Prólogo

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JADE

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JADE

Quase dois meses após o livro 1

Eu respiro fundo, sentindo-me muito mal.

Já vomitei três vezes antes de entrar nessa sala.

Mas é necessário. É muito necessário.

Tento colocar isso em minha cabeça, um mantra para que eu entenda que não é porque eu quero, é porque preciso.

Tento esquecer todas as ofensas da minha mãe, esquecer tudo o que ela falou sobre eu ser uma imunda, uma pecadora sem qualquer salvação... Que eu mereci ser abandonada grávida, porque isso que vadias recebem. Vadias são abandonadas por homens, porque eles querem uma mulher pura, não... Não eu que sou uma vadia por ter fugido de casa e engravidado aos dezoito anos.

Balanço a cabeça freneticamente, como isso fosse apagar as palavras da minha mãe em minha mente.

Estou sem dinheiro, fui demitida porque estava muito aérea, isso porque estava preocupada com as contas e os meus patrões começaram a dizer que minha distração estava atrapalhando. Fui demitida sem segunda chance. Meu emprego de garçonete não rende nada. Tentei achar outras vagas e nada também. Meu curso de informática foi cancelado porque parei de ir, a minha bolsa foi suspensa porque tinha mais falta que presença.

Continuei procurando emprego, mas minha mãe adoeceu, assim como meu filho. Ambos pegaram dengue e minha mãe ainda teve uma grave infecção urinária. Ela estava deitada no chão do hospital quase morrendo, o que fiz por desespero de ver minha mãe sofrendo? Ah, é, peguei o dinheiro que meu patrão me pagou e ainda fui pedir o restante, já que ele dividiu em algumas parcelas, ele não ficou muito contente, mas entendeu que eu estava necessitando. Usei todo aquele dinheiro para minha mãe. Paguei uma arte do hospital — e ainda estu devendo, já que ela ficou internada durante dias. Os remédios de Igor, meu filhinho, eu paguei com o dinheiro que guardava das gorjetas.

E agora estou desesperada porque o aluguel da casa já venceu. Minha mãe ganha pouco trabalhando na padaria do bairro, e por ter muitas dores na coluna, não tem outro trabalho. Na divisão das contas, ela paga as contas e eu o aluguel, minhas despesas e as do meu filho.

Também usei o dinheiro dela para pagar as contas de água, luz, gás e o aluguel do mês passado. O telefone e a internet u até cancelei, mas precisei do dinheiro para pagar as contas do mês passado, só aí poderia cancelar.

Muitas vezes eu me pergunto por que eu não saio de casa com o Igor. Porque mesmo me endividando para ajudar a minha mãe, ela, simplesmente, se recusou a pedir ajuda a Mariana. Ela sabe que Mari está com algum envolvimento com o distrito e de Monique e Lizandra terem sido prostitutas. Eu não posso pegar qualquer dinheiro emprestado, nem inventar que peguei, e sim, eu já peguei dinheiro escondido com Mari e minha mãe me fez passar a vergonha de ir ao meu trabalho na lanchonete e perguntar se eu recebi aquela quantia lá. Eu fiquei com tanta vergonha que, simplesmente, contei a verdade. Ela me fez devolver o dinheiro.

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