Nos dias de folga, costumo dormir até tarde, mas com a visita iminente de Caio, acordei cedo, e não estava sozinho na minha cama. Rolei, e ao abrir os olhos encontrei Romeu deitado ao meu lado, estava me olhando com a cabeça apoiada na mão. Levei a porra de um susto!
— Que caralhos está fazendo na minha cama? – Gritei, esfregando o rosto, tentando juntar um pouco de paciência.
— Eu te chamei, mas você não acordou, então fui obrigado a entrar. – Diz mostrando a chave, que eu pego da mão dele com raiva.
— E por que me chamou?
— É a sua vez de comprar nosso café da manhã, eu tenho trabalho daqui a pouco, então…
— OK. Agora cai fora daqui!
Ele sai, mas não antes de se jogar em cima de mim e me beijar no rosto, eu o xingo, enquanto evito seus beijos, até ele sair, me deixando sozinho. Bem acordado, ansioso e tenso com a ideia de Caio não aparecer, eu tomo um banho, escovo os dentes, visto algo decente e saio de casa. Vou à padaria mais próxima de casa, e compro algumas besteiras de que eu e Romeu gostamos. Na volta, assim que estou chegando em casa, vejo um carro bonito estacionado, meu coração acelera duas vezes com a possibilidade de Caio já haver chegado, eu abro o portão e corro para dentro de casa, só para dar de cara com Romeu beijando-o.
Meu sangue parece ferver com essa visão, e o ciúme me cega de raiva quando falo:
— Romeu, eu vou matar você, porra!
Deixo as sacolas caírem no chão e vou na direção dele, mas não consigo chegar até ele, Caio entra no meio e me segura.
— Heitor se controla, isso não é o que parece.
— Calma lá! Não é o que parece? Você me beijou e estava prestes a fazer muito mais, se o Heitor não tivesse aparecido — Acusa Romeu.
— Como é que é? – Pergunta Caio, sem acreditar, e vai na direção de Romeu, mas sou eu quem o segura, pego-o pelo braço e o puxo até meu quarto, fecho a porta com força, trancando-a com a chave.
— Eu não sei que merda estava acontecendo ali, mas eu estou com tanta raiva que poderia matar meu maldito amigo por tocar em você, então quer me explicar? – Digo, tentando me acalmar.
— Seu amigo? Como eu iria saber que ele era seu amigo? O desgraçado me atacou antes que eu ao menos pudesse empurrá-lo de cima de mim, e agora finge a “vadia falsa”, dizendo que eu o beijei, acho que foi uma tremenda má ideia fodida vir aqui!
— Calma! Não existe chantagem, ok? Eu não tirei foto nenhuma de você com aquele idiota do seu diretor de marketing. Eu menti porque… Eu menti porque eu quero tanto você, que não sabia como dizer.
— Não existe chantagem? Você mentiu?
Pergunta surpreso, e eu não sei o que dizer, entreguei tudo, perdi a cabeça e agora ele vai sair e provavelmente me demitir, penso comigo mesmo, enquanto fecho os olhos com raiva.
Antes que eu possa falar qualquer coisa para ele, toma a minha boca na dele, me beijando com força, ao ponto de me fazer gemer.
— Eu não me importava de ser chantageado por você, por que eu gostava da sua chantagem errada, sempre quis você, mas eu tenho outro problema maior do que a sua chantagem.
— Que problema? Podemos resolver juntos, só me conta o que está acontecendo...
— Não, eu vim aqui para fugir do problema, não trazê-lo até você – Diz, beijando meus lábios, meu queixo e pescoço arrancando de mim qualquer pensamento, a não ser que finalmente posso tê-lo só para mim.
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Chantagem Errada. #Conto (COMPLETO)
Historia CortaCaio Castilho se tornou minha obsessão, meu desejo proibido e meu objetivo assim que o vi pela primeira vez. Seu ar de superioridade e o modo como me tratou, quando me viu no corredor da sua empresa, foram o suficiente para eu desejar colocá-lo de j...