Eles saíram da sala sem castigo por terem chegado atrasados, uma vez que era o primeiro dia, mas receberam uma advertência.
-Sabes que podias ter explicado porque é que chegamos atrasados, certo?
- Sim claro ia ser de muito valor, "olha, professor, chegámos atrasados porque ela foi atacada por uns delinquentes por causa do cabelo dela, e eu como o bom samaritano que sou fui salvá-la" achas que ele acreditaria nessa cena que mais parece uma cena de filme?
- Acho que és capaz de ter razão. A propósito chamo-me Alana whit, e tu?
- Damien Whillem ao seu dispor, mas podes me chamar de Dan.
- Acho que ainda não agradeci por me teres salvo, obrigada.
- Não tens de quê. Olha lá, não te conheço de algum sitio?
- Se conhecesses provavelmente não te esquecerias, afinal não é todo o dia que se encontra alguém com a minha cor de cabelo, mas também sinto que te conheço de algum lado.
Com o fim dessa frase veio um silêncio solene, para alguns tal silêncio seria considerado perturbador mas para eles era como se simplesmente não tivessem palavras para dizer um ao outro como se pudessem comunicar somente por olhares.
Trim Trim
- Desculpa, Alana, é a minha mãe, tenho que atender.
- Não faz mal, Dan, o meu pai também está ali à minha espera... Então suponho que nos vemos amanhã ?
- Claro, afinal estamos na mesma turma, até amanhã.
- Até amanhã.
Ele pega no telemóvel e começa a falar com a mãe.
- E então, senhor Damien, que demora é essa para atender um telefone?
- Estava a falar com uma amiga, mãe.
- Uau, primeiro dia e já tens uma amiga, isso é um recorde. Olha, preciso que vás às compras porque faltam-me uns ingredientes, preciso que compres salsa, farinha, natas, massa, marisco, chocolate culinário e salsichas, o resto já tenho em casa.
- Isso é tanta coisa, vamos ter um banquete?
-Já te esqueces-te? Hoje o teu pai volta da França e um amigo dele vem jantar a nossa casa mais a esposa e a filha.
-Ok, então vou sair da escola agora e passo nas compras, até logo mãe.
- Até logo.
Ao caminhar, Damien começa a pensar na Alana, mais precisamente, a sensação estranha que ela lhe causava, não era má era mais como... saudades. Mas isso é impossível, diz para si mesmo, como é possível sentir saudades de algo que nunca viveu? A família de Dan sempre fora do tipo religiosa, mas pessoalmente ele não se interessava muito por essas coisas. Sim, o universo teve de começar de algo, mas dizer que começou com uma entidade intitulada Deus? E quem criara Deus? Este paradoxo sem explicação fez Dan acreditar que o inicio do universo deu-se com não com uma entidade, mas como a ciência explicou, através do Big Bang, já que para ele era a teoria mais aceitável. Mas a presença daquela menina refutava as crenças dele, pela primeira vez ele acreditou no destino, acreditou que cada ser tinha um papel no universo e que o dele era conhecê-la. Ele teve vontade de gozar de si mesmo, como se podia sentir assim por alguém que conhecera só hoje?
- Ah, raios, não vou pensar mais nisso, dói-me a cabeça.
Ele estava um cruzamento antes do centro comercial, imerso nos seus pensamentos, quando bate contra alguém.
-Peço imensa desculpa, estava distraído, precisas de ajuda para levantar?
Só então Dan se deu conta de quem fora contra, um rapaz moreno que devia ser um centímetro mais baixo do que ele com cabelos rebeldes e olhos cor de avelã. Quando se dá conta o dito rapaz começa a se alegrar.
- Finalmente te encontrei, boa, agora só faltam 2.- e começa a arrastá-lo por um braço.
- Espera- afasta o braço dele- mas afinal quem és tu e para onde estás a levar-me?
- Não tenho tempo para explicar, eu prometo que quando chegar-mos te dou mais detalhes- e depois sussurrou- pode estar bem escondida, ainda assim ele sem duvida tem a marca.
- Houve, quem quer que tu sejas, eu não posso ir, tenho um jantar esta noite, estou atrasado e ainda não fui às compras ou deixas-me ir embora ou eu não tenho outra escolha se não fugir à força.
Ele tenta lhe aplicar um chute simples, mas o rapaz além de desviar por baixo, ele pega no braço do Dan e aplica-lhe um golpe de judo, mas que não é o suficiente para lhe deixar inconsciente e ele dá um chute giratório que empurra o rapaz contra a parede. A luta continuou até que algo aconteceu. Tudo à volta deles simplesmente parou e o céu se tornou dourado.
-Mas o que raios está a acontecer!!!!!!?
Para cúmulo da estranheza uma criaturas sem forma definidas apareceram e todos os instintos de Dan, naquele momento gritaram PERIGO!!!!
Ele olhou para o rapaz ao lado que estava com uma cara de tédio como que a dizer "agora não, não vêm que estou no meio de algo importante?" E antes de perceber uma arma um tanto peculiar apareceu na mão do jovem. Apesar de não saber como sabia disso ele sabia que essa arma podia mudar, à medida que ele lutava contra a criatura, viu a arma transformar-se em uma espada, duas adagas, um arco e uma flecha, em luvas de boxe, um florete de esgrima, etc...
Ao perceber que algumas das criaturas estavam a vir contra ele, ele lutou contra algumas delas com golpes de Karaté mas cedo se apercebeu que só isso não valia de nada contra as criaturas, e então, chamem se quiserem numa espécie de instinto primitivo ele concentra-se nos seus punhos e começa a imaginar uma espada, ele observa absorto quanto de facto aparece uma arma bem afiada nas suas mãos e sem tempo de pensar em mais nada ele lança-se nas criaturas e com uma mistura entre artes marciais e manejo de espada consegue acabar com as restantes criaturas e a cidade volta ao normal.
Ele continuava parado, sem mexer um músculo, ainda a pensar no que raios acabara de acontecer quando houve o rapaz a dizer.
- Isto foi um máximo, o teu parceiro deve ser bem poderoso para teres esse poder todo.
- Hã, parceiro, mas do que é que raios está a falar acabamos de ser atacados por monstros,MONSTROS!!!!!!!
Ao invés de responder a exclamação de Dan o rapaz continua a falar com um sorriso de orelha a orelha.
-Ele é forte desse jeito e ainda nem tem um parceiro, agora quero-te mais ainda na nossa equipa, pena que eles não puderam vir hoje (vira-se para Dan) ouve-me bem, se o teu despertar foi hoje significa que encontrarás o teu parceiro em algum tempo, eu tenho umas coisas para fazer, mas venho-te buscar daqui a três dias, até lá aproveita o tempo com a tua família e além disso se aquela velha tiver razão vais trazer contigo mais alguém deveras especial, já agora, ainda não me apresentei o meu nome é Luc, tenho quase 16 anos e pelo uniforme estudo na mesma escola que tu, e tu como te chamas?
- Damien (responde ainda meio chocado)
- Bem, Damien, então até daqui a três dias, ou menos, podemos nos ver na escola.
E ele vai-se embora deixando ele sozinho ainda a tentar raciocinar o que acabara de acontecer, até que se lembra que ainda não foi às compras e corre até lá.
Talvez este encontro tenha sido uma das primeiras engrenagens a girar, mas naquele momento ainda ninguém o percebeu, excepto talvez uma entidade que despertara precisamente naquele momento, mas nem ele poderia saber do destino que acabara de começar.
YOU ARE READING
O começo de Caos (titulo temporário)
ParanormalDamien Whillem é um adolescente de 16 anos que ultimamente tem vindo a ter uns sonhos estranhos. Como se isso não bastasse, no seu primeiro dia de aulas conhece Alana Whit que de alguma forma o faz sentir-se nostálgico e para cúmulo aparece à frente...