Capítulo IV Parte II

127 20 4
                                    


 – Percebo raiva no tom de voz dele ao responder, o que me faz estranhar já que ambos trabalham juntos e pareciam ter uma boa relação profissional.

Um SUV branco para no meio fio e o manobrista entrega as chaves a Scott, seguido de um Maserati Granturismo Sport negro, ao qual deduzo ser o de Josh, porque as chaves lhes são entregues pelo manobrista que acabara de sair dele. Scott segue para o seu carro e sou conduzida em direção ao carro estacionado atrás do de Scott, sendo guiada por uma mão na base da minha coluna o que me deixa instantaneamente, tensa e quente tudo ao mesmo tempo. Ele me conduz até a porta do passageiro que foi aberta pelo manobrista, entro no carro me acomodando no banco do passageiro e assim que a porta ao meu lado é batida, aspiro o perfume dele impregnado em todo o ambiente, esse cheiro quase me faz gemer em deleite, mas me controlo imediatamente assim que escuto a porta do motorista sendo aberta. Volto minha atenção em colocar o sinto de segurança e depois aperto a bolsa em meu colo só para ver se consigo aliviar um pouco a tensão em meu corpo. E nesta hora um pensamento me ocorre. Será que ele lembra da noite que tivemos a quatro anos atrás no seu quarto da fraternidade? Ou será que ele sabe que eu era a filha da cozinheira da sua casa? Não sei o que pensar, pois ele não demonstrou nenhum reconhecimento assim que fomos apresentados no restaurante.

Josh manobra e entra no tráfego, ele dirige concentrado no trânsito sem sequer pronunciar uma única palavra em minha direção, o que me faz agradecer, porque, sinceramente ainda estou tentando assimilar tudo o que aconteceu nas últimas duas horas e meus pensamentos estão em polvorosos e embaralhados me deixando doida e sem acreditar na peça que vida e o destino me pregaram. Me concentro em admirar as belas flores do jardins do Public Gardens e as pessoas que caminham por entre o belo jardim a essa hora do dia, enquanto meu cérebro dá um nó de tanto pensar.

Volto a realidade assim que o veículo para e eu percebo que estamos no estacionamento de um edifício, não sei qual, nem quanto tempo passamos dentro do carro cada um perdido em seus pensamentos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Volto a realidade assim que o veículo para e eu percebo que estamos no estacionamento de um edifício, não sei qual, nem quanto tempo passamos dentro do carro cada um perdido em seus pensamentos.

Ele desce, contorna o carro e abre a porta para mim, eu tiro o cinto e saio ainda em total silêncio, porque não sei o que falar, parece que perdi o dom da fala.

- Por aqui por favor. -Sou guiada mais uma vez por sua mão na base da minha coluna e rumamos em direção ao elevador que se encontra aberto. Entramos e o silêncio perdura no ambiente fechado, porém sinto uma vibração forte percorrendo todo meu corpo, além de ter a noção de estar sendo observada. Sei que ele está me olhando, porque vejo seu olhar em mim através da porta metálica do elevador e eu não consigo não o olhá-lo também, são muitos anos longe dele, sem poder sequer vê-lo de longe como eu fazia quando era apenas uma caloura e ele o veterano desejado por todas as meninas da faculdade.

O elevador se abre e descemos ao que tudo indica, no andar no qual fica seu escritório, porque assim que nos ver uma moça loira se levanta já abrindo a boca para falar alguma coisa e é imediatamente interrompida por Josh.

Amar Até o Limite (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora