Aquela calça jeans justa, camisa de flanela tão típica. Meu olhar sobe se fixa nos seus seios lindos, do tamanho ideal para mim. Subindo e descendo de forma acelerada pelo esforço, o suor escorrendo do pescoço entrando no vale dos montes.
Oh suor sortudo!
Forço os olhos a continuarem sua espeçam, não posso permitir que meu pensamento siga esse caminho perigoso. Não posso permitir! Não pela peste que atormentou minha infância. Eu pensei que podia melhor subir o olhar? Que burro que sou, se até agora tudo que via despertava tudo em mim, como que com o rosto seria diferente. Seu rosto é a mistura entre anjo e capeta. Sim, entre os dois. Anjo e demônio, o formato de rosto de anjo, mas o olhar da tentação e pecado.
Fico ali hipnotizado incapaz de tirar os olhos daquele monumento de mulher. É estou na merda, segurar meus pensamentos inapropriados. Se fosse em outro lugar, outra pessoa, poderia deixar meu corpo dominar minha mente. Mas nesse caso, nunca poderia. É a Erica, a pessoa mais insuportável que conheço. Além de ser a chefe do meu pai.
Estou aqui para me reerguer e não enfiar o pau em um lugar que só me daria mais dor de cabeça que já tenho.
Vou superar o luto de forma descente, trabalhando com meu pai. Sei fazer alguma coisa? Não, por isso focar minha energia toda no trabalho será a melhor coisa a fazer.
Estou a ponto de largar meu hipnotismo quando os seus olhos dão de encontro com os meus, ela estava trocando o cavalo de posição e desta forma seria inevitável nosso encontro nesse momento. Seu semblante vai de surpresa ao admirar meu rosto, a raiva ou será frustração? Chuto uma mistura boa dessas opções. Só para aumentar sua alteração de humor repentina, dou-lhe um sorriso mais debochado que consigo.
Sim, baby sou eu. O cara que na infância você atormentou.
Antes que Erica possa tomar qualquer atitude que me tire do sério, que sei bem que essa peste é capaz saio dos arredores dos estábulos, melhor ir encontrar tia Maria. Encontrar ela é fácil demais, ir para a cozinha. E lá está ela em frente ao seu fogão a lenha preparando a comida pros peões tudo da fazenda. Comida gostosa igual a dela, nunca encontrei, ninguém faz esse comezinho bom na cidade grande. Minha mãe que lá do céu me perdoe, mas nem o dela era tão bom. Fico feliz em ver que agora ela tem ajuda com os afazeres da sede, já está de idade avançada para cuidar de tudo sozinha.
Chego por detrás dela agarrando sua cintura, que grita alto de susto fazendo com que não me aguente de tanto rir.
— Calma tia, sou só eu.
— Ah meu menino, que saudade eu tava de ocê!_ ela fala em seu jeitinho errado que encanta tanto, se vira em meus braços apertando logo em seguida minhas bochechas, dando beijos e abraços.
— Eu também estava. Agora vai é enjoar de ver minha cara por aqui.
— Larga de besteira. Senta ai nesse tamborete enquanto cozinho. Logo aqueles peões esfomeados aparecem aqui querendo comer tudo que veem pela frente.
— Tudo culpa tua, com essas mãos divinas no preparo.
— Deixa de besteira! Você ficou rapudo bonito demais, vai sair arraçando o coração dessas meninas dessas bandas tudo. Principalmente da minha menina.
Meus olhos quase saltam da cara com seu comentário. Era o que me faltava, tia Maria vir dar uma de casamenteira.
— De todas as besteiras essa foi a maior de todas tia Maria. De Erica quero distância, aquela peste!
— Ora, cuidado com o que fala seu mauricinho da cidade grande! _ uma voz feminina que não reconheço fala atrás de mim, mas pela forma de me chamar e meus pelos da nuca arrepiarem defino quem seja.
Será que poderia ficar pior? Sim, poderia a prova é essa Erica escutar meus "insultos"
Estou ferrado!
⸺ Se eu sou o mauricinho, você é a peste do mato! E que fique claro eu não tenho medo de você, Erica.
Sou louco por bater de frente com ela? Sim. Perdi o amor a vida? Provavelmente, mas eu não vou baixar a bola para essa brutinha, o que ela tem de bruta eu tenho de coração. Além do mais o meu coração é tão bruto quanto ela, sou apenas mais educado que ela.
⸺Mas deveria, até porque querido está na minha fazenda, e vai trabalhar pra mim. Então abaixa tua crista de galize, porque nesse terreiro quem canta mais alto é a galinha.
⸺ Fique esperando peste.
Seus olhos me fuzilam como uma metralhadora, não arredo retribuo com a mesma intensidade. Essa fazenda vai pegar fogo a partir de agora.
⸺ Ah pelo amor de santo Cristo! Chega vocês dois. Sentem e tomem o café, e sem briga de comida. Não tô na idade pra isso.
Maria grita na beira da mesa e como duas crianças obedientes sentamos tomando café em silêncio.
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Esse dois me matam de rir kkkkk' se vai vir muito bate boca ainda? oh se vai. Vocês estão gostando? Espero que sim.
Essa semana vira capítulo mais rápido, no máximo até quarta.
E não esqueçam se gostarem deixa uma estrelinha, comentem e indiquem
Beijocas da Kel :*
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Bruto Coração (AMOSTRA)
RomanceNem tudo é o que parece ser... A dor pode fechar um coração e transformar o modo de ver o.mundo. Um novo lar, uma nova realidade. João precisa se tornar o pião ideal depois de ter sua vida de cidade destruída. Erica a peste da fazenda, a menina do...