Final de Março.
Ainda bem que Marcus estava vivo. Ainda bem que todos estavam vivos! Foi um alivio imenso para Henry saber que o comunicador só pifou e que seu melhor amigo estava bem. Mas... A mensagem foi alta e clara. Além de ser um choque que deu um grande abalo em sua estrutura. Pareço confusa? Bem, uma frase vai deixar tudo mais claro:
-Desculpa Henry, mas eu não sinto o mesmo por você.
É. Foi isso. Um fora.
Carla o chamou para ir ao telhado no final de sua missão e foi direta com ele em saber de seus sentimentos e muito delicada em solenemente rejeitá-los.
-H-Hey... Você tá bem? –Carla questiona, preocupada.
Henry se demora a responder. Sentia um frio horroroso na barriga, misturado a uma sensação de que perdeu todo o calor do corpo. Seus olhinhos miudinhos e castanhos tinham um brilhinho tímido e tremulo, e ele apenas arruma seu rabo de cavalo e disse:
-T-Tá tudo bem!
-Mesmo? –Carla o encarou com preocupação.
-Sim. –Henry dá um sorriso mais longo do que de costume –Que tipo de pessoa eu seria se te obrigasse a ficar comigo?
Carla dá um sorriso aliviado, abraçando o amigo. Ele por outro lado sorria, mas seus olhos pareciam não ter empolgação.
-Vamos lá pra baixo? Acho que os baixinhos ainda não comeram todos os doces. –Carla sugere, alegre.
-Eu passo. Tô voltando pra casa! Meus pais chegam mais cedo hoje. –Henry coça a cabeça, rindo um pouco.
-Mesmo? Ok, eu aviso pro pessoal. Tchau! –Carla sorri e volta pra dentro do galpão.
O coelhinho olha para o céu. Estava laranja forte como na maioria das pinturas que admirava. Ele suspira, tentando segurar o choro, dizendo para si mesmo:
-T-Tá tudo bem. Acontece.
Começo de Abril, dia 6.
Um caderninho novo. Preto, com folhas grossas, levemente marrons. Henry o ganhou de seu pai, que o deu com um sorriso enorme no rosto antes de voltar para o trabalho. O coelhinho e seu pai eram parecidos na cor do cabelo, um castanho suave como caramelo, além de terem os olhos delicados e muito doces. Apesar da carinha de sono, Henry não deixou de sorrir! Depois de uma semana difícil, aquilo foi um presente maravilhoso.
-U-Uou! Pai! Meu aniversário é em setembro! Pra que isso? –Henry abraça seu pai, admirando seu caderno novo.
-Você parecia um pouco distante esses dias, então quis te dar um agradinho. –O pai de Henry dá uns tapinhas fofos nas costas do filho.
-E a mama contou pra ele que seu outro caderno estava acabando! –A mãe de Henry deu uma risadinha cheia de desdém –Tem que contar a verdade inteira, Lúcio! Esse é nosso trabalho!
-Ei! Momento pai e filho acontecendo aqui, Nadia! –Lúcio reclama, dando risada.
Henry e Nadia tinham as feições muitíssimo parecidas, além da cor da pele se assemelhar muito. Ela prendia seu cabelo num coque que o filho considerava muito chique e muito lindo, combinando com a marquinha de nascença que ela tinha na bochecha. Ela sempre corria para arrumar as coisas das reportagens e era a pessoa mais responsável daquela casa.
-Não tem problema, mama! Eu gostei do mesmo jeito! Gracias, papa! –Henry dá um sorrisinho animado.
-Você merece, meu pequeno Da Vinci! –Lúcio bagunça o cabelo do filho.
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Mahou Shoujo True Blood
Ficção AdolescenteMahou Shoujo. O conceito das garotas mágicas é sempre uma purpurina de diversão no animes. Mas o que acontece quando a ideia é passada para o mundo real? Garotos e garotas começam a aparecer pela cidade de Platina, causando pânico nas pessoas, mas n...