Capítulo 05 - Meu Grande Amigo Junmyeon

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Não faço nada nos dias seguintes a não ser atender as ligações de Kyungsoo para que ele não pense que também deve se afastar de mim como Baekhyun fez. Eu ainda preciso dele e me sinto um tantinho seguro sabendo que ele está tentando manter o contato - ainda que frio - com Baekhyun a fim de me dar alguma esperança de voltar a ser quem eu era. As semanas seguintes ao flagra e à discussão sobre a verdade que Baekhyun tanto quer ouvir só deixam de me perturbar quando eu fico sabendo que ele e Sehun estão dando um tempo no relacionamento.

Baekhyun certamente nos odeia e está cortando os laços pouco a pouco, tentando escapar do bando de malucos com quem ele se envolveu. Ainda assim, eu não fico feliz.

Decido sair e tomar um café da manhã decente - mesmo já tendo passado do meio dia -, quando recebo uma ligação de Junmyeon. Penso em não atender, mas é mais forte do que eu.

- Como anda a nova reclusão no mato, meu amigo? - Ele está sempre com um tom de voz animado quando estou para baixo. - O que acha de vir ao teatro antes que a temporada aberta comece?

Digo que não estou com pique para nada, mas ele insiste e então me explica o porquê:

- Baekhyun está aqui - é tudo o que ele precisa dizer e já estou me levantando para chegar ao Le Kims o mais depressa possível.

Aproximo-me o suficiente para enxergar Jongdae em sua habitual poltrona e os corpos de Chanyeol e Baekhyun se chocando sobre a cama no palco. Eu os identifico com rapidez, através dos sons, mas quero ver com meus próprios olhos. Meu corpo segue pelo corredor sozinho, por puro impulso, louco para se juntar a eles. Não compreendo o que sinto, não sei se é raiva por me sentir traído ou tesão por causa dos gemidos de Baekhyun - dos quais eu sinto uma ardente falta. Não alcanço nem a décima fileira quando Junmyeon me pega pelo braço e me arrasta consigo em direção às escadarias laterais. Subimos até um dos camarotes e ele me empurra contra a poltrona, bloqueando a saída com o próprio corpo. Exijo uma explicação e ele me pede calma. Os sons do casal ecoam por todo o espaço.

- É a primeira vez dele - Junmyeon refere-se a Baekhyun. - Com as drogas, eu quero dizer...

- Quem o trouxe para cá? - Estou louco para saber e pronto para quebrar a cara do filho da puta.

- Chanyeol - ele responde e sinto o sangue subir. - Mas apenas porque ele acha que deve e pode tirar Baekhyun de Sehun definitivamente... tente se controlar, pois vocês dois têm o mesmo objetivo.

- Não preciso tirá-lo de Sehun - eu digo, indignado por ele ter essa percepção, mas Junmyeon ergue uma das sobrancelhas, descrente.

- Pense um pouco e você vai entender que sua resposta está completamente equivocada.

Tento me levantar novamente, mas me recordo do que fiz com Kyungsoo em meu último ataque de fúria, então deixo meu corpo cair novamente sobre a poltrona. Junmyeon respira aliviado e volta a confiar em mim, pois fica de pé ao meu lado, com as mãos no guarda-corpo do balcão. Nós dois olhamos para o palco enquanto a "peça" continua a acontecer.

- Como você está? - Ele inicia seu interrogatório de forma sutil e quero mandá-lo à merda, mas lhe dou uma chance, dizendo que não me sinto nada bem. - Baekhyun me contou sobre vocês... e sobre o que viu...

- Descontei em Kyungsoo - eu digo e ele compreende. Com certeza já tem conhecimento sobre isso também. - Eu me transformei no Sehun, entende? Eu sou o que eu mais odeio...

Junmyeon me olha com pena. Vejo Chanyeol dar dois tapas nas nádegas de Baekhyun e ele solta uma risada misturada a um gemido, fazendo meu punho se fechar. Os dois parecem estar se divertindo bastante sem imaginar que estou presente na plateia. Chanyeol agora mantém o tronco ereto, segura o quadril de Baekhyun com as mãos e penetra-o com ainda mais força, os dois gemendo feito loucos, a cama às vezes arranhando o chão do palco. Baekhyun afunda o rosto no travesseiro e deve estar faminto para também ser estimulado, mas Chanyeol não o conhece o suficiente para dar importância ao membro esquecido que bate e volta no abdômen de Baekhyun; apenas continua entrando e saindo daquele cú apertado, gozando de um prazer de certa forma egoísta.

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