Capítulo 13

56 13 43
                                    

Rubens passou a noite toda dirigindo, durante todo esse tempo só se ouvia o barulho das rodas do carro na estrada de chão e o ronco de Aron, o menino para roncar alto em, parecia um trator. As crianças depois de um tempo de viagem conseguiram pegar no sono, eu dei algumas cochiladas também, mas minha cabeça está a mil, não parava de pensar nas coisas que aconteceram e para onde estávamos indo.

Ítalo foi obrigado a dormir por Rubens, alegando que quando o sol nascesse que iria precisar dele para dirigir. Ele hesitou muito, mas acabou dormindo. Ele está muito triste, também não é para menos. Eu percebi que Cinthia era louca, mas não a esse ponto. Só me pergunto, como que ela foi capaz de entregar as crianças, para alguém que fez tamanha crueldade com elas, é um ato de quem não tem coração. Pelo menos já sabemos quem é realmente Cinthia, só espero que ele fique bem.

Assim que o sol nasce eu acordo de um dos meus cochilos, vejo que todos ainda estão dormindo. Estou com tantas perguntas na cabeça, para onde vamos? O que será das crianças? Que cidade nas montanhas é essa? Elas estão na ponta da língua, estou louca de vontade de fazê-las a Rubens, só que ele está tão concentrado na estrada, que resolvo deixar para depois. A estrada é muito deserta, não tem nada além de montanhas, quando vejo isso fico mais curiosa ainda, pelo menos parece ser seguro por aqui.

Sou tirada dos meus pensamentos quando ouço Rubens me dizer: "Ayla, Ítalo chegou a falar para onde eu iria levar as crianças com você?".

"Não, só me contou sobre os pais delas. Para onde estamos indo?", o respondo e aproveito a deixa para fazer uma das perguntas que martelam na minha cabeça.

"Certo, vou te explicar. Mas antes preciso te avisar que para onde vamos por segurança, não terá como você se comunicar com os seus parentes e amigos. Te aconselho a ligar para eles e explicar que vai precisar ficar um tempo fora, que por motivos de segurança não poderá ligar para eles", ele diz.

Como assim? É a primeira coisa que se passa na minha cabeça, " Rubens seja mais claro, me explique primeiro para onde vamos, eu tenho um trabalho, um apartamento. Só tenho uma pessoa que é quase uma irmã para mim, como não vou poder falar com ela? ", digo ainda toda perdida em pensamentos.

"Calma Ayla, vamos te explicar tudo!", Ítalo me diz, eu nem tinha percebido que ele tinha acordado.

Rubens então fala: "Acho bom vocês ligarem agora para seus parentes ou amigos e avisarem, pois, daqui a pouco não vão poder mais".

Depois de Rubens dizer isso vejo Ítalo pegar seu celular e fazer uma ligação, só escuto ele dizer: " Alô, mana como vai?", pera aí ele tem uma irmã, eu não sabia disso, sua tola claro que não sabia você conhece ele só alguns dias e nem conversaram nada sobre a vida dele.

" Não estou com Cinthia, terminamos... Mana ela me traiu, por enquanto só disso que você precisa saber... Clara não insiste agora tenho algo mais importante para falar com você e nossos pais, chama eles e coloca no viva voz.... Só chama mana que eu já digo..." vejo ele concentrado olhando para o nada, alguns minutos se passam e ele volta a falar.

" Oi mãe e pai, também estou com saudades, olha preciso falar algo sério com vocês... Calma mãe eu estou bem..." ouço ele dá uma risadinha e nossa ele fica tão fofo. Logo depois sua expressão muda, ele fica tenso, " Não pai, Cinthia não está grávida...", agora entendi a mudança de humor.

"Por favor deixe-me explicar depois vocês falam, ok? ... Muito bem, nós demos vaga a uma menina que iria para o mesmo destino que o nosso... " , dessa vez ele rir muito alto, "Não mãe ela é maluquinha, só que não é uma psicopata...". O que! Pensaram que eu era uma psicopata, eu sou um amor de pessoa e como assim sou maluquinha, depois irei questionar ele sobre isso.

Minhas quatro jóiasOnde histórias criam vida. Descubra agora