Uma dose de amor

Sexta

05 de junho de 2019.

20:06.

- Vermelho ou preto ? - Estou-com dois vestidos em minhas mãos e sempre fui péssima em escolher roupas. Sam, meu melhor amigo diz que me visto como se fosse para uma festa do pijama brega todos os dias. Então todas as vezes que vamos sair ele insiste em me ajudar a escolher o que eu vou vestir.

- O vermelho - Diz ele. Ele está usando uma blusa preta com varias rosas vermelhas e uma bermuda azul. Seus óculos redondos caem do seu rosto e vão para na ponta de seu nariz enquanto me observa - E coloca aquela bota de salto preto.

 Suspiro e vou procurar a maldita bota. Por sorte encontro facilmente, contudo a felicidade passa rápido. Agora é hora dele me maquiar.

- Eu não entendo a necessidade de me maquiar para toda festa que eu vou. 

- Se você aprendesse eu não iria precisar estar fazendo isso - Diz ele enquanto passa o delineador nos meus olhos. - Vou fazer um bem básico, ninguém vai ser ver mesmo.

- Uma boate de novo? - Pergunto, Samuel vive indo a boates e sempre me carrega, mesmo eu não estando afim sempre acabo indo com ele. 

- Eu soube que um dos meus professores estará lá, você acha que vou perder essa oportunidade? - Sam é conhecido por sempre se apaixonar por seus professores, e agora que estamos na universidade está cada vez mais arrasando o cupido. 

- E se ele te reconhecer? 

- Então talvez eu ganhe uma ponta extra. -Diz ele maliciosamente. 

  Quando ele termine eu me olho no espelho, estou arrasadora.

22:00.

  Poucas pessoas estão entrando, tem uma fila onde as pessoas, em grupos, vão entrando. Sam e eu somos conhecidos por festeiros então já temos os convites vips de antemão. Entramos na boate e ela cheira a álcool e suor, e já me sinto em casa. Puxo Sam para a pista e começamos a dançar, não demora muito para que algumas pessoas se juntem a nós. Logo a pista está cheia e alguém me passa uma bebida e ligo quem pegou e só bebo.

  A boate é pequena e em um formato redondo, onde no canto tem um bar e umas escadas que levam para a aparte de cima. Resolvo subir, e as escadas me levam para um ambiente mais escuro e consigo ver todos lá em baixo. De cima eles ficam bem mais iluminados. Nesse andar as pessoas se pegam nos cantos ou conversam baixinho.

  Acendo um cigarro enquanto observo Samuel achar seu novo chush. Minha bebida começa acabar então resolvo descer e pegar mais uma, mas sou parada na escada. Quero dizer, alguém me para. Um garoto um pouco mais alto que eu, um pouco musculoso e um sorriso encantador. Ele me chama para subir com ele, mas desvio e desço as escadas, mas viro e sorrio para ele. A algum tempo eu descobrir que caras como ele gostam de garotas que não podem ter, então como previsto ele me segue. Já na pista, ele começa a dançar comigo, sempre garantindo que seu corpo inconste no meu. Jogo meus braços em seu pescoço e danço para ele, depois viro e rebolo.

  Ele me gira com uma mão em minha cintura e me beija, lanço meus braços para sua cintura e puxo ele para mais perto de mim e ele suspira. vou empurrando ele sem me importa com a multidão e encosto ele na parede, passo minha mão pelo seu peitoral e ele deslisa uma mão para minha bunda e aperta.

  Salva pelo gongo Samuel me puxa de volta para pista, mas antes consigo olhar o olhar de desejo que deixei no pobre garoto. 

- Não estava pensando em me deixar na festa sozinho? - Dispara ele.  Ele me rodopia e me leva na direção de um homem mais velho, elegante demais para aquela festa. - Ela está ele.

- Vá falar com ele - Digo, e vou dançando enquanto puxo ele para perto de seu professor.

- Acho que ele está acompanhado - E percebo que um outro homem, com quase a mesma idade desse primeiro, trás dois drinks e entrega um para o chush de Sam.

- Só tem um jeito de descobrir. - Solto as mãos de Samuel e vou em direção aos dois homens, eles nem me olham. - Oie, meu amigo está interessado em você, mas não sabemos se você está acompanhado ou não.

  Pego o drink da sua mão e bebo enquanto ele parece ponderar se deve ou não, mas acaba indo. O seu amigo que fica do meu lado é alto, moreno e tem lindos cachos que caem em seu rosto.

- Dando uma de cupido? - Pergunta ele.

- Sempre.

  Ele desvia o olhar enquanto eu observo Sam beijar seu professor. Nós também somos conhecidos por sempre arrumarmos encrencas como essas.