Greve, ótimo. Eu particularmente odeio greve, odeio ficar em casa com meu tio, Sempre odiei, muito antes de qualquer coisa. Ele sempre me tratou esquisito e parecia me olhar diferente Tentava constantemente ficar fora de casa, as vezes sentava no portao mesmo.
Por isso resolvi passar esses dias na praia, voltando só no fim da tarde. em um lugar no alto do morro que eu comecei a visitar tem 1 mês, é maravilhoso, eu consigo estudar, ler, compor. qualquer coisa, lá é tipo meu ponto de paz. Não sei se outras pessoas vão lá, mas é perfeito
- tchau tia
Falo saindo de casa.
-se tu for hoje, não quero ver você aqui dentro de casa até essa greve passar.
- tia, eu vou voltar só depois de amanhã, se preocupa não.
[...]
17:46
Meus dedos já estavam enrugados de tanto ficar na água, sentia areia em lugares que eu nunca achei que teria, já estava escurecendo então e decidi voltar pro morro. Peguei o ônibus que passava mais próximo do morro e segui, ele estava lotado mas era o que tinha, me aproximo da porta e percebo que arrebentaram a cordinha.
Padrão
- vou descer motorista!
Grito e ele só abre depois que dois meninos começam a gritar com ele.as luzes da rua já estavam acesas, o que não me passava segurança.
Não tinha medo de andar sozinha, mas é sempre bom pensar no que pode acontecer.[...]
Certifico que meu celular e meu fone estavam na bolsa.
Seguia pelos becos que estavam o maior silêncio, paro na metade do caminho até o meu destino e suspiro fundo.- vou morrer
penso em quanto subo o morro.Já estava completamente escuro, consequentemente as luzes estavam acecas, eu pela glória de Deus já tinha chegado no meu destino.
Hoje por algum motivo estava mais lindo que o normal, todas as luzes do morro estavam acesas, o que de longe ficava bonito. Aqui era meu lugar favo-
-rito, foi aqui que eu vim quando tive que sair de casa a alguns meses atrás.
Eu realmente amo esse lugar, mesmo não sabendo o real significado do amor.
Me sentei e encostei minha cabeça em uma parede que tinha ali, eu realmente não consigo explicar esse lugar, é somente minha calmaria e talvez o único lugar que eu tenha paz......
Eu costumava cantar, era uma forma de passar o tempo, aqui eu tinha tempo meu tempo.
Me levanto e sorrio com a visão que eu tinha. Estava tudo certo, até eu ouvir essa voz, eu nunca tinha ouvido a mesma, mas era marcante.Me viro e vejo um menino, ele usava um boné e me olhava de pé a cabeça, era um menino normal, meio grande, na verdade muito grande, cara de bravo e o corpo completo de tatuagens.
- quem é você?
Falo e olho atentamente o movimento do homem a minha frente.Ele não falava nada, o que me deixou meio sem jeito
- tá tudo bem?_ falo novamente dando um passo pra trás meio desconfiada.
Eu me sentia um passo da morte, meu braço estava completamente arrepiado e minha voz falhada, mas eu precisava sair de toda essa tensão.
Pego minha mochila e tento passar por ele, Mas ele me segura e olha dentro dos meus olhos, isso era estranho, mas do que eu pudesse imaginar, sentia como se já tivesse visto aqueles olhos alguma vez, isso deixou a situação mais estranha. Ele simplesmente me solta e sai andando, me deixando sem palavras.Quem era ele?

VOCÊ ESTÁ LENDO
Vivendo Perigosamente
JugendliteraturForam lágrimas de desespero, que afogaram meus inimigos. Os cria sempre na fusão, na contenção... Ele está de volta, pior que antes. Pior do que alguém poderia esperar. A prisão, te prende. Por um tempo, no caso dele, um tempo bem menor do que el...