My problems

Capitulo 11

   -Que praia linda- Digo olhando o mar bem em minha frente- Eu amo Malibu.

  -Já veio aqui antes?- Marcos perguntou ficando ao meu lado.

  -Sim, apenas uma vez, com meu pai, eu era pequena ainda.

   - Eu costumava vir para surfar, quando tinha doze anos, mas depois que sofri um acidente minha mãe não deixou mais, ela ficou traumatizada por mim- Riu.

  -O que aconteceu?- O encarei.

  -O mar estava muito movimentado, as ondas estavam grandes de mais, eu cai da prancha e ela se partiu ao meio, quase me aforguei, porquei não conseguia me soltar da pranca que tinha ficado presa em uma pedra. Quem me salvou foi um tio meu, que é sufista.

  -Nossa, você deve ter ficado desesperado né?

  -Tentei manter a calma, mas depois de um tempo fiquei meio que sem foco, me descontrolei totalmente e quase morri por isso. Mas eu não consigo parar de gostar do mar, mesmo depois de tudo o que aconteceu. Só não consigo mais surfar, quando tentei cai de primeira- Ele riu e eu o acompanhei.

  -Você mora em Callid faz muito tempo?

  -Faz, vivi minha vida toda lá, só que sempre estudei em casa, passei para a escola com quinze anos. E você?

  -Também sempre vivi em Callid, só me mudei uma vez, que foi para Porterville.

  -Gente vamos até aquele quiosque? Estou com muita sede- Bia falou amarrando o cabelo. Assentimos e fomos até lá.

  Me sentei na areia e apreciei o mar. A praia não estava cheia, fomos para um lugar mais vazio, depois iriamos para o luau, estou com vontade que o tempo passe logo para poder ir.

  -Trouxe para você- Macos sentou do meu lado e me deu uma água de coco geladinha.- Em que está pensando?

  -Nem sei- Ri- Só estava observando o mar e pensando "poxa como ele é bonito"- Sorri e ele retribuiu.

  -O mar me acalma, mesmo agitado, me faz refletir, sei lá.

  -Eu me sinto mais leve.

  -Você namora?- O encarei, com sua pergunta repentina.

  -Não e nem pretendo tão cedo- Bebo um pouco da água de coco.

  -Queria te beijar agora, mas acho que vai ser errado- Ele faz uma careta me fazendo rir.

  -Os homens sempre são lerdos assim ou só se fingem?

  -O que?- Tampei sua boca e o beijei.

  Marcos colocou a mão em minha nuca, o beijo estava leve e lento, tinha um gosto de morango, estava muito bom, paramos pela maldita falta de ar, dei um selinho olhei nos olhos dele.

  -É, nada mal- Digo sorrindo e ele da uma rasadinha baixa.

  -Pensei que você não queria nada.

  -Eu disse que não pretendo namorar. Eu te beijei, não propus um namoro ou casamento- Dei risada.

  -CASAL- Trice gritou do mar- VEM APROVEITAR, ESSA AGUA TÁ MUITO BOA.

  Levantei e tirei o short, soltei um beijinho para o Marcos e fui até o mar rebolando, não tanto, tentei ser o mais natural.

  -Nem me contou- Trice me deu um tapa no braço.

  -Ai vaca- Dou risada- Foi só um beijinho.

  -Foi um beijão, só faltava as mãos bobas, ai eu falaria que vocês estavam praticamente se comendo.