1. Para começo de conversa, aqui está o que BDSM realmente significa:
BDSM inclui bondage e disciplina (B e D), dominação e submissão (D e S), e sadismo e masoquismo (S e M). Os termos são agrupados dessa forma porque BDSM pode ser um monte de coisas diferentes para pessoas diferentes, com diferentes preferências, a escritora de BDSM e educadora Clarisse Thorn, autora de The S&M Feminist. Na maioria das vezes, os interesses de uma pessoa caem em uma ou duas dessas categorias, em vez de todas elas.
2. Isso nem sempre envolve sexo, mas pode.
A maioria das pessoas acha que o BDSM está sempre ligado ao sexo, e enquanto ele pode estar para algumas pessoas, outras traçam grandes diferenças entre os dois. "Ambos são experiências corporais que são muito intensas e sensuais, e causam muitos sentimentos fortíssimos em pessoas que os praticam, mas eles não são a mesma coisa", diz Thorn. A metáfora que ela usa para isso: uma massagem. Às vezes uma massagem, embora seja sensual, é apenas uma massagem. Para outros, uma massagem quase sempre leva ao sexo. Acontece quase o mesmo com o BDSM; é uma questão de preferência pessoal e sexual.
3. Não há nada inerentemente errado ou doentio com as pessoas que o praticam.
Este é um dos equívocos mais comuns e frustrantes sobre o BDSM, diz Thorn. O BDSM não é algo que emerge de abuso ou violência doméstica, e se engajar nessa prática não quer dizer que você gosta de abuso ou de abusar.
Em vez disso, desfrutar do BDSM é apenas uma faceta da sexualidade e estilo de vida de alguém. "São apenas pessoas comuns que por acaso se extravasam dessa forma", a especialista em sexo Gloria Brame, Ph.D., autora de Different Loving. "São os seus vizinhos e seus professores, e as pessoas ensacando suas compras. O maior mito é o de que você precisa deste conjunto especial de circunstâncias. São pessoas normais que têm uma necessidade de que isso seja sua dinâmica íntima".
4. Saiba que você pode sempre dizer não.
"Muitas pessoas começando acham que é 'tudo ou nada', especialmente se você tiver passado um tempo com apenas um parceiro", diz Thorn. Por exemplo, você pode pensar que, porque gostava de ser submisso em determinadas circunstâncias, você deve concordar com toda uma série de comportamentos submissos ou masoquistas que você não necessariamente gosta.
Mas isso está absolutamente errado. Você pode — e deve — escolher quais atividades BDSM você está, ou não, interessado, diz Thorn. E isso pode variar dependendo da situação, do parceiro ou mesmo do dia. Basta lembrar que o consentimento é uma exigência no BDSM, e é possível concordar com uma coisa enquanto ainda se opõe a outra.
5. Praticantes de BDSM são tão estáveis emocionalmente quanto as pessoas que preferem o sexo "papai e mamãe".
"Na minha experiência, é mais fácil para as pessoas entrarem no BDSM se elas não têm um histórico de abuso e se estiverem em um lugar mais estável em suas vidas", diz Thorn. Um estudo de 2008 no Journal of Sexual Medicine descobriu que havia uma grande possibilidade entre as pessoas que se engajaram ao BDSM no ano passado de não terem sido coagidas em uma atividade sexual e de serem menos infelizes ou ansiosas do que aquelas que não praticavam BDSM. E, na verdade, os homens que se envolveram em BDSM apresentaram menores resultados de aflição psicológica do que outros homens.
Dito isso, praticantes de BDSM não julgam as pessoas que não gostam, explica Thorn. O termo "papai e mamãe" não foi usado aqui de forma depreciativa, apenas refere-se a atos sexuais não BDSM ou pessoas que não estão interessadas em perversão.
6. 50 Tons de Cinza é considerado muito constrangedor na comunidade BDSM.
Se você alguma vez encontrar-se em uma reunião ou masmorra BDSM, não mencione qualquer tom de cinza. Enquanto algumas pessoas apreciam que os livros estimularam mais interesse nestas práticas e que podem ter tornado isso menos estigmatizado, outras criticam a relação doentia e abusiva que o livro retrata e as cenas surreais. Em suma, não é uma representação precisa da comunidade BDSM.
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Os Verdadeiros Tons (BDSM)
Ficción General"O bdsm é uma fonte de filosofia que precisa ser desmistificada para ser entendida" Um livro bem explicado que fala tudo o que 50 Tons de Cinza não contou.