Capítulo 2

6.3K 858 159
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.



JADE

Sinto minha cabeça doendo e rodando, como se eu tivesse girando e meu corpo continuasse parado.

Sento na cama, respiro fundo inúmeras vezes.

Eu já deveria ter deixado aquela situação de lado, mas não, só sei me lamentar e querer chorar ainda mais.

Mulheres tiram a roupa na frente dos homens, algumas sentem vergonha, ms ainda fazem; outras amam, sentem-se sensuais e poderosas.

O meu caso foi o contrário disso. Tive que excluir todo o histórico de pesquisa do meu celular, porque mesmo com senha, dona Safira pode dar seu jeito de me vigiar. Mas eu havia pesquisado técnicas de sedução.

Sinto meu rosto queimando por isso.

Eu pesquisei técnicas de seduzir homem!

A que ponto cheguei?

Assisti vídeos com tutoriais de strip-tease... Tirei a roupa na frente do espelho, sensualizei e até tentei deixar a situação toda mais natural possível. Tentei idealizar um homem a minha frente, algum famoso, sei lá, mas nem isso consegui. Eu não tenho imaginação, quer dizer, até tenho, mas as falas da minha mãe sempre estão na minha cabeça, gritando e me recriminando.

E ainda teve o tal Júlio. Seu semblante de tédio, sua falta de animação com minha dança.

Minha mãe está errada. Posso ter o ''corpão'', mas não sou objeto sexual de ninguém, o cara nem me aceitou lá.

Se bem que ele pediu para voltar quando eu estivesse melhor...

Não, se fui recusada na primeira, não preciso voltar, aquilo foi um sinal que não devo continuar nessa loucura de virar uma stripper.

O plano era apenas tirar a roupa, nem me tocar eu iria, quer dizer, fazer uma... Uma...

Ruborizo ainda mais, só de imaginar.

Eu não iria ficar tocando meu corpo na frente das pessoas, é isso!

Conviveria com o sexo ao meu lado, mas não o faria.

Olho-me no espelho, sem a maquiagem, deixando toda a minha cara de sofredora a mostra.

Eu só queria uma saída para essa vida de merda.

(...)

Eu fiz um pirão para Igor, mas ele nem quer comer, duas semanas almoçando o mesmo pirão com um pedacinho de carne e dois pedaços de verdura, as mais baratas da feira.

— Igor, come! — falo, mas tento não perder a paciência.

— Mas eu não quero. — ele reclama. — Não quero mais.

(COMPLETO NA AMAZON) A acompanhante do mafioso - Família Garcia (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora