O despertador tocou às seis da manhã como de costume Noah se levantou sentindo o corpo dolorido pela posição em que dormiu, mas não demorou muito para que estivesse de pé fazendo seus aquecimentos matinais o que sempre ajudava para que o jovem tivesse mais disposição, após se alimentar saiu para fora de casa e observou da calçada o local onde estava, como a casa que morava era a última da rua do lado esquerdo notava se a estrada cercada de florestas que ligava uma cidade a outra enquanto do lado direito ouvia se o som de uma cidade que acabava de acordar. Noah se sentou na escada que subia para varanda de sua casa e calçou os tênis de corrida seguiu para o lado esquerdo em direção a estrada deserta e coberta por uma fina névoa, e na medida que avançava sentia o clima ficando cada vez mais frio, em alguns pontos dentro da névoa não conseguia enxergar nada, e o vento frio em certos momentos chacoalhava com mais força Noah usava uma blusa com mangas própria para estes tipos de corrida. Poucos quilômetros a frente entrou em uma estrada de terra que subia para a montanha e permaneceu através dela por dez minutos, pulou uma cerca de madeira e correu por uma larga ponte também de madeira, mais quinze minutos de corrida e avistou a velha cabana do avô observou cada detalhe de todo aquele espaço, boas lembranças surgiram em sua mente, uma época em que não tinha responsabilidades só o dever de brincar e ser criança, mas as coisas haviam mudado a vida estava seguindo outros cursos, Noah caminhou em direção a porta da frente e antes que entrasse algo lhe chamou atenção alguém caminhava por entre algumas árvores, curioso seguiu o vulto que entrava na floresta com passos lentos, o jovem acelerou os passos mas não havia ninguém ficou confuso e coçou a cabeça, sentiu como se alguém estivesse se aproximando virou o corpo e deparou se com uma garota, ela usava um longo vestido de cetim branco que arrastava no chão, e seus cabelos loiros e ondulados caiam sobre os ombros nus, ela o encarou com um certo espanto.
- Quem é você, o que faz aqui? - Perguntou Noah confuso, uma garota sozinha vestindo aquelas roupas com um tempo daqueles.
- Como pode me ver? - Perguntou ela fazendo o jovem questionar sua sanidade, talvez fosse uma desequilibrada perdida na floresta.
- Bom nao é muito difícil, você está aqui na minha frente e eu posso te ver! - Respondeu constatando o óbvio.
- Nao eu nao estou aqui! - Disse ela deixando Noah ainda mais confuso.
De repente seu Irmão mais velho Jeremy surgiu através dela, a garota desapareceu como se nunca tivesse estado ali o Jovem ficou perplexo e um pouco fora de foco antes de se recordar de onde estava, Jeremy encarava o mais novo com curiosidade.
- Tudo bem maninho? - Perguntou ele tocando em seu ombro, Noah concordou com a cabeça apesar de não estar certo disso. - Com quem estava conversando?- Ele olhou ao redor como se estivesse procurando alguém.
- Ninguem.- Não adiantaria contar, provavelmente ele diria que era coisa da mente ansiosa do irmão caçula criando ilusões.- Você sabe eu tenho mania de falar sozinho.- Sorriu meio sem jeito, nunca foi bom com mentiras.
- Hábito estranho maninho, então você veio buscar o carro não é mesmo? - Ele sorriu.
- Espero que ainda funcione.- Falou cruzando os dedos.
- Se nao funcionar fica pra mim, gostaria de fazer uma reforma nele.
- Não conte com isso! - sorriu.
O carro a cabana e mais alguns bens eram os únicos patrimônios que o avô havia deixado para os netos antes de morrer, Jeremy ficou com metade da cabana e mais alguns patrimônios da família, Noah ficou com a outra parte da cabana e o SHOEBOX FORD a antiga relíquia do avô, o velho confiava sua relíquia ao mais novo pois conhecia a sede de aventura do neto mais velho. Lá estava ela a grande lenda coberta por um lençol velho e empoeirado, Jeremy ajudou Noah a tirar o lençol revelando aquela máquina com um brilho semi novo apesar de não ser tão novo assim, ambos estavam admirados, foram raras as vezes em que andaram naquele carro, o avô adorava exibi lo nas festas de família contanto que ninguém tocasse é claro.
-Que tal uma voltinha?- Sugeriu o irmão mais velho com muita animação.
Noah jogou a chave em sua direção e ele pegou a mesma no ar todo entusiasmado não faria mal deixar o irmão sentir um pouco do gostinho, afinal de contas ele não veria aquele carro durante um bom tempo por que em algumas semanas Noah estaria indo embora.
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Rince Sá Dark "Dança no escuro"
Teen FictionEncontros e desencontros podem parecer normais no decorrer da vida, mas o que esses jovens descobrem e que suas historias nao se cruzaram por acaso, e que a suas vidas e o destino do mundo dependem deles e dessa uniao inesperada