Teddy Bear- Bucky Barnes

•5•

No dia seguinte, quando acordei, você me olhava. A quanto tempo me observava? Espero não o ter incomodado, ursinho.

Seus olhos estavam mais claros que o normal. Aquilo me hipnotizou, você conseguia ficar mais perfeito a cada dia que passava. Como, ursinho? Como você consegue manipular meus sentimentos de uma forma tão boa?

Levantei, pedi desculpas e me retirei do quarto. Você dizia que estava tudo bem, que todos tem medo de alguma coisa e sempre que eu precisasse poderia estar alí. Eu não gostava de mentir pra você, mas aquele era minha desculpa pra dormir com você praticamente todas as noites. Sentir seu cheiro e ter seus braços ao redor do meu corpo era a melhor parte do meu dia. Se alguém passasse no meu quarto durante as noites não chuvosas, poderia claramente escutar alguém se lastimando, e perceber centenas de palavras sujas saindo de sua boca. Eu queria estar com você. Mas eu cansei de mentir pra você. Você não merecia.

- Bucky?- Chamei seu nome enquanto você passava geleia em uma torrada

- Sim?... - Me olhou. Todos os músculos do meu corpo enrijideceram. Você me dava calafrios. Você tinha um poder inexplicável sobre mim.

- sabe... sabe quando eu durmo no seu quarto? - questionei, eu estava com medo. Não de você. Nunca tive medo de você.

- Aham- Você não parecia se importar muito - Por causa do seu medo de trovões e tudo mais.....

- Bucky, eu não tenho medo de trovões. - Um grande sorriso se forma em seus lábios. Talvez você já esperasse por isso.

- Eu sei.- Você morde um pedaço da torrada.

- Você... Você sabe?- Arregalo os olhos em uma expressão confusa.

- Já conheci muitas pessoas com medo de trovão, e claramente, definitivamente, obviamente... Você não é uma delas.- você chega perto de mim com um sorriso brincalhão- Não tem problema. Eu sei que você está completamente apaixonada por mim.

- Eu acho que você se acha muito.- Falo em um ar de convencida. Admito que também acho que você estava muito certo

- Ei, ei, ei! Calma!- Passou a mão por meus cabelos- Tá tudo bem. - Solta um suspiro- Porque eu acho que estou mais apaixonado ainda por você.- Meu coração parou. Eu poderia jurar que tudo à minha volta tinha desaparecido. Você me amava? Como? Porque? Você.... Me amava?

Em seguida você chegou bem perto do meu rosto. Eu poderia sentir meu coração pular para fora. Ele poderia sair pela minha boca. Isso me assustava, eu poderia mastigar meu coração em milhares de pedacinhos.

- Eu posso?- Apenas fiz que sim com a cabeça, e em seguida seus lábios encostam nos meus. Senti um choque percorrer todo meu corpo. Cada célula do meu ser estremeceu. Você era extremamente viciante.Talvez até mais que uma droga. Eu poderia passar cada segundo do resto da minha vida alí. Bem, pelo menos eu queria. Mas você precisava de oxigênio, e eu também.

- Bem, eu acho que eu te amo.- Você abriu um sorriso de ponta a ponta. Um sorriso que me passou confiança. Eu confiava em você. Eu realmente preciso de você.

-Eu também, ursinho. Eu também te amo.