A primeira semana passou a voar. Consegui conhecer melhor Nova Iorque, a cidade que nunca dorme. A minha mãe fez o que pode para me fazer sentir bem e o meu padrasto tentou ser simpático comigo, porém as suas tentativas não resultaram totalmente. O meu irmão foi como de costume, sempre com piadinhas.
Conhecemos os nossos novos vizinhos. São uma família assim como nós, um casal e três filhos: Lauren, a filha mais velha, a filha mais nova Kate, e o filho do meio, um rapaz chamado Ken. Todos são simpáticos e vivem à nossa esquerda numa casa mais pequena que a nossa.
À nossa direita vive uma senhora idosa sozinha e não parece muito simpática, é rabugenta, penso que deve ser por conta da idade.
Hoje de manhã é o meu primeiro dia na faculdade e eu não estou muito nervosa, para falar a verdade. Quem quiser ser meu amigo ótimo, quem não quiser que saia da minha frente.
Estou a usar umas calças de ganga, uma camisola azul de mangas compridas e calço uns ténis all star. O meu cabelo loiro está preso num rabo de cavalo e coloquei a minha pulseira prefirida no pulso e uns brincos nas orelhas. Acho que o meu aspeto está adequado. Coloco os livros de estudo na mochila e coloco-a ao ombro.
Apanho o autocarro (ônibus) alguns minutos depois e encosto a cabeça à janela. Árvores, pessoas e casas vão passando pelo meu campo de visão, como se a vida fosse um filme.
A faculdade é grande e há vários prédios, cada um para um diferente curso. Na entrada há um portão com o nome do recinto e o local está apilhado de universitários. Passo os olhos por todos e tento encontrar o local pertencente ao estudo de medicina.
Após uns segundos encontro o prédio para o curso e entro no seu interior. Há imensos alunos a andar de um lado para o outro às pressas. De um lado encontram-se as salas de aula e do outro os cacifos. Olho para o meu horário, e percebo que a primeira aula é: bioquímica. Nunca fui muito fã dessa matéria. Mil vezes biologia.Dirijo-me a um cacifo e guardo a minha mochila, carregando comigo apenas os livros de que preciso.
Quando chego ao corredor que dá para a minha sala vejo-me em meio a um monte de rapazes encostados à parede e tropeço nos meus próprios pés. Caio ao chão, mas levanto-me imediatamente de seguida. Encosto-me à parede e mexo no cabelo fingindo estar distraída. No secundário alguns rapazes faziam troça de mim e agora parece que fico com um pouco de nervosismo ao estar à beira de pessoas do sexo masculino. Era sempre o Noah que me defendia deles. Ao lembrar-me dele percebo que devido ao furacão que tem sido a minha vida não tenho tido nem tempo para pensar nele.
— É difícil andar sem cair? — uma rapariga morena diz com ar de troça e ri juntamente com um grupo de amigos. Quatro rapazes e duas raparigas.
Outra rapariga morena e uma ruiva. As três são extremamente altas e magras.Todos os rapazes têm cabelo castanho escuro. Um tem olhos castanhos e os outros dois olhos azuis. Um deles tem os olhos da cor do céu, e o outro olhos azuis escuros, que mais se assemelham ao mar em fúria.
— Não a chateies, Luize— o rapaz dos olhos azuis escuros diz. Não consigo distinguir se o diz com ironia ou seriedade. Olho atentamente para ele. É muito alto, penso que deve ter por volta de 1,85 m. Veste uma blusa preta de manga curta que deixa à mostra seis tatuagens, três em cada braço. É fácil notar que é musculado.
Suspiro irritada e pergunto com raiva:
— O que é que querem? Podem me deixar em paz? É o meu primeiro dia aqui.
— Tinha que ser inglesa, e novata... — diz o rapaz de olhos azuis mar, que aparentemente notou o meu sotaque. Ele olha para mim com um ar estranhamente interessado, e eu fico confusa. Ele....interessado numa rapariga como eu? O meu cérebro deve estar a ter ideias erradas. Percebeu que ele é mais bonito que todos os rapazes que já vi e fritou.
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The new life of Karoline
RomanceApós a morte do seu pai, a vida da jovem Karoline Keeps, uma inglesa de 18 anos, virou de cabeça para baixo. A sua mãe casou-se pela segunda vez, desta vez com um americano, e mudam todos para os Estados Unidos. Nos EUA, Karoline entra na faculda...