❝Corações moles almas elétricas
Coração para coração e os olhos para os olhos❞
— House Of Memories; Panic! At The Disco
Por sorte ou intervenção divina, havia uma caverna aos arredores do desmaio do soldado. Natasha rapidamente tratou por arrastá-lo até o coberto por mais que aquilo tomasse o fôlego de seus pulmões.
Encolheu-se assim que gentilmente fez seu melhor para proteger James da friagem. Ela estava faminta, sedenta e congelante. Colocou em sua lista mental duas prioridades: se manter viva e o manter vivo.
Começou a trabalhar em suas metas por aquilo que era possível em meio as caóticas condições climáticas. Aquecer-se.
— Eu queria tanto que você se lembrasse de nós — murmurou com o destino ao homem que pacificamente encontrava-se desacordado — Eu sei que no fundo você se lembra.
Romanova se alinhou ao lado do outro a fim de se manter quente e vice e versa. Fechou os olhos ao apoiar sua cabeça do peito dele e descansar as pernas depois de longos dias de caminhada. Pediu mentalmente para, seja lá o que ela acreditava — para os vestígios de esperança que queimam dentro dela — que o Soldado sentisse a honestidade do gesto dela. Pediu que ele lembrasse no mínimo quem ele mesmo era.
Acordou com a luz do Sol que, timidamente, adentrou a boca da caverna. Sentiu seu coração apressar o passo ao se lembrar de que havia dormido sob o torso do ativo, mas logo, realizou que ele estava inconsciente e que havia adormecido daquela forma com propósitos de sobrevivência.
Todavia, sorriu ao notar, mais uma vez, a claridade do local. Aquilo significava que a nevasca havia chegado em seu ponto final.
Rapidamente, levantou-se e saiu do coberto a fim de recolher o máximo de suprimento possível que a natureza poderia oferecer. Gravetos, folhas, algumas frutas e nozes, alguns esquilos e por fim, um pouco de neve.
Depois de tentativas frustrantes de criar fogo dentro da caverna — devido a umidade dos materiais — manejou algumas faíscas que foram combustível o suficiente para desencadear uma fonte de calor legítima. Usou-a para assar alguns animais pequenos que havia caçado e, mais importante, descongelou neve e saciou sua sede que parecia fazer aniversário.
Seguidamente de comer e beber água o suficiente para que desmaiar não fosse uma opção óbvia, encarou o corpo desmaiado do outro lado da fogueira feita. Se perguntou se ele não estaria morto, desejou que não estivesse. Se perguntou os motivos que o deixaram nessa condição, seria sede? Fome? Dores?
Em um pulo, Natasha se assustou com um grunhido que escapou dos lábios do outro. O coração da espiã ameaçou rasgar todos os tecidos de tão forte que bateu. Ela se afastou por impulso, contudo, diminuiu gradualmente a distância entre eles quando percebeu que ele havia voltado ao seu estado passado.
Todavia, estava tremendo. Aliviou-se ao confirmar a vida dele.
Olhou ao seu redor e notou um pouco da neve derretida contida em uma espécie de copo que ela criara. Ele provavelmente precisa de água.
— Bem, James me desculpa se seu outro você não gostar disso, mas eu preciso cuidar de você — disse para o moço mesmo sabendo que não haveria resposta.
A ruiva tomou um gole da água e não engoliu. Levou o líquido em sua boca ajoelhou-se perto do rosto do homem e colou seus lábios aos dele, manuseando com que ele engula o conteúdo.
— Por favor, funcione — ela disse enchendo sua boca novamente com o mais água.
Repetiu o gesto, sentiu repugnante ao pensar minuciosamente o que estava fazendo, porém seu coração estava em paz sabendo que era por um bom motivo.
Na terceira vez, sem distância entre as bocas do homem e da mulher, percebeu um movimento na língua dele, que logo, cresceu em um beijo. A Viúva Negra acordara o Soldado Invernal.
N/A: vcs estavam sedentos para um cap novo? rs
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house of memories; buckynat
Fiksi Penggemaraquele em que james se lembra de natasha aesthetic credit: wonderland-txt