•Capítulo 6•

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Terror.

Estava dormindo tranquilo, até escutar barulho de tiro e o cabeça falar no rádio.

—Chefe, tão invadindo o morro! Acho que é aquele Lucas, o Alemão 157.


-Era só o que me faltava esse babaca aparecer no meu morro uma hora dessas-

— Copiado. Liga pros vapores e manda todos se encontrarem na boca. Se ele quer guerra é guerra que ele vai ter!

Gabriela entra no meu quarto bastante assustada.

---Maninho, o que tá acontecendo?

--- Fica tranquila, não vai acontecer nada com você. Eu vou ter que ir pra boca agora pra ajudar os caras mas, toma essa pistola pra se proteger e fica abaixada no banheiro. Não sai daqui por nada tá escutando?

--- Tá bom. Me promete que você vai voltar! -soluça.

--- Claro que eu vou voltar. Vou te proteger sempre! Agora eu tenho que ir.

Estava com sede de vingança do Alemão. Queria matar todo mundo que cruzasse meu caminho, mas tinha que proteger o meu morro, meu povo.

— O que faremos contra a tropa 157?

— Seguinte... Como vocês sabem o Alemão tem um ódio por mim porque ele diz que meu pai matou o dele e por isso a gente é assim e bla bla bla... Não queria entrar em detalhes mas, já que entrei, quero que tragam ele pra mim com vida. Porque se tem alguém que tem que matar ele esse alguém sou eu! -digo e todos gritam.

— Bora meter bala em todo mundo cambada.

Os vapores desceram o morro atirando contra a tropa 157 dando cobertura para eu e cabeça irmos direto no Alemão.

Nos escondemos atrás de um carro que ficava perto de onde se encontrava. Estava cercado com dois homens.

— Vamos atirar, você no da esquerda e eu atiro no da direita. Aposto que ele corre, então temos que ser rápidos pra ele não fugir.
— Copiado chefe.

Atiramos e o Alemão correu. Fomos atrás, mas o desgraçado pegou um carreirão que até sumiu.

— Vamos checar o perímetro, ele não pode ter ido muito longe... fica de olho e tome cuidado.

Estava meio ofegante, queria muito pegar ele, fazer ele sofrer por todas as coisas que fez comigo e a Gabi. Resolvo gritar.

— Alemão aparece agora! Seu desgraçado.

Até que ele sai com uma refém. Não vi quem era até chegar perto. ERA A LUIZA.

Luiza.

Os tiros não paravam. Só sabia chorar, é horrível a sensação que o barulho dos tiros nos traz. Estávamos abaixadas no banheiro por muito tempo e tia Duda tentava nos acalmar.

— Meninas, se acalmem. -passa a mão em nossos rostos.


Quando ela falou isso escutamos um barulho na sala.

— Tia, você esqueceu de fechar a porta? -digo soluçando

Dono do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora