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M A T I L D E

- Mãe, o Rúben vem cá jantar, pode ser? - ouço a minha irmã, Madalena, dizer à minha mãe e automaticamente reviro os olhos quando escutei o nome do namorado da minha irmã. Não entendo o que é que ela vê nele, é apenas um rapaz que se arma em bom e que tem uma conta bancária bem recheada.

- Ultimamente, ele passa aqui mais tempo do que em casa dele. Já faz parte da mobília. - ironizo.

- Tá masé calada. Pode ser ou não mãe? - continua a Madalena.

- Pode filha, pode. - a minha mãe responde em tom de derrota por saber que não iria a lado nenhum se a sua resposta fosse não.

- Eu realmente não sei o que vês no Rúben. - resmungo com a morena.

- Matilde, por favor, não és obrigada a gostar dele mas peço-te para que sejas o mais simpática com ele. Ele é o meu namorado. - Madalena pede-me.

- Até parece que sou mal educada com ele. - refuto.

- Eu não disse isso. No entanto, eu percebo que sempre que ele abre a boca para falar, lá estás tu a fazer caras. - volto a revirar os olhos ao escutar a minha irmã.

- É mais forte que eu. Ainda por cima é lampião. - infelizmente, eu sou a única portista nesta casa. O meu avô materno é o único portista da família, talvez por ter nasciso na Invicta, e, de tanto ouvir os outros a, literalmente, obrigarem-me a ser da equipa das águias, escolhi ser da equipa dos dragões.

- Isso torna-o mais irresistível. - ela atira-se para o sofá, onde eu me encontro sentada.

- Ouve Madalena, eu não gosto dele. Aliás, eu não o suporto mas foi ele que roubou o teu coração por isso eu fico feliz por ti. - esclareço. - Até porque já és crescidinha para escolher por ti própria.

Madalena sorri e abraça-me. Tendo apenas um ano de diferença, eu e a minha irmã sempre nos demos maravilhosamente bem, claro com todas as nossas picardias. Considero-a como a minha melhor amiga. Mas ultimamente, andamos sempre às turras devido ao seu namorado.

A verdade é que a Madalena já teve vários namorados e todos eles, na minha opinião, não prestavam. Ela nunca teve olho para os rapazes e deixava-se levar por eles. E, posso ser um ano mais velha, apenas um ano, mas sinto-me no dever de a proteger. Não quero que ela sofra ou que tenha outro desgosto.

- Eu vou preparar-me, já venho. - Madalena levanta-se do sofá e vai em direção ao seu quarto.

Fiquei mais uns minutos sentada no sofá da sala na companhia da minha mãe, esta que tinha a sua atenção na televisão e eu no meu aparelho eletrónico.

- É melhor eu ir-me preparando. - comuniquei à minha progenitora e fui até ao meu quarto.

Entrei na casa de banho e despi-me. Deixei as roupas no chão entrando na banheira. Liguei a água e, assim que a água quente embateu contra o meu corpo, permiti-me relaxar.

Após um banho calmo, saí do mesmo. Vesti uma roupa simples. Já no quarto, fiz uma maquilhagem, também ela simples e mantive-me descalça porque como não iria sair de casa, não fazia sentido calçar-me.

Voltei para a sala e nela já estava o meu pai, que antes estava a trabalhar.

- Olá pai. - saudei o mais velho deixando um beijo na sua bochecha.

- Olá filha! Estás tão bonita. - elogia depois de me olhar atentamente.

- Que exagero, estou normal. - digo sentando-me no sofá.

MY SISTER'S BOYFRIEND ; rúben diasOnde histórias criam vida. Descubra agora