Olho para o rosto de Ítalo e vejo o desespero, assim que percebo o que aquelas palavras significavam, levanto para pegar a minha bolsa e logo pego Bel no meu colo. Vou ao encontro de Ítalo e pergunto, "Como isso aconteceu, como eles nos acharam? ", ele me olha com um olhar triste e responde, " Depois a gente conversa sobre isso, vamos embora antes que eles nos encontrem aqui", ele passa por mim e vai falar com as crianças, continuo fazendo Bel dormir, se ela acordar agora vamos está ferrados, ela vai começar a chorar.
Assim quando todos já estão prontos, Ítalo sai do quarto para ir ao estacionamento com Amber e Aron atrás dele e eu saio logo depois com Bel. Quando saio do quarto olho para o corredor e vejo no refeitório os homens tentando entrar na tenda, porém o pessoal do Rubens não está deixando eles entrarem, meu coração gela na mesma hora, ainda não entendo como foi acontecer isso, viro a cabeça rápido para eles não acabarem me vendo, mas algo chama minha atenção, vejo uma pessoa loira se aproximando dos homens, quando olho bem vejo que é a megera da Cinthia, o que aquela cobra está fazendo lá?, como que respondesse a minha pergunta vejo ela apontando para mim, na mesma hora a ficha cai, foi aquela maluca que entregou a gente, fico chocada, eu sabia que a Cinthia não era uma pessoa boa, mas não pensei que ela ia chegar nesse ponto. Fico com tanta raiva que provavelmente meu rosto esteja vermelho, vontade de matar aquela cobra, mas estamos sem tempo para isso, viro para Ítalo e falo, "Ítalo anda rápido, eles já nos viram", Ítalo pega a mão das crianças e acelera os passos, vou logo atrás.
Ao saímos do abrigo escuto uma movimentação dentro da tenda, na hora percebo que os homens conseguiram entrar no local, estou preste a falar para irmos mais rápido, quando Ítalo diz, " Merda, eles estão perto, mais rápido crianças!", eles logo apressam os seus passos acompanhando Ítalo. Assim que eles somem da minha vista virando a esquina da tenda, indo para aonde o carro está parado, alguém segura o meu braço e sai me puxando, logo penso, misericórdia me pegaram.
Estou preste a gritar por socorro, quando escuto aquela voz insuportável me dizer, " Nem pense em gritar sua ruiva falsificada", tinha que ser a megera da Cinthia, eu não sei o que mais me irritou, se foi a audácia dela de estar me puxando pelo braço ou foi ter falado que meu ruivo era falso, sei que na mesma hora eu consigo sair da mão dela e digo, " Para de ser louca Cinthia, está pensando que é quem para me puxar desse jeito. A minha vontade é de bater em você por ter denunciado a gente, como você pode dizer para aqueles homens onde as crianças estavam? ", Ela me olha com a cara mais debochada e fala, " Você acha mesmo que eu não percebi que você estava querendo roubar Ítalo de mim, pois eu não ia deixar isso acontecer queridinha, é para esses homens levarem você e essas crianças idiotas para longe de mim e Ítalo, mas está acontecendo ao contrário, Ítalo está indo fugir com você!", ela para de falar e vem chegando mais perto de mim, " Mas isso não vai acontecer, eu não vou deixar que uma qualquer tire ele de mim, você vem comigo agora e vou te entregar para aqueles homens!", ela agarra o meu braço de novo, olho para meu colo vejo que Bel já está quase acordando, tento me soltar de Cinthia, mas Bel vai acabar acordando e ai vamos está frita de vez, " Cinthia me solta agora, para com essa besteira, eu não quero Ítalo, ele é todo seu, só quero a segurança das crianças", ela me ignora e continua me puxando.
Começo a me puxar para a direção da onde eu deveria ir, assim dificultando o trabalho de Cinthia, ela fica irritada e olha para mim, essa foi minha oportunidade para fugir das mãos dela, dou uma cabeçada na cara dela com toda força que tenho, isso faz com que ela fique meia tonta e aproveito e saio correndo daquela doida. Corro o mais rápido que consigo, mas com essa movimentação Bel acaba acordando e começa a chorar, para o meu desespero, dando a nossa localização para os homens, " Bel meu amor, para de chorar, por favor", falo como se fosse adiantar alguma coisa, ao em vez de acalma parece que piora e ela começa a berrar mais.
Consigo vira a esquina e já estou vendo o carro estacionado. Vejo Rubens primeiro, depois Ítalo e as crianças, na mesma hora Ítalo olha para mim, com uma cara de assustado, ainda estou correndo e consigo enfim chegar no carro. Ele me olha com um olhar de preocupado com meu estado, realmente devo está quase enfartando, para uma pessoa que não faz nenhum exercício a séculos e correr como corri só pode ser um resultado divino, ele me pergunta, " Tudo bem Ayla, onde você estava? ", tento responder a ele, " Eu estava..., Cinthia pegou..., dei uma cabeçada..., sair correndo", ele me olha como se não tivesse entendo, e realmente nem eu sei que falei, só dou um sinal de depois explico e ele assenti.
Rubens coloca as crianças no carro e fala comigo e Ítalo, antes de entramos, " Não estava planejando levar vocês para a cidade nas montanhas agora, pois tem muita coisa para resolver lá antes de levar vocês, mas como aconteceu isso estou vendo que as crianças não estão seguras aqui, então vamos direto pra lá", Ítalo concorda com a decisão, e eu fico me perguntando de que cidade é essa que eles estão falando, como não estamos com tempo resolvo deixar as mil perguntas que tenho para depois, quando as coisas tiverem calmas. Ítalo fala, " Ok Rubens, você dirige então, vamos ...", antes que ele possa terminar de falar escuto um barulho de tiro vindo na nossa direção, na mesma hora me abaixo, por sorte não atingiu ninguém, vejo que Rubens e Ítalo estão entrando no carro e faço o mesmo.
Assim que entramos no carro e vamos para a pista, vejo o carro dos sequestradores seguindo a gente, poucos segundos eles já estão atrás de nós. Eles começam a atirar na direção dos pneus do carro, as crianças começam a ficar nervosas e os gêmeos se abraçam, e começam a chorar, Bel que tinha se acalmado começa a chorar de novo por causa da agitação, "Eles não podem pegar a gente. Por favor não deixem que eles nos peguem! ", Amber diz aos prantos, "Calma minha flor, eles não vão. Continuem abraçados e fechem os olhos! ", digo tentando acalma-los e também abraçando a bebê.
Um tiro acaba acertando o carro, meu coração quase pula pela minha boca, falo para as crianças ficarem abaixada, estou preste a achar que já era, eles vão conseguir nos pegar ou vão matar a gente. Penso em como essas férias estão sendo tão diferente de como queria, mas eu conheci essas crianças e agora elas fazem parte de mim, vou ficar com elas até quando for necessário. Levanto a cabeça e vejo que os homens de Rubens estão nos ajudando, eles começam a atira no carro dos sequestradores, isso atrapalha eles e nos dá tempo, Rubens acelerar o carro e entra numa estrada de chão.
Depois de alguns minutos percebo que não tem mais ninguém seguindo a gente. Consigo relaxar um pouco, mas ainda estou muito preocupada e cansada com esses acontecimentos, olho para as crianças e vejo o rostinho delas vermelhos por causa do choro, pelo menos pararam de chorar, dou um beijo em cada um e penso em alguma forma de animar elas, então dou uma olhada na minha bolsa e vejo alguns doces, pergunto, " quem quer doce? ", Amber é a primeira que aceita e observo que já fica melhorzinha, Aron aceita também, pelo menos eles estão se distraindo com algo. Olho para Ítalo e vejo que ele está olhando para o nada, ele está com um olhar triste,logo sei o porquê dele está assim, mesmo Cinthia não valendo nem 1 centavo ele a amava, e ela fez uma crueldade que tenho certeza que não imaginava que ela podia fazer. Coloco uma mão no ombro dele, ele me encara e segura a minha mão,fazendo um carinho como se falasse que vai ficar tudo bem, e realmente sei que vai da tudo certo se estivemos juntos.
*Planta da Tenda*
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Minhas quatro jóias
RomanceEm rumo a uma viagem de férias Ayla procura ter paz e sossego. Porém a tão sonhada "paz e sossego" é transformada em pura confusão e um tremendo desastre, mas em meio essa confusão ela encontra as suas quatro jóias preciosas e dará sua vida para pro...