Como não acreditar!

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Tropeço no guarda-roupa da minha tia e eu acabou batendo com a testa no chão (minha cabeça está latejando). Nem sei que horas são, só preciso ir para o meu quarto agora; pego minha bolsa e saio dali. Penso em ligar para Riven na hora, mas antes resolvo tomar um banho e depois me encontrar com ele.

Percebo que não estou mais com o vestido e sim com a mesma roupa da noite passada, (Pelo menos a roupa de Carmen está intacta).
Enquanto a água caem sobre mim, fico refletindo por tudo que aconteceu, (só deveria ter sido um sonho); coloco a mão sobre minha testa e percebo que criou um galo.

Saio do banheiro, prendo meu cabelo em um coque, guardo a roupa que Carmem me deu bem lá no fundo da gaveta e procuro o meu celular, ligo para Riven mas só chama e ninguém atende; então resolvo ir até a casa dele.

Coloco meu jeans e uma camiseta regata, desço a escada rapidamente e só pego o meu celular e outra chave reserva que ficava guardada para emergências (não posso perder outra vez).

Sinceramente, eu não sei onde fica direito a casa de Riven mas, sei aonde fica o ponto que ele sempre descia quando vinha de ônibus comigo antes de comprar sua moto.

Tranco a casa: - até que o ponto é perto.
Ao chegar lá, fico olhando a hora a cada 1 minuto pelo fato de eu está com pressa e o ônibus não passar ainda; as vezes bate vontade de voltar em casa, pegar minha bicicleta e ir pedalando.

Se passa meia hora, até que o onibus chega: Ao embarcar, prefiro nem me assentar. Não sei como vou explicar para Riven tudo o que aconteceu, vai ser uma loucura demais para ele.

Primeiramente eu tenho que achar a casa dele, vou perguntar na vizinhança toda, não estou conseguindo me lembra do nome de sua avó, logo agora que deu um branco!

Dona..... dona.... Rosa? Vânia? Maria? (não me lembro, tenho que colocar minha cabeça para funcionar). Um dia Riven citou o nome dela por mensagem.
Pego meu celular num estante e procuro, até que eu acho: - Dona Vilma, isso mesmo.

Aperto o botão de "parada" e o ônibus então para. Ao descer, percebo várias casas e comércios: - É melhor eu perguntar na padaria próxima.

Após entrar, sinto aquele cheirinho bom de pão recém assado, minha barriga ronca na hora, olho na vitrine e vejo vários doces de dar água na boca, até que dou de cara com sonho de chocolate (meu preferido), resolvo comprar três, isso fará esquecer dos meus problemas.

- Boa tarde, será que o senhor pode me ver três sonhos de chocolate por favor? - pergunto para um homem gordinho.Assim que eu pago pelos sonhos, faço outra pergunta - O senhor sabe me dizer onde mora Riven e sua vó, dona Vilma? Estou meio perdida.

- Eles moram no condômino Pôr-do-sol a uma quadra daqui boneca - disse o homem gordinho.

- Ah sim, obrigada! Tenha uma boa tarde senhor.

Decido andar rápido, odeio ficar em lugares onde não conheço direito, fico completamente perdida ainda mais estando sozinha. Se passam 6 minutos caminhando, subo um morro pequeno até que vejo várias casas e me deparo com o condomínio. Paro na frente do portão onde tem um senhor de pele escura, magro e com óculos de grau lendo um jornal, sentado numa cadeira. Resolvo chamar:

- Boa tarde senhor - digo para o senhor, mas acho que ele não escutou, então resolve falar mais alto: - Boa tarde senhor!

- Olá menina, boa tarde, gostaria de falar com alguém?

- Sim, poderia me informar se aqui mora dona Vilma e seu neto Riven? Gostaria muito de falar com eles. - pergunto.

- Pode entrar minha filha, a casa deles é uma da cor verde.

- Obrigada, tenha uma boa tarde - assim que entro, reparo que é um lugar não muito grande e também não muito pequeno mas, sinto que é aconchegante de se morar com várias casas simples, porém bonitas.

Através do EspelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora