The letter. (A carta).

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GENTE ESSE CAPITULO EU FIZ COM CARINHO, ESPERO QUE GOSTEM ;DD 

COLOQUEI UM POUCO DE COMEDIA NO FINAL POIS ODEIO FINS TRAGICOS BJU 

Abri com cuidado o papel que continha a letra dela, a caligrafia era maravilhosa e tinha uma marca de beijo feito com batom no canto direito, sorri com isso, limpei meu rosto e comecei a ler.

Carta on

05 – 03 – 2014 – século 21

Eu estava me arrumando com calma, joguei tudo em minha bolsa e dei falta do meu lindo e maravilhoso celular.

- Puta que pariu! – Lembrei de que estava em uma festa ontem e provavelmente o perdi por lá. Peguei meus allstars e sai rapidamente para pegar meu ônibus, que por acaso tem motor, rodas buzina, etc, mas o perdi, eu tinha esse costume, fui a pé até o centro da cidade de Nova York, entrei na loja que eu mais amava, a da Apple comprei finalmente meu celular novo que precisava, eu compraria no mês que vem mas já que roubaram o meu velho, resolvi comprar um novo hoje, voltei para casa, li mais um pouco do meu livro pelo tablet e o deixei em algum lugar, dormi pois no dia seguinte, teria de ir a escola.

06/03/2014 -

Mais um dia glorioso em Nova York, eu ri comigo mesma, com tanta ironia. Me troquei rapidamente colocando meu Iphone na bolsa, junto com um absorvente reserva, procurei meu Tablet para ler nele durante o tempo em que eu ficaria no  ônibus, mas não o achei, merda, eu não vivo sem tecnologia, essa é uma triste verdade, acho que não aguentaria um dia sem usar o facebook ou twitter ou ouvir música. Tive que partir para o  impensável, fui até o quarto de meu pai, onde eu não entrava muito, depois da sua morte, não consegui me desfazer de suas coisas, passei pela sua biblioteca particular procurando pelo livro, eu sabia que estava por ali, avistei a capa vermelha no final da prateleira, era ele. Sorri e fui até lá e o segurei, soprei o pó que tinha e o coloquei na bolsa, sai correndo do quarto, o tranquei e coloquei meu copo de café no micro-ondas enquanto calçava meu salto, peguei meu allstar vermelho e coloquei na minha bolsa também, porque? Eu não sei, eu só gostava de andar com eles. Escutei o barulho do ônibus e corri para fora de casa, o motorista me conhecia, e não ia me esperar, eu sempre me atrasava, tranquei a porta e corri tentando alcançar o ônibus maldito, estava quase lá, até meu salto quebrar e eu ir de cara no chão, a propósito, esqueci de comentar que estava chovendo. Mas que maravilha! O salto que eu mais adorava, nem era alto, quebrou, fiquei toda molhada de chuva e lama, e só para melhorar, Cher e suas amigas/escravas estavam passando por ali de carro, o vidro da BMW abriu e eu ouvi o barulho de seu celular, o barulho que faz quando é tirada uma foto, vadia! Ela saiu rindo com as amigas, fazendo mais lama cair em mim. Se eu ia chorar? Não, claro que não, eu iria pra escola enfrentá-las e dar um beijo no meu namorado, fazer amigos e continuar vivendo minha vida, eu estava no ultimo ano, já morava sozinha, minha mãe me deixou com meu pai quando eu tinha 8 anos, meu pai morreu em um acidente de carro a um ano atrás, tentaram me levar para um orfanato, mas fiz um trato com minha tia, que me odeia, e ela pegou minha guarda, mas apenas como formalidade pois logo em seguida foi embora e então passei a viver sozinha. Nunca dei ouvidos ao que as piranhas da minha escola me diziam, eu não queria saber delas, enquanto eu tivesse o amor da minha vida comigo, nada me derrubaria. Comecei a caminhar descalça até lembrar que tinha meu allstar vermelho na bolsa, era o único presente que eu tinha do meu pai, o vesti, sem meias mesmo, afinal ninguém ia cheirar meu pé pra ver se eu estava com chulé, sorri em pensar como o destino pode ser engraçado, nem imaginava o que ia acontecer quando trouxe o allstar comigo, era só um ritual de começo das aulas, eu sempre levava no primeiro dia. Como a chuva começou a cessar eu peguei meu livro e continuei a ler, eu me sentia bem ao ler aqueles livros em que a história se passava séculos atrás, era tão bonito o romance inocente da mocinha e o mocinho, sem sexo, mas amor, sem “gostosa”, mas “linda”, sem malicia, mas inocência. Era isso que eu amava naquele livro.

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