ϙᴜᴀᴛʀᴏ

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M A T I L D E

- Matilde, este não é o toque do teu telemóvel? - a minha mãe questiona-me.

- É sim. Posso ir desligar? - peço e o meu pai assente com a cabeça.

Levanto-me da cadeira e caminho até ao sofá, onde se encontra o meu dispositivo móvel.

Pego no aparelho e vejo que a chamada que recebi era do Rúben.

Os meus olhos quase que saltavam fora e o meu coração automaticamente parou.

Com as mãos trémulas desliguei a chamada e voltei para a sala de jantar.

Sentei-me na cadeira e continuei a comer a comida que tinha no prato.

- Quem era? - Madalena, com a sua curiosidade, pergunta.

- Não era ninguém de importante. - ela encolhe os ombros e continuamos a jantar.

Alguns minutos depois, o toque do meu telemóvel volta a soar pela sala e eu bufo por supor ser o moreno.

- Atende! Deve ser importante. - o meu pai, já com a sua expressão de irritado, pede.

- Não é preciso.

- Vai lá anteder antes que atenda eu. - como não queria de todo que o meu pai atendesse aquela chamada, levantei-me e fui buscar o telemóvel.

Vou para o meu quarto e, só lá é que eu retribuo a chamada ao futebolista.

- O que é que queres? - sei que fui bruta mas com ele, tem de ser assim. - Não fui explícita o suficiente quando te disse que não queria mais falar contigo?

- Calma Matilde, eu só quero conversar contigo.

- Lamento mas eu não quero falar contigo.

- Por favor Matilde, ouve-me. - ele implora.

- Já disse que não quero. Faz-me um favor e desaparece das nossas vidas.

- Não. - ele grita. - Eu prometo que me afasto de ti mas primeiro, tens de me ouvir.

Suspiro.

Conto até cinco mentalmente e depois falo.

- Diz. - cansada desta situação, acabo por ceder.

- Vem cá a casa para esclarecermos as coisas.

- Só podes estar a gozar com a minha cara. Eu não quero falar contigo, quanto mais ir a tua casa?

- Vem, por favor.

- Se disser que não vais continuar a insistir?

- Já sabes que sim. - revirei os olhos.

- Vou acabar de jantar e já vou ter contigo.

- Ótimo. - ele diz e eu desliguei a chamada.

Volto para a sala onde se decorre a refeição e volto a sentar-me na cadeira.

Nem acredito que aceitei ir ter com o Rúben. Não quero nada vê-lo mas, se esta conversa servir para ele perceber que não quero nada com ele, então sei que fiz a coisa certa.

Sinto-me a pior pessoa do mundo. Traí a minha irmã e nem lhe consigo dizer a verdade.

- Está tudo bem, Matilde? - a minha mãe pergunta.

- Sim, porque é que não haveria de estar? - tento esboçar um sorriso, no entanto, sei que falhei redondamente.

- Não sei, ficaste estranha assim de repente. É sobre aquela chamada que recebeste? - a mais velha continua.

MY SISTER'S BOYFRIEND ; rúben diasOnde histórias criam vida. Descubra agora