Capítulo 8

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Não sei o porquê de Ítalo está parecendo preocupado, de uma coisa eu sei ele está trazendo o tal Rubens com ele. Assim que os gêmeos percebem que o homem está próximo do carro saíram correndo para o abraçar e gritaram juntos "Tio Rubens! ", o homem abriu os braços para os receber, "Meus queridos, que saudades! Estávamos loucos atrás de vocês, como estão? Precisamos urgente ir no médico fazer check-up geral, com certeza estão com anemia! ", ele diz verificando se as crianças estão com algum machucado. "Estamos bem tio, Ayla e Ítalo cuidaram muito bem da gente. Também estávamos com saudades principalmente da mamãe e do papai, vamos avisar logo eles para vir nos buscar! ", Amber diz animada.

Sinto que o Rubens ficou tenso assim que a menina falou dos pais, olhei para Ítalo e ele estava olhando para as crianças com uma expressão triste, acho que ele percebeu que eu estava olhando para ele e me olhou balançando a cabeça negativamente, como assim? O que ele está querendo dizer com isso? Penso.

Meus pensamentos são interrompidos quando o Rubens fala vindo na minha direção. "Bom crianças, está escurecendo e por hoje vamos ficar por aqui e depois o tio precisa ter uma conversa séria com vocês. Agora deixe-me ver essa bolachinha fofa. Posso pegar? ", entrego bel que está no meu colo, realmente ela é uma bolachinha fofa que dá vontade de morder, de início ela vai um pouco séria para o colo dele, mas por pouco tempo, pois segundos depois já está rindo.

"Prazer me chamo Ayla! ", digo para o homem que brincava com bel, "Prazer Ayla, como sabe me chamo Rubens, sou um grande amigo da família. Sou muito grato a vocês por cuidarem dessas três jóias. Vamos para a tenda, já expliquei tudo para o bonitão ali, ele vai te explicar tudo depois". Apenas assinto rindo, ele é bem simpático, aparenta ter uns 40 anos, ele nos indica o caminho e enquanto isso Ítalo vai pegar o carro. "Vocês devem estar com fome e cansados né não? ", ele pergunta para as crianças e para mim. Estranho é que a Cinthia não deu um pio até agora, ela só olha o celular toda hora, acho que deve ser implicância minha com certeza ela deve estar preocupada, com medo ou se não só ansiosa para curtir sua lua de mel. Aff, resolvo parar de focar nela e respondo o homem que está em uma conversa animada com as crianças, "Olha seu Rubens, estou morrendo de fome, essas formigas aí acabaram com minhas besteiras", ele riu, "Menina conheço muito bem essas formigas, principalmente a chamada Amber, essa é a pior de todas e por favor nada de 'seu Rubens', pode me chamar só pelo nome mesmo", ele me diz.

"Nada ver tio, nem como tanto assim! ", Amber diz fazendo bico. "Imagina! ", dizemos juntos, foi impossível, todos caíram na gargalhada até mesmo a bicuda da Amber. "Chegamos! Essa tenda foi criada para um projeto que temos, ela foi muito bem planejada, possui quartos, banheiros e um refeitório. Vou mostrar onde vocês vão ficar e depois vamos comer", ele diz nos encaminhando para o quarto e infelizmente o quarto dos pombinhos ficou ao lado do meu, eu mereço. Amei essa tenda, realmente ela foi muito bem planejada, agora o porquê de ter uma estrutura dessas no meio do nada?

Quando chego no refeitório percebo que tem muitas pessoas aqui. Pessoas muito humildes, acho que já estou conseguindo entender o que eles fazem aqui, deve ser algum projeto para ajudar os mais necessitados. Se for isso mesmo é um belo trabalho. Estou quase terminando minha janta quando o Rubens diz " Bom, vocês podem ficar à vontade. Vou levar as crianças pois preciso ter uma conversa séria com elas e depois vou tentar colocá-los para dormir. Boa noite para vocês! ", agradeço e as crianças me dão um beijo de boa noite. " Nós também vamos Ayla, depois nos falamos", Ítalo diz saindo com a loira mau educada.

Termino de comer eu vou para o quarto, pego minhas roupas e vou para o banheiro tomar um banho bem relaxante. Assim que termino volto para o quarto e me deito na cama e quando vejo a hora são nove e meia da noite, verifico algumas mensagens no meu celular. Apesar de estar bem cansada, estou sem sono nenhum, minha cabeça está a mil, pensando no que o Rubens está conversando com as crianças, sinto que eu precisava estar com elas, mas não posso me meter na conversa deles, ele me parece ser uma pessoa de confiança e percebi que ele tem muito carinho pelas crianças. Preciso respirar ar puro, refrescar a mente.Decido ir para fora da tenda, onde me deito na grama e olho para o céu, aqui fora o clima está muito agradável, nossa a quanto tempo que eu não faço isso, o céu está lindo demais, preciso fazer isso mais vezes. Esses últimos dias foram muito cansativos, só de pensar que a essa hora eu podia estar em uma praia ou em uma festa, demorei tanto para tirar minhas férias que óbvio que ela não sairia 100% certo. Mas o lado bom disso tudo foi conhecer as crianças e depois que elas estiverem seguras com os pais aproveito o restante das minhas férias.

Levo um susto quando sinto alguém tocar meu ombro, quando olho para o lado encontro Ítalo só de bermuda se deitando ao meu lado, Ual que delicia senhor, foco Ayla digo para mim, "Que susto! O que você está fazendo aqui? ", digo para ele, "Não queria te assustar ruivinha. Mas nós precisamos conversar! ", ele diz olhando nos meus olhos, "Você vai continuar mesmo com esse apelido? Sua noiva não vai gostar nada disso e falando nela ela sabe que você está aqui? ", digo para ele, "Ela está enfurnada no celular e esse apelido é um segredinho nosso", diz piscando o olho para mim, "Olha você é muito engraçadinho né, mas desembucha logo aí o que você quer falar comigo antes que a aquela loira apareça e eu não quero problema", falo para ele desviando do seu olhar sobe mim, não gosto do efeito que isso me causa.

"Relaxa com ela eu me acerto, tenho meus dotes para acalmar a fera", não acredito que ele me disse isso,rapidamente me sento para levantar, mas antes digo para ele "Ah cara você é ridículo, vejo que não tem nada de importante para me falar, então tchau! ","Não espera! Foi mal, foi mesmo muito tosco o que eu falei. Acontece que eu estou nervoso, o que eu tenho para falar é sério e tem a ver com as crianças",percebo que ao falar das crianças ele ficou preocupado, "Ok Ítalo, me fala logo o que é! ", digo para ele aflita, "Calma Ayla, é delicado o que eu tenho para disser e agora mais do que nunca elas vão precisar de nós.Vou ir direto ao ponto, acontece que naquele dia que os pais das crianças saíram, sofreram um acidente de carro e não resistiram e morreram! ". "Como é que é? ", digo desesperada, não pode ser, o que será das crianças agora? Penso completamente assustada.

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Beijos das irmãs Loen

Minhas quatro jóiasOnde histórias criam vida. Descubra agora