Dizer que naquele momento Damien estava atolado nos seus pensamentos era eufemismo, enquanto fazia as compras não conseguia parar de pensar nos acontecimentos de à pouco.
Mas que raios acabou de acontecer, o que eram aquelas criaturas, quem era Luc, com quem ele estava a falar, essas eram das perguntas mais insistentes no momento na cabeça dele. Outro pensamento recorrente que lhe passava na cabeça era se deveria contar o que se passou a alguém,mas quem acreditaria nele, ia só ser mais um motivo para a sua mãe chamar com urgência um psicólogo, se não interná-lo nalguma instituição onde lhe fariam lavagem cerebral.
- Realmente, tenho que começar a ver menos séries.
Ele pagou as compras e fez o seu caminho para casa a passo rápido, uma vez que já estava atrasado, quando chegou a casa viu a porta da mesma entreaberta o que significava que provavelmente chegara um pouco depois das supostas visitas. Entrou e deu de caras com o pai a falar com um homem de estatura alta com cabelos louros e olhos verdes com um sorriso gentil.
- Bem vindo a casa pai, prazer em conhecê-lo senhor...
- Pois é, tu ainda não o conheces, Damien, este é o meu melhor amigo e sócio John Whit.
Whit, espera aí...
- Prazer em conhecê-lo, Damien, a minha esposa e a minha filha já devem estar a chegar, olha elas alí.
Quando olhou ele pensou algo como "realmente o dia de hoje está determinado em surpreender-me".
-Alana?
- Olá de novo, Dan, afinal não foi um até amanhã.
- Então já se conhecem?
- Sim, pai, lembraste da história que te contei daqueles jovens que estavam a me incomodar de manhã, foi o Dan que deu uma surra neles e salvou-me e depois disso descobrimos que estamos na mesma turma.
- É mesmo, então acho que como pai te devo um agradecimento por teres protegido a minha filha, obrigado.
Damien ia responder quando, do nada a sua mãe entrou na sala com cara de quem viu um fantasma e começou a falar num tom de repreensão:
- Que história é essa, porque é que não me contaste, podias ter-te magoado a sério sabias, não podias ao menos ter pedido ajuda a alguém, George, ajuda-me aqui.
- Mãe, foi antes das aulas começarem e eu não tive tempo de te contar porque fui fazer compras.
- Mas não podias ao menos ter ligado e aliás porque é que chegaste atrasado, o caminho da escola para as compras e das compras para casa não é assim tão longo.
- Fui parado por um vendedor, quanto a ligar de manhã realmente não me lembrei desculpa. Ah, e não tem de quê senhor Whit.
O jantar foi agradável. Tivemos pão de alho e alguns mariscos para as entradas seguida da famosa lasanha vegetariana da minha mãe e um bolo digno de uma festa de anos com cobertura de leite condensado. Enquanto jantávamos, eu e a Alana estivemos a ouvir a conversa dos nossos pais e depois retirámo-nos da mesa indo em direção à sala de estar.
- Realmente, até parece cena de filme,não achas ,Damien?
- Podes crer,eu até ria da coincidência...
- Não é coincidência.
- Hã?
- Tás a fazer cosplay de protagonista lerdo outra vez? É uma citação de um desenho animado que vi uma vez: " Não existem tais coisas como coincidências, o que existe é o inevitável".
- Essa é uma frase bem profunda.
- Pois é, essa frase faz-me sentir que existe algum sentido neste mundo.Continuaram a conversar quando Wiliam entra na sala.
- Olá, mano, Alana. (Sentou-se no sofá) O que acham de um jogo de xadrez? (diz ele com os olhos a brilhar)
- Claro, porque não (respondemos em uníssono)?
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O começo de Caos (titulo temporário)
ParanormalDamien Whillem é um adolescente de 16 anos que ultimamente tem vindo a ter uns sonhos estranhos. Como se isso não bastasse, no seu primeiro dia de aulas conhece Alana Whit que de alguma forma o faz sentir-se nostálgico e para cúmulo aparece à frente...