Cinco

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Luísa


Jamais aceitaria que Melinda tratasse a Dulce mal, ela precisava aprender a lidar com as pessoas. Eu já estava bem aborrecida com o problema do hotel e fiquei pior com aquele comportamento desnecessário dela. Não adiantava colocar a culpa no sono.

Resolvi voltar para o escritório e trabalhar lá mesmo. Terminei com a ajuda do Carlo e avisei à Mercedes que estava no escritório, pois tinha avisado que só iria lá na segunda de manhã, e ela chegou para conversarmos sobre uma parceria.

Quando chegou uma mensagem de Dulce falando sobre o pedido de desculpa da Mel, eu agilizei com a Mercedes, queria correr para casa. Mas me surpreendi quando vi Melinda me esperando. Meu coração saltou. Ainda ouvi algumas coisas sobre o projeto de Mercedes e ela se despediu.

A ceninha de ciúme da Melinda me fez rir. Eu sei que a maioria das pessoas que estão iniciando relacionamento acham fofas essas crises, mas tentei fazer com que visse que não tinha nada demais, pois a última coisa que queria era uma mulher que atrapalhasse a minha vida por causa de insegurança e amor próprio exagerado.

Entramos em casa e a puxei para um beijo de verdade. Já começou a tirar meu sobretudo. Empurrei-a com o corpo para o quarto já a despindo também.

Sentei-me na cama e a recebi no meu colo usando apenas lingerie.

Suguei sua língua enquanto apertava suas nádegas com as duas mãos. Desci os beijos pelo pescoço e colo. Subi as mãos das nádegas ao fecho do sutiã dela, que cravava as unhas nas minhas costas e nuca. Me livrei do sutiã e abocanhei os seios alternando as sugadas, lambidas e mordidas arrancando gemidos dela, que me puxou com força pelo cabelo e me beijou com pressa.

Empurrou meu corpo com o dela e deitei acariciando suas costas com força enquanto sugava sua língua. Sem parar o beijo, ela se livrou do meu sutiã. Gemi na boca dela ao sentir sua carícia um tanto agressiva.

Cada dia que passava eu estava descobrindo uma forma diferente de sentir e proporcionar prazer. Estávamos mesmo começando do zero. Eu só conseguia me sentir completamente realizada com ela.

A forma como se encaixava em mim, como se moldava novamente para ficar comigo, mesmo indo contra seus princípios, me encantava, me deixava cada dia mais apaixonada.

Senti-la estremecer nos meus braços depois de um orgasmo intenso era a melhor sensação, o melhor som, mas estremecer junto com ela, na mesma sintonia era arrebatador, indescritível.

— Te amo! — disse ofegando.

Eu só sabia sorrir, extasiada, tentando recuperar o fôlego. Apertei-a em mim e sussurrei:

— Também te amo, cada dia mais!

No dia seguinte embarcamos às dez da noite. Dulce iria para Madri.

Chegamos ao hotel na capital francesa às três da manhã. Eu tinha reunião às duas da tarde.

Eu acompanhava os vídeos, fotos e stories que ela postava e notei que parou de marcar a localização. Terminei a reunião do dia. Fiz reserva em um restaurante e voltei para o hotel. Levaria minha namorada para jantar fora.

— O que aconteceu que você parou de marcar a localização das suas postagens, amor? — perguntei preocupada.

— Ontem quando saímos do hotel, eu vi um carro nos seguindo e fiquei com medo. Agora tenho você, não posso provocar aquele maldito e achar que estou segura.

— Carro nos seguindo? Por que não me disse nada? — perguntei pegando o telefone e ligando para Luís Fernando, chefe de segurança do Rei Plaza, em Las Palmas.

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