Capítulo 15

61 7 2
                                    

No momento em que ela diz aquilo eu fico paralisada. Ela parece muito problemática e definitivamente é a Elizabeth.

Faço a última coisa que sei que não deveria fazer: fecho-lhe a porta na cara.

Corro em direção à sala e digo rapidamente:

— Ela está aqui. — a minha mãe olha confusa para mim e arqueia as sobrancelhas ao perguntar:

— Ela quem?

— A Elizabeth. E olha, ela parece bem problemática. Ela inspira "perigo. Não cheguem perto de mim se não querem sofrer consequências". — eu explico-lhe e o meu padrasto levanta-se com um salto.

— Os meus pais disseram que ela era muito mal educada. — ele afirma, e em seguida acrescenta. — deve estar revoltada por não ter um pai presente na sua vida.

— Claramente. A culpa é tua. — o meu irmão resmunga.

O Patrick aproxima-se da porta e abre-a apenas o suficiente para ver se a sua filha ainda está lá fora.

Ele volta a fechá-la rapidamente e aproxima-se de nós novamente.

— Ela ainda está lá fora e está sentada em cima do carro. Está a chover muito, e ela decerto já está encharcada. — ele fala e pergunta. — não será melhor trazê-la para dentro de casa?

— O quê? — a minha mãe grita e pela primeira vez eu discordo com ela:

— Não é que eu goste do Patrick ou da sua filha, mas ela só veio tentar conhecer o pai. Ela tem esse direito. Porque não deixá-la entrar durante alguns minutos? — todos olham para mim com surpresa.

Após pensar durante alguns segundos, a minha mãe acaba por concordar:

— Ok, vinte minutos e nada mais.

De repente pergunto-me que horas são, e por isso olho para o relógio pendurado na parede. Meu deus. São oito horas e ainda ninguém começou a cozinhar o jantar. 

— Pessoal. — eu chamo e todos olham para mim. — são oito horas e ainda ninguém começou a cozinhar sequer. 

— Pois é. — o John afirma com ironia e praticamente grita. — então vamos comer fora.

— Boa ideia John. — a minha mãe elogia e eu penso, porque razão não pensei naquilo?

— Podemos ir comer à Pizzahut? — eu peço e todos concordam.

— Mas o que vamos fazer com a Elizabeth? — o Patrick pergunta e a minha mãe responde:

— Infelizmente vamos ter que levá-la connosco.

Após alguns minutos saímos todos de casa, e a Elizabeth examina cada um de nós.

— Olha só. — ela goza (zoa). — o pai que me abandonou. — ela aponta para o meu padrasto e em seguida diz. — a nova filha nerd dele. — ela aponta para mim e eu digo:

— Eu não sou nerd. — ela dá uma gargalhada e abana a cabeça em negação. Continua a falar:

— A nova esposa dele e obviamente a mulher por quem ele trocou a minha mãe. — ela aponta para a minha mãe e em seguida diz, apontando para o meu irmão. — e claramente o puto (menino) que está a começar a ter a puberdade e está a iniciar a sua fase rebelde.

— Ei, só me nasceu uma borbulha. — o meu irmão reclama.

Todos olham horrorizados para a Elizabeth e eu pergunto-lhe:

— O que tens contra nós?

Ela dá uma gargalhada e responde:

— Correção, contra o meu pai. Esquecem-se que ele abandonou as suas responsabilidades de pai e deixou a minha mãe sozinha durante a gravidez? — e nesse momento eu decido pensar do lado dela.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Mar 01, 2020 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

The new life of KarolineOnde histórias criam vida. Descubra agora