Capítulo 3

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Hoje vamos ao ritmo de Pitty

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Hoje vamos ao ritmo de Pitty

Me Adora

Tantas decepções eu já vivi
Aquela foi de longe a mais cruel
Um silêncio profundo e declarei
Só não desonre o meu nome
Você que nem me ouve até o fim
Injustamente julga por prazer
Cuidado quando for falar de mim
E não desonre o meu nome
Será que eu já posso enlouquecer
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber

Tantas decepções eu já viviAquela foi de longe a mais cruelUm silêncio profundo e declareiSó não desonre o meu nomeVocê que nem me ouve até o fimInjustamente julga por prazerCuidado quando for falar de mimE não desonre o meu nomeSerá que eu já pos...

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Estava no estoque organizando algumas peças que havia chegado quando o gerente entrou, carregando um envelope e uma caneta.

— Clara?

Bati com a cabeça na prateleira ao tentar me erguer com pressa.

— Suas horas extras e o vale antecipado que solicitou — avisou o Sr. Arthur, entregando o envelope — Assine o recibo para a contabilidade.

Assinei como me pediu e devolvi a ele, sentindo-me animada que finalmente poderia comprar o uniforme novo de Suzana, um dos remédios da minha mãe que acabaria na próxima semana, e que poderia pagar a outra parcela do IPTU do ano passado que havíamos parcelado. E se minhas contas não estivessem erradas, sobraria cinquenta reais, que eu poderia usar sem nenhum remorso para comprar alguns livros na ferinha dentro shopping perto de casa.

Eu amava ler, principalmente os romances, mas devido a faculdade ocupar muito do meu tempo, e a situação financeira estar complicada, comprar livros com mais frequência era bem difícil. E essas feirinhas e sebos que vendiam livros a dez reais, ajudavam muito.

Segui com envelope até minha bolsa dentro do armário e após separar o valor de cada conta, voltei a trancá-lo. Retornei para minha tarefa toda feliz. A gente precisa de tão pouco para isso. Pagar as contas em dia, se alimentar bem, ter bons momentos com a família, sonhar e lutar por esses sonhos.

Trabalhar na Hudda às vezes podia ser bem cansativo. Era andar de um lado para o outro, subir e descer escadas com caixas, limpar e organizar vitrines, enquanto atendia clientes, nem sempre muito simpáticos, com um belo sorriso no rosto. Mas hoje nada poderia estragar a minha felicidade, nem os clientes estressados que atendi ou esse professor ranzinza de Economia, que estava exigindo um trabalho bastante complicado para ser entregue em um prazo curto. Acho que ele, como dizia Juninho, só sentia prazer de ferrar com seus alunos.

Seu erro - Livro I - Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora