.

A cada segundo que não encontrava Louis, o pânico começava a subir em seu corpo. Harry já estava pensando em como iria contar para Jay que perdeu o filho dela. Ela iria o matar. E ele nem a culparia por isso.

— O que houve? — Uma moça sentada no degrau abaixo do de Harry perguntou quando notou ele nervoso.

— Eu perdi meu amigo, e ele meio que não pode andar por aí sozinho. — Disse Harry correndo a mão pelos cachos.

— O rapaz que estava com você? Vi ele indo para lá, não parecia bem. — Disse a garota apontando para o estacionamento.

— Obrigado. — Harry disse e correu para onde ela apontou.

Harry continuou procurando Louis com o olhar. Desta vez estava mais fácil, as pessoas estavam todas assistindo o jogo, então não tinha quase ninguém no estacionamento.

Harry encontrou Louis sentado perto da entrada do colégio.

— Você quase me matou do coração! O que estava pensando? — Harry disse quando chegou perto de Louis. — Sério, Louis. Eu nunca pensei que você fosse ser tão irresponsável, e se tivesse se machucado? Meu Deus, sua mãe ia me matar. Eu ia querer me matar por não ter cuidado de você! E... — Harry parou quando percebeu Louis soluçar. — Você está chorando? — Perguntou ajoelhando perto de Louis, sua frustração sendo substituída por preocupação.

— Não, me deixa. — Louis disse virando o rosto para Harry não ver.

Harry colocou as batatas fritas de lado e segurou o rosto de Louis, que não lutou contra. Harry limpou as lágrimas de Louis com seu polegar, e beijou cada um de seus olhos. — Me diga o que te fez ficar assim. E se foi alguém, me diga quem é e eu vou socar essa pessoa. — Harry disse e Louis sorriu fraco.

— Você não pode machucar uma mosca, Harry. — Louis disse rindo.

— Por você, eu machucaria qualquer um. — Harry confessou e Louis sorriu.

— Tinha umas garotas sentadas acima de nós, e elas estavam comentando sobre mim, e sobre o acidente. Aquilo me trouxe memórias, que eu preferia ter mantido no fundo do baú. — Louis confessou baixinho.

— Eu entendo. Mas sabe, às vezes a gente precisa esquecer o passado, para que possa ter um futuro. — Harry disse.

— Você tá mesmo citando A Era do Gelo para mim? — Louis perguntou rindo e Harry riu também.

— Colocou um sorriso no seu rosto. — Harry encolheu os ombros. — Olha, você pode procurar ajuda psicológica. Falar sobre nossos problemas é muito bom. — Harry disse e Louis suspirou.

— Não quero ficar falando sobre minhas coisas pessoais com um estranho. — Louis disse.

— Então fale com alguém conhecido. Pode ser sua mãe ou irmã, que sabem como foi o acidente. Porque se for alguém que não sabe, vai ter de contar, e reviver será doloroso. Mas vai ter de enfrentar isso, e eu sugiro que escolha alguém que você confie para segurar sua mão enquanto enfrenta. — Harry disse.

Louis pensou um pouco, ele tinha alguém que confiava. Então ele segurou a mão de Harry, que sorriu sabendo o que aquilo significava. Louis havia escolhido ele para ser quem iria estar ao seu lado em momentos ruins e bons. E Harry não podia estar mais feliz.

— Pode me falar quando se sentir confortável, sem pressão. — Harry disse.

— Amanhã, nós podemos ir a um lugar? Eu me sentirei melhor lá. — Louis disse, Harry concordou.

Qualquer coisa que fizesse Louis bem, Harry o faria.

— Que tal voltarmos para assistir o jogo? — Harry sugeriu e Louis aceitou.

— Comprou as batatas? — Louis perguntou, só então Harry lembrou delas.

— Comprei, mas agora estão murchas. Você fala demais, Tomlinson. — Harry disse fazendo Louis arquear as sobrancelhas.

— Eu falo demais? Você que começou roubando o discurso do Sid e não parou mais. — Louis disse e Harry fez um som dramático mostrando que estava ofendido.

— Você é tão chato. — Harry disse revirando os olhos e Louis riu.

— Você é como o Sid, dramático e grudento. — Louis disse.

— E você é como o Diego, rabugento e chato. — Harry disse e Louis encolheu os ombros, ele concordava.

Eles caminharam juntos para onde estavam sentados antes, no caminho compraram mais comida. E enquanto o jogo rolava, Harry cutucou Louis.

— O que houve? — Louis perguntou.

— Sou mesmo como o Sid? — Harry perguntou baixinho e Louis sorriu.

— Não, você pode ser a Ellie. — Louis disse e riu imaginando que Harry não ia gostar, mas ele até que gostou.

— Eu serei a Ellie, se você for meu Manny. — Harry disse.

O sorriso sarcástico sumiu do rosto de Louis, dando lugar a um sorriso amoroso.

— Qualquer coisa que quiser, Harry. — Louis disse e beijou o nariz de Harry.

Que sorriu satisfeito e deitou a cabeça no ombro de Louis. Eles enfim assistiram o jogo em paz.

***

Espero que estejam gostando.

Até mais,

–K.F.

The Love Is Blind [L.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora