XI. Submissa ou Dominadora?

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Cena 1 - A submissa

"Na cama, nua, vendada e atada à cama, ela tem certeza que é observada. Pode senti-lo perto, guardando-a, mesmo sem ver. As cordas nos pulsos incomodam. Tanto quanto a nudez de estar ali tão exposta incomoda. Será que é ele realmente? Sem o tato e a visão, busca nos sentidos restantes uma identificação precisa. Impossível. Será mesmo o aroma dele? Existe uma só pessoa no quarto? Ainda assim, repleta de incertezas, ao perceber a aproximação, o quase toque daquelas mãos em seu corpo, a respiração próxima a excita. Os mamilos enrijecem, sente melar entre as pernas..."

Cena 2 - A Dominadora

"De pé ao seu lado ela observa. Amarrado à cama, ele, o escravo. Ela percebe a angústia crescente, debatendo-se na tentativa de não se entregar por completo. Completamente à mercê dos caprichos dela. Excitada ao observar os sinais de excitação do corpo dele exposto, arrepiando, buscando as raras informações disponíveis. Se não estivesse vendado poderia ver o sorriso nos lábios dela ao visualizar sua ereção iminente. Excitada com o que ainda está por vir..."

Os textos acima são uma fantasia erótica clássica. Adapte a cena para a versão masculina ou feminina que mais desejar e terá uma típica cena D/S - Domínio e submissão. Na verdade apenas uma das facetas do BDSM.

E para que as práticas descritas acima não se tornem uma sessão de tortura desmedida no pior estilo . É importante entender que a principal finalidade do BDSM não é a tortura sem sentido, mas sim o prazer de ambas as partes. Afinal, sadismo e masoquismo são duas faces da mesma moeda.

Para isso, outra sigla faz-se presente e necessária, o SSC. Que quer dizer:


São, de sadio, saudável.
Seguro, de cuidado e segurança.
Consensual, a base de qualquer relação.

É claro que para quem não curte o BDSM, a simples menção de alguém que tem prazer em ser controlado, humilhado ou sentir dor, foge por completo da sua noção de SSC. Acreditem, mesmo dentro do BDSM o SSC varia de pessoa para pessoa. Cada um tem o seu limite. E exatamente por cada um ter o seu limite existe, enfim, um dos pontos mais importantes a ser acordado previamente. A Safeword, palavra de segurança.

Fantasias sexuais são mais comuns do que podemos imaginar. Ter uma fantasia fetichista não faz alguém necessariamente um. Ser humano é ser curioso. O fetichista é o cara que tem uma fantasia, não necessariamente sexual, uma tara recorrente com determinada cena ou objeto. O simples fato de imaginar esta cena o excita profundamente, a ponto de elaborar incansavelmente diferentes variações da mesma. Nem todo fetichista é um submisso, mas quase sempre todo submisso é fetichista.

Os Verdadeiros Tons (BDSM)Onde histórias criam vida. Descubra agora