Capítulo 2 - Danilo

328 46 5
                                    

Sei que o capítulo é pequeno para os padrões que costumo postar, mas mais embaixo, nos avisos, conversamos sobre isso =)


Capítulo 2 ― Danilo

Sol voltou para casa para tomar um banho e se arrumar e eu já contei para minha mãe que passou a se arrumar para ir conosco. Íamos visitar dois espaços possíveis para onde poderia acontecer a festa pós casamento. 

Não que eu quisesse decidir esse detalhes. Por mim, já colocava um anel no dedo de Sol e fugia para São Paulo o mais rápido possível. Mas eu sabia que era importante para nossas famílias e para Sol também. Mas as coisas não estavam como eu planejava. 

Assustei-me ao ver Vanessa na minha casa. Franzi o cenho sentindo já a dor de cabeça instaurando-se. 

― Maaaae! Mãe! ― Gritei enfurecido. Ela sabia como Sol ficaria se visse aquela mulher na nossa casa! Aliás, eu ficaria do mesmo modo se Caio estivesse vivo e eu o visse também na casa de Sol. 

Com cara de quem não aprontou nada, minha mãe apareceu. Estava já com um terninho vermelho vinho para sair, os cabelos curtos escovados e até tinha passado um batom! Depois do susto de ver minha mãe arrumada, que não acontecia todo dia, voltei ao papel de raiva buscando explicações: 

― O que essa mulher está fazendo aqui? 

― Agora não tenho permissão de visitar a minha amiga, Danilo? ― Respondeu Vanessa com a voz mansa como se ela não tivesse feito nada e realmente estivesse ali só para isso. Engoli minha raiva antes que eu explodisse ainda pior. 

― E tinha que ser no timing perfeito? ― Pergunto no exato momento que a campainha toca. Obviamente, deveria ser Sol. Vanessa deu de ombros e se sentou no sofá. Na certa, a puta só estava esperando o circo pegar fogo. E eu tinha certeza de que não demoraria. 

― Vamos. ― Disse mamãe abrindo a porta e dando de cara não somente com Sol, mas com a mãe dela também. Eu também fiquei surpreso. Não esperava que minha sogra também quisesse ver o salão, o que no mínimo seria cansativo. 

Eu. Sol. As duas mulheres. 

Mas o inferno havia apenas começado. 

― O que ela está fazendo aqui? ― Perguntou Sol fechando a cara.

― Me visitando querida. ― Disse minha mãe na lata. Esperava apenas que não sobrasse para mim. Eu não tinha nada a ver com aquilo. Meu único defeito foi ter namorado essa louca por algum tempo. Talvez ter apresentado ela para minha mãe também. 

― Vamos Sol. Puta conhece puta, nunca ouviu falar não? ― Arregalei os olhos sem acreditar que a mãe de Sol falava isso da minha mãe. Mas... o que? Eu não conseguia esconder o meu espanto. 

― Ah, é você... ― Disse minha mãe revirando os olhos como se o adjetivo de antes não tivesse sido nada mais do que um simples adjetivo. 

― Vamos? ― Perguntei a Sol estendendo o braço que ela pegou de agrado. Ao menos eu havia me safado dessa encruzilhada. 

Não demoramos para chegar ao salão, o que foi extremamente entediante. A dona do salão começou a fazer perguntas como a quantidade de pessoas que planejávamos para o casamento, que dia planejávamos, essas coisas, até o momento que ela chegou na pergunta mais estressante de todas: qual a cor da decoração do salão. Ali o circo começou a pegar fogo. 

― Vou querer vermelho com branco. ― Disse mamãe, o que fez a dona do salão sorrir amarelo como se não quisesse ser rude com ninguém, mas que precisasse.

Ajude-me a casar. (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora