Capitulo XXI-O selo da lua

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  Eles pareciam realmente voar pelos prédios. Todos eles. Não só os que eu acompanhava de perto. Dava pra sentir os poderes da Carla levando todo mundo com a mente dela e o Rafa pegando metal pra flutuar estilo Super Shock. Eu ainda estava tentando entender minha condição, mas enquanto eu não compreendia o que aconteceu comigo, eu via o que acontecia aos meus amigos.

  Os dois grupos se reencontraram encima do prédio mais próximo da casa da Luna e, na hora que pousamos ali, um clarão azul saiu do quarto da anjinha e se espalhou pela cidade como uma tempestade. Eu senti uma aura ruim quando isso ocorreu, enquanto meus amigos sentiram uma dor imensa. Eu tentei perguntar o que ouve, mas minha voz não alcançou eles.

  -Já começou! –Jade afirmou, rangendo os dentes -A gente tem que correr se quiser impedir isso!

  -Beleza! Vocês cinco vão lá e a gente lida com seja lá o que forem aquelas coisas lá embaixo. –Rafael assumiu a fala.

  Eu dei uma olhada abaixo do prédio. Eram criaturas que pareciam um tipo de dragões orientais... Ou um Gyarados do Pokémon. Seus olhos eram como estrelas brancas. Seus corpos cobertos pelo céu do espaço. Quando eles rugiam, cuspiam junto um monte de bichos e fantasmas tão bizarros quanto eles, mas que eram azulados e meio transparentes. Olhei então para os meus amigos, e nenhum deles parecia com medo.

  -Vocês têm certeza? É um caminho sem volta à partir daqui. –Ayame questionou. O cabelo dela balançava contra o vento e parecia uma chama viva e escarlate.

  -Nós não temos a intenção de perder mais ninguém da nossa família. –Rafael olhou pra eles fraternalmente. Lembrou a Leoni quando me defendia de uns garotos mal encarados da rua. –Nenhuma garota mágica fica pra trás!

  Eles se entreolham. Estavam dispostos a trazer a Luna de volta. Eles uniram as mãos uma última vez. Rafael e Carla foram primeiro. Jade e Thiago trocaram um beijinho e colocaram logo depois. Sayuri e Ayame se abraçam e dão um beijo demorado antes de por as mãos ali. Henry e Marcus sorriem um pro outro. O Reaper pôs a mão primeiro, o Hen deu um selinho na Kiara antes de por a mão ali. Por fim, os gêmeos e a Circe botaram as mãos por último, estavam determinados demais pra sentir medo.

  Eu cheguei a por a mão ali e senti o calor dos meus amigos brilhar em dourado. Sério, eu queria entender o que estava acontecendo comigo!

  Eles deram um salto estiloso, quebrando o vidro do prédio e fazendo pose de super heróis. Na hora os dragões-carpas tentaram nos perseguir, mas a Circe e a Vivian usaram seus poderes combinados pra mante-los no chão e dar chance pro grupo da Jade avançar. Eu vi um sorrisinho esperançoso no rosto da Cir e escutei ela dizendo "Chutem a bunda deles!". Eu queria ter visto o que eles fizeram pra conter aquelas coisas de perto, mas eu tinha que seguir a Jade. Sentia que, se seguisse ela, eu entenderia o que ainda estava fazendo ali.

  Meus amigos foram como um vendaval naquele local! Aqueles fantasmas se afastavam só deles estralarem os dedos. A origem deles vinha do quarto da Luna, que estava com a porta emperrada e não abria por nada no mundo.

  -AAAAAAAH! Qual é?! Abre logo, p*&%@! A gente tá tentando salvar a cidade! –Marcus urrou, metendo as garras na porta, sem sucesso.

  -Eles devem ter posto alguma magia nessa porta pra não abrir, sei lá! –Ayame chutou a porta, tentando escolher a próxima carta que escolheria.

  -Jade! E se você tentar usar seu outro poder? A Lee disse que ele é parecido com o da Luna, não é? –Henry sugeriu, parecendo tenso.

  -Mas eu não sei nem como usar ele direito! Eu só... Só sei usar ele quando eu tô dormindo! –Jade contestou. Senti um pouco de medo na voz dela.

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