Cheiro de café e bolachas de maisena. Cobertores e gelo em machucados. A suíte das Rosas estava bem bagunçado, mas ainda sim elas deram um jeito de abrir espaço no sofá pra cuidar daquelas crianças.
-Aqui, garotos. Um lanchinho pra vocês! –Miranda serve os biscoitos e o café, agindo como se fosse a irmã mais velha deles.
Nenhum dos cinco responde. Estavam ainda em estado de choque com tudo que acontecera... Com a perda de sua amiga. Miranda morde os lábios, com pena deles e, docilmente, se agacha e diz:
-Foi muito corajoso o que vocês fizeram hoje. Eu vi depois o que sua amiga falou e ela parecia ser incrível.
Nisso, cada um teve uma reação diferente, mas todos queriam dizer a mesma coisa: Sayuri escondeu o rosto, soluçando. Ayame mordeu os lábios e apertou os joelhos, deixando as lágrimas lhe escaparem dos olhos já vermelhos de tanto chorar. Marcus bateu os punhos na perna, sem se importar se estava chorando. Henry ajeitou as luvas na mão, tentando secar as lágrimas intermináveis que saiam de seus olhos. E Jade... Ela desabou de vez.
-Se eu tivesse entendido antes... Se eu tivesse me preparado melhor... A Morg... A Morg... –E ela não se aguentou e começou a chorar em alto e bom tom.
Comovida, Miranda abraça a menina, dando-lhe tapinhas nas costas e deixando-a chorar em seu ombro. Nenhuns dos outros quatro haviam visto Jade daquele jeito. Tão frágil... Tão indefesa! Jade sempre parecia tão indestrutível que vê-la assim os deixava sem rumo.
Nisso, Lucy entra na sala com boas noticias:
-Liguei pro amigo de vocês. Eles estão na casa da senhorita Circe e estão se recuperando lá.
-Graças a Deus! –Henry sussura, aliviado.
-Você... Falou do que aconteceu pra ele? –Ayame questiona, secando as lágrimas.
Lucy faz que não com a cabeça, explicando sua decisão:
-Eles já estão cansados e muito judiados. Falar disso agora poderia acabar de vez com eles!
-Ah! Wakatta. –Ayame volta a olhar os próprios pés.
E um novo silêncio se instaurou no local. Só o choro de Jade continuou. Nisso, Jackeline pigarreia e finalmente fala alguma coisa, tentando estabelecer alguma conexão com eles:
-Bem... Acho que vocês querem saber o motivo dá gente ter ajudado vocês, certo?
-É, isso também. –Marcus fala, distante e preso em seus pensamentos.
-Meio que foi um pouco por promessa e um pouco por peso na consciência. –Jackeline explica minimamente, bebericando seu café.
-Como assim "promessa"? –Sayuri arqueia uma sobrancelha.
-É uma longa história. –Sophia toma a palavra –Já ouviram falar do termo "O quinto Beatle"?
-Ué... A quinta rosa não é ela? –Ayame aponta para Lucy.
-Fico lisonjeada, mas tô mais pra "Linda McCartney" do que pra "Quinto Beatle", até porque, eu só surgi nessa história depois que as meninas entraram na gravadora. –Lucy dá uma risadinha, ajeitando sua cabeleira loira.
-Nossa "Quinta Rosa" mora num lugar muito bem escondido. Ela é uma bruxa e nossa melhor amiga. Quando a gente viu vocês ali, a gente meio que se viu na obrigação de ajudar vocês, até porque... Ela já ajudou tanto a gente que se não fizéssemos nada naquela situação seria como mostrar o dedo do meio pra coitada. –Sophia explica, falando daquela garota com carinho.
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Mahou Shoujo True Blood
Teen FictionMahou Shoujo. O conceito das garotas mágicas é sempre uma purpurina de diversão no animes. Mas o que acontece quando a ideia é passada para o mundo real? Garotos e garotas começam a aparecer pela cidade de Platina, causando pânico nas pessoas, mas n...