Henry

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" Perdi o rumo quando senti sua pele na minha"  

                                              Sexta-feira

Chego no consultório já indo direto em Alice pra saber qual seria minha primeira paciente.

- Boa tarde Alice, quem será o primeiro paciente?

- Boa tarde Dr. Henry, a primeira paciente será a Senhorita Clarice. - diz-me entregando as anotações da mesma.

- Obrigada. - respondo de volta.

Com os papéis em mãos, olho para os sofás acolchoados da recepção e vejo a mulher que tenta transar comigo à todo custo e meu corpo arrepia em ânsia.

- Vamos lá senhorita Clarice? - digo estendendo minha mão.

—Ah, claro Dr. - respondeu ela com um sorriso exagerado em seus lábios carnudos vermelhos e um brilho malicioso nos olhos, pegando minha mão. -minha vontade era de revirar os olhos, pois quando que ia existir alguém mais fácil que ela? -
Caminhei rumo à minha sala com ela em meu encalço e eu torcia internamente para a sessão acabar o mais rápido possível. Pensando assim abri a porta e dei espaço pra ela entrar.

- Sente-se e fique a vontade. -disse em seguida.

- Obrigada Henry. - respondeu enquanto caminhava rebolando.

- Como está desde a última vez que nos vimos? Aconteceu algo que você deseja compartilhar? -perguntei-me sentando, olhando sério e fixamente para ela.

— Ah Henry querido, você sabe como é... Meu marido ainda continua trabalhando bastante e sem tempo pra mim...  -reclamou ela enquanto eu viajava para qualquer outro lugar se não aquela sala onde minha paciente dizia não aguentar ficar sem sexo e sim, ela era casada e teve tantos outros romances, que me deixava encabulado.

— O que você acha? - perguntou ela se levantando e caminhando em minha direção fazendo um bico que para ela era sexy mas para mim era como se ela estivesse com câimbra nos lábios.

Olhei o relógio desconcertado ao notar que já tínhamos esgotado nosso tempo da sessão e respondi.

— Acho que nosso tempo já acabou. - disse já me levantando fugindo dela sentar em meu colo.

Colocando as mãos em meu pescoço ela disse:

— Creio que você arruma mais tempo pra mim não é Henry? -falou aproximando aquele bico horrendo do meu pescoço.

— Lamento Clarice mas nosso tempo estourou e preciso atender a outra paciente que me aguarda, creio que hoje estou um pouco muito ocupado. - ela fez beicinho e beijou meu pescoço.

— Acho que você vai ter que se trocar Doutor.  - disse piscando um olho e dando um sorriso maléfico.

Em espanto eu coloco a mão no pescoço e caminho rumo ao banheiro que tenho em meu consultório afim de olhar o que foi aprontado, sem nem me importar se Clarice fica em minha sala ou sai.

Ao me deparar em frente ao espelho, noto uma marca de batom em meu pescoço e camisa azul bebê, e com total raiva eu começo a tirá-la enquanto rogo pragas mentalmente nada boas à Clarice.

Termino de limpar meu pescoço e decido pegar a camisa reserva branca que deixo em meu banheiro para algum imprevisto. Lavo meu rosto e mãos e por fim decido de uma vez sair de meu banheiro pois já levei tempo demais nele.

Abro a porta e sou recebido com um cheiro doce e suave que chego a fechar os olhos para expirar melhor e isso me causa um frenesi. Ao abrir os olhos eles caem diretamente em um linda mulher deitada em meu divã, e pelo que reparo está dormindo. Ela me atrai como abelha ao mel e me puxa para perto de si, só me dou conta que estou perto dela quando a tenho  sentindo o calor que emana de seu corpo. Estou ajoelhado contemplando a beleza e sensualidade de um anjo, ou seria uma diaba que está sugando toda a minha atenção e devoção?!.

Começo a reparar que está sonhando quando começa involuntariamente apertar suas pernas em busca de alívio e isso causa uma corrente elétrica pelo meu corpo se alojando com mais intensidade em meu pau que dá sinal de vida e fica duro como uma rocha. Desconheço meu corpo quando a ouço gemer e isso me faz pulsar dentro da cueca ficando já apertada.
Em total loucura aproximo meu nariz de seu pescoço em busca do cheiro tão arrebatador que possui. Assim que meu nariz toca sua pele macia e morena sinto a necessidade de sentir seu sabor. Em insanidade passo minha língua em seu pescoço bem lentamente e quase gozo em minha cueca de tão maravilhado com seu gosto, e ao fazer isso ela solta um gemido necessitado e gruda com as mãos em minha camisa. Nesse momento eu deslizo minha mão pela sua coxa, abaixando sua saia o suficiente para sentir a quentura que exala em sua pele.
Minha mão formiga em necessidade de toca-lá e meu pau parece que vai rasgar a cueca. Eu nunca senti tanto prazer com tão pouco como agora. Me sinto completamente fora de mim e com uma urgência fora do normal em me enterrar dentro desse anjo tão belo até tirar todas as suas forças.

Quando decidido a sentir o sabor de seus lábios, ela abre os olhos e o feitiço acaba quando ela se dá conta que quem ela estava segurando todo esse tempo era eu, seu doutor, um desconhecido, ou seu mais novo objeto de desejo, pois quando olhei naqueles olhos castanhos eu me senti tomado de mim como nunca, deixei de me pertencer para ser de uma anja/diaba.

Ela abre a boca mas nada sai de seus lábios sedutores, fica vermelha e isso me faz reprimir a vontade de beija-la e tomá-la em meus braços para acabar com esse desejo que está em nós.

Saindo do transe escuto sua voz rouca de tesão dizer:

—É.. Hum.. Me.. Me.. Des.. Desculpa - gagueja cega de prazer.

E como se não bastasse isso fazer meu pau  babar, eu fico bobo e sem reação e mal noto quando a diaba assume nela e ela sai rapidamente dos meus braços em busca de fuga.

E eu? Eu fiquei ali agachado, duro e necessitado desse furacão em forma de mulher que veio e me deixou, me perguntando: o anjo me arrebatou ou a diaba me fez pecar?

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