Capítulo 5

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Por sorte Ítalo foi mais rápido que os caras, deu arrancada com o carro, que o tiro passou de raspão na lataria do carro, quando olho para trás, um deles está voltando para o mato e o outro mirando a arma na nossa direção, só que o perco de vista pois Ítalo vira em uma curva, " Está vendo, eu avisei, eu poderia ter morrido por causa dessas coisas, me ouve amor vamos deixar elas aqui na pista, eles viram nosso carro, a placa do carro, vão vim atrás de nós ,deixa logo elas em qualquer lugar nesse deserto, eles vão pegar essas tralhas e vão esquecer da nós, para logo esse carro!! Eu estou mandando Ítalo! ". A megera diz gritando, a bebê começa a chorar, não sei porque, não sei por extinto de proteção, a pego no colo para tenta acalma-la, quando olho para Ítalo está apertando o volante com força, o olhar que ele lança para Cinthia me dá até medo, mas acho que ela não deu a mínima, pois assim que ela olha para bebê chorando ela faz uma cara de raiva e diz " Cala a boca dessa garota! Ítalo para logo essa droga de carro eu vou enlouquecer", depois dessa eu não me aguento mais e falo " Cala a boca você, sua cobra insuportável, as crianças estão assustadas, principalmente a bebê, você está igual uma louca gritando, se você não quer ajudar então fica quieta, eu quero ajuda-las".

" Ótimo, fica você com elas o meu amor vai para o carro, aí você se vira, se você quer estraga sua vida por causa dessas tralhas por nós tudo bem", a cobra diz, " Por mim tudo bem, não vou abandona-las e para de chamar elas de tralhas ou coisas elas são crianças me ouviu, seres humanos como nós", digo já furiosa, " Já chega vocês duas! ", Ítalo diz aos berros, mas quando viu que a bebê começou a chorar mais alto ele voltou a falar mais baixo "Quero as duas caladas, nem mais um piu. Cinthia não pense que por ser minha namorada...", " Sou sua noiva!!", ela o interrompe, completamente furioso ele diz num tom mais baixo " Não me interessa que merda você é minha, você jamais, nunca mesmo vai mandar em mim. Eu não vou abandonar essas crianças e muito menos deixar a ruiv.... quer dizer a Ayla sozinha com eles, eu vou fazer de tudo para protege-las e descobrir quem fez isso com elas, se não estiver de acordo te deixo no primeiro posto ou restaurante o que for, mas vou continuar o meu caminho, está claro para você?", " Como é que é ,você vai jogar fora um relacionamento de 4 anos por causa dessa aí e essas crianças estúpidas? Você não ousa fazer isso comigo! ", a loira diz transtornada, " Não quero fazer nada, você que está me obrigando a fazer isso. Te amo e você sabe disso, mas preciso que me apoie e pare o esse chilique", ele diz bem calmo.

Nossa já estava feliz com a ideia dessa cobra sumir da minha vista, mas o que sumiu foi minhas esperanças que isso realmente aconteça, não consigo acreditar que ele a ame, como pode amar uma mulher desprezível como ela? Mas gosto é gosto não dá para discutir sobre isso, de uma coisa eu sei ele não é 100% imbecil, ao ver a forma como ele defendeu a mim e as crianças meu conceito sobre Ítalo aumentou. " Ok amor me desculpe, eu irei te apoiar, só fiquei preocupada e nervosa, essas crianças precisam de nós, acho que o melhor que podemos fazer é da amor e carinho e devemos leva-las até a polícia, eles...", a loira é interrompida pelo garoto que grita, " Não de maneira nenhuma podemos ir para a polícia eles tem conhecidos lá que vão nos entregar de novo para eles", a megera só revira os olhos e diz, " Então fofo o que espera que façamos? Porque eu não tenho ideia".

" Bom já que a situação é difícil a esse nível, nós vamos continuar fugindo. Vamos dá um jeito e ninguém mais vai pegar vocês, ok? ", Ítalo diz tentando acalmar as crianças. Vejo que chegamos em um ponto na estrada que tem três caminhos, " Ítalo para onde vamos? ", pergunto, " Estou estudando o melhor caminho, pelo que vejo no GPS posso ir por essa primeira rua, tenho combustível para 230 km e tem uma cidade a 200 km daqui, lá você alimenta as crianças e eu dou um jeito de trocar de carro, isso terá que ser feito muito rápido, ok? ", ele diz, " Ok! " Digo, Cinthia não fala nada só me olha com cara feia pelo retrovisor, tô nem aí para você querida, cara feia para mim é fome, penso.

Não estou aguentando mais de tanta curiosidade, preciso saber mais sobre essas crianças, são tantas as perguntas e o silêncio que se estabeleceu no carro só está fazendo com que meus questionamentos aumentem, conseguir fazer até a bebê dormir, ela é tão linda com seus cabelinhos loiros ondulados, branquinha com uma bochechinha rosadinha que dá vontade de aperta. Preciso saber mais sobre essas crianças, por isso decido perguntar, " como vocês se chamam? ", o menino me olha com sorriso meigo, já a menina me olha meia desconfiada e olha para o irmão com um olhar que diz " não fale nada com ela", já percebi que ela é mais esquentadinha e mandona, ele nem liga para irmã e responde, " Me chamo Aron e sou irmão gêmeo daquela rabugenta ali, que a propósito não ligue para a cara feia dela, tenho certeza que ela gostou de você, só está se fazendo de durona", ao ouvir isso a irmã revira os olhos, " E o nome dela é Amber, temos 13 anos e mês que vem completamos 14, e essa é Belinda tem 1 ano", ele diz e faz um carinho na bochecha da irmãzinha, ele é muito fofo, " E você como se chama moça?", ele pergunta, " Me chamo Ayla, por que vocês estavam presos e quem fez isso com vocês?", aproveito para pergunta já que vi que ele gosta de conversar, " Seu nome é lindo viu. Já tem uns 6 meses que estamos presos, não sabemos quem fez isso conosco. Tudo começou em um sábado onde nossos pais foram passear juntos e nos deixaram com a babá em casa, quando começou a anoitecer estranhamos a demora pois eles tinham combinado que voltaria às 19h e já eram 22h, a babá começou a ligar para eles pois precisava ir embora e nada deles atenderem...", mas ele foi interrompendo pela irmã, " Chega Ron eles não querem saber dos detalhes, fomos sequestrados, não sabemos quem foi e não temos notícias dos nosso pais, só sabemos que eles querem dinheiro. Satisfeita moça? ", ela diz para mim.

O irmão abaixa a cabeça e fica tristonho, quando abro a boca para falar sou interrompida pela megera, " Dinheiro? Como assim queridinha, sua família é muito rica? ", não posso acreditar que ela perguntou isso, " Cala a boca Cinthia dinheiro não importa", digo, " Claro que importa, é somente isso que importa para todo mundo, e aposto que agora vocês vão querer saber quem é o nosso pai para cobrar resgate! ", Amber diz, " Não Amber não vamos pedir nenhum resgate, eu quero ajudar vocês, é de coração que eu te digo isso. E Aron continue a me contar o que aconteceu, tenho todo interesse do mundo, estou aqui para o que vocês quiserem me contar, quero ser amiga de vocês", digo, ela me olha e vejo esperança, mas logo ela disfarça.

Quando Aron ia começar a falar Ítalo diz " Moleque desculpa te interromper, mas estamos chegando na cidade preciso passar umas instruções para vocês, contudo quero deixar claro que assim como a Ayla eu quero ajudar vocês, conte comigo. Cinthia não quero mais que fale desse negócio de dinheiro vamos levar vocês para seus pais e de recompensar só queremos agradecimentos e a amizade de vocês, entendidos?!", tanto Amber quando Aron afirmam que sim com a cabeça.

Ítalo tem demostrado um lado incrível. " Bom assim que chegarmos eu vou estacionar o carro escondido em algum lugar e alugar um carro, Ayla e Cinthia vocês vão arruma comida e roupas que tenha capuz ou bonés que dê para esconde o rosto, ok? ", ele diz, " Ok nada amor, eu vou ficar com você", a cobra diz, " Não Cinthia, você precisa ajudar a Ayla a cuidar deles e sem discussão", ela revira os olhos e apenas diz que sim. Eu até ia falar que não precisava de ajuda, mas como ele mesmo falou sem discussão então é melhor eu ficar quietinha.

Ao chegarmos na cidade Ítalo diz "Vou deixar o carro escondido atrás daquela loja, vocês já vão comer e pegar as roupas. Na volta vamos colocar as malas no carro e seguir caminho, já vi algumas possíveis rotas. Tudo certo? ", todos concordamos. Quando Ítalo para o carro e estamos prestes a descer olho para a entrada da cidade, meu corpo gela,reconheço o carro que vi na mata.

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Beijos das Irmãs Loen

Minhas quatro jóiasOnde histórias criam vida. Descubra agora