Capítulo 1

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Oi amores! Voltei pra vocês, aqui pra essa plataforma onde tudo começou para mim na escrita, sei que prometi começar as postagens em maio, mas tive alguns problemas com o cronograma. Mas espero que gostem dessa nova história, é diferente das histórias que eu trouxe até aqui. Estou ansiosa para saber a reação de vocês haha' Então sem mais conversa fiada da Kel.... 

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O sol ainda não raiou lá fora, acordei bem cedo a fim de ver o nascer do sol que ilumina o pé da serra da fazenda. Hoje o dia será puxado, mas eu não poderia querer outra vida pra mim. Foi aqui que nasci e aqui quero envelhecer.


A maioria dos meus amigos assim como eu nasceram em fazendas no interior de Goiás resolveram criar assas assim como as andorinhas seguindo seu curso. Eu por outro lado aqui fiquei ajudando meu pai na lida da roça.


]Formei em veterinária para cuidar do gado e dos cavalos. Mas minha paixão são os cavalos, acompanhar desde a gestação da égua e até o momento de maior paixão doma-los. Olhar em seus olhos para que sintam confiança e assim abrandem sua gana selvagem.


Decido parar de admirar a visão dos campos a minha frente e ir me vestir de uma vez. Meu traje costumeiro, um jeans, camiseta de flanela xadrez, minha bota e chapéu. Chego a cozinha para tomar um café forte e como se é esperado encontro Maria preparando o café da manhã para os peões da fazenda.


¬ Dia Maria!_ a cumprimento dando um beijo no topo de sua cabeça grisalha. Maria é pequena e robusta, aquela típica tia da roça. Tenho um carinho imenso por ela, sempre cuidou de mim como uma mãe.


— Bom dia minha filha! Vai comer aqui ou com os outros?


— Aqui mesmo, hoje vai ser canseira quero começar logo.


— Vou arruma as coisas pra você. _ começa a largar o bule de café, limpando as mãos no avental.


— Não senhora, continue o que está fazendo, me viro sozinha aqui.


— Mas gente esse é meu trabalho.


— Seu trabalho não é botar comida no meu prato Maria, que coisa! Já não sou uma criança, sabia?


— Pra mim sempre vai ser aquela pirralha atentada que ficava me atrapalhando.


— Eu atentada? Que horror Maria. Sempre fui um anjo._ finjo uma cara de inocente, o que estou longe de ser.


— A quem quer engana menina? A mim que não é praticamente te criei.


— Isso é verdade, não posso ir contra isso.


Rimos cumplices, ela volta a arrumar o café do pessoal e me sente a mesa pegando um pedaço de bolo de fubá e minha caneca de café. Depois de uns três pedaços de bolo me dou por satisfeito, pego meu chapéu que larguei por cima da mesa levanto indo ruma ao estabulo. Durante a noite caiu aquele orvalho que deixa o capim úmido, subindo aquele cheiro bom de terra molhada. O meu cheiro favorito no mundo. Atravesso o espaço entre a sede da fazenda e estabulo tranquilamente, o sol aquecendo minha pele, os trabalhos do dia começando a ganhar forma ao redor.

Bruto Coração (AMOSTRA)Onde histórias criam vida. Descubra agora