O sonho

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- Socorro! Socorro!...

Acordo toda suada, novamente o mesmo pesadelo, a maioria das noites são assim. Não entendo, todo mundo sempre tem o mesmo pesadelo? Porque eu sim. A única coisa da qual eu me lembro são dos pedidos de socorro.

Saio da minha cama, sou obrigada a colocar meus chinelos, pois o chão está muito frio. Meu quarto é bem espaçoso, tem uma cama de casal, ao lado tem uma mesa onde se ocupa o meu computador, que está parado a muito tempo, em frente possui minha instante com meus livros, junto com meu guarda roupas e na parede tem um pôster da minha banda preferida Evanescence.

Desço as escadas.
A essa hora minha tia Suzana deve estar no "quinto sono", depois da tragédia que aconteceu com meus pais, ela vem cuidando de mim desde pequenina.

Eles morreram em um acidente e sempre que eu pergunto à minha tia ela entra em crise, a única lembrança que tenho deles é um cordão deixado por minha mãe. Ele tem formato de lua crescente com uma pedra azul no centro.

- Miau - meu gato mia para mim.

- Thomas! Não me assusta mais assim! - digo irritada.

Acabo cedendo e o pego no colo, levando para a varanda comigo. Adoro fazer carinho em seus pelos pretos, seus olhos verdes combinam com ele, me lembro muito bem como o encontrei, todo encharcado na chuva, trouxe ele para dentro e cuidei com muito carinho; hoje Thomas é o meu xodó.

Olho no relógio, já são 2 da manhã! Abro a porta e vou em direção a árvore onde fica meu velho balanço. Me assento nele e coloco meu gato em cima do meu colo, começo a me balançar, se pudesse eu passaria horas ali.

Já se passam 15 minutos... meia hora... já são 3 da manhã, preciso voltar para casa, pois mais tarde tenho que acordar cedo.

- Vamos Thomas - digo ao meu gato - Já está tarde...

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Obrigada!

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