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Rissy Blaktown

--Não acredito que realmente tenha feito isso- Estava contando a Samuel algumas das minhas histórias, bom as que eu podia contar sem que ele virasse cumplice de um crime.

--Qual é, a mulher era uma vaca sedenta por estragar a vida de todo mundo daquela escola Samuel, um pouquinho de tinta azul lhe caiu muito bem- Samuel ri uma ultima vez e se levanta olhando seu reflexo em um dos espelhos de meu quarto no hotel.

—Porque duvido que nem sempre fez as coisas pelas pessoas merecerem?- ele se virou e ficou encostado na bancada me olhando arrumar meu cabelo no outro espelho.

— Se pretende ser meu amigo, deve saber que as vezes o meu motivo não vai fazer sentido na sua cabeça - me levanto e pego a minha blusa do coringa, roubada adivinhe? Da Jess, acho que ela nem sabe que eu roubei ela.- Samuel eu adoraria saber como um garoto como você espera se acostumar a uma garota como eu.

— Você é uma pessoa como as outras Rissy, e pode me chamar de Sammy por favor? Samuel parece que vai brigar comigo - dou uma risada ironica e pego minha bolsa.

--Okay Sammy, vou te mostrar como se curte uma noite de verdade - ele me encara deixando todo o seu medo transparecer e eu sou obrigada a rir- sei me divertir sem correr riscos de ir para a cadeia ou parar no hospital por coma alcoólico.

Depois de muita persuasão e algumas chantagens convenci Sammy a ir para a cidade vizinha onde tem uma galeria meio desconhecida, a viagem foi bem rapida e o caminho animado por meio de musicas e perguntas aleatorias.

--Como conhece esse lugar? É tipo um dom?- ele brinca e eu começo a puxa-lo para dentro, o bar principal tinha escadas laterais que levavam qualquer um ao submundo da moda, blusas de diversos modos e roupas que somente um lunatico compraria, mas que usada da forma certa ficaria maravilhosa.

— Minha melhor amiga, Jess, ama galerias como essa então você aprende a encontra-las seja la onde estiver entao sim, é tipo um dom sobrenatural- o bar era quase que completamente preto, com algumas paredes decoradas de formas alternativas, tudo gritava "foda-se" ou ofendia alguma das leis do nosso sistema.

--Ja percebi que seus passeios são diferentes do que eu estou acostumado- ele da uma volta analisando melhor o lugar.

--Qual é achou que eu ia te levar a uma boate? Eu to tentando bolar um assassinato o lugar tem que ser sombrio e monótono - ele deixa escapar uma risada de nervoso e logo percebe que eu estava brincando.

--Vai ser engraçado ver os garotos se acostumarem com você, o J tava todo animado para te conhecer, ele acha que você é tipo uma assombração- ele se senta em um dos bancos do balcão e eu me encosto na parede ao lado dele- quando ficamos sabendo que o Riot ia vir fazer uma parceria todos se animaram e começaram a pesquisar sobre vocês, arrisco dizer que somos os fãs número um de tanta pesquisa que fizemos, os garotos estavam quase que pirando querendo saber tudo que as convidadas gostavam, mas sobre você não, ninguém sabe nada de você, umas duas ou três informações no máximo, que para falar a verdade são a mesma coisa que nada.

--Droga! Ainda não apaguei essas informações?- me apoio totalmente na parede e viro minha cabeça encarando ele- não é muito minha praia esse negócio de rede social, eu gosto do cara a cara, conversar, brigar, seja la o que for eu prefiro ao vivo, é fácil ser uma pessoa na internet e outra na vida real- suspiro e me perco um pouco nos pensamentos começando a falar- todos os fãs que eu conheço são sensacionais, eles... eles passam a impressão de curiosidade e me fazem perguntas e mais perguntas, sobre o que eu ja fiz, o que que pretendo fazer, se eu namoro ou se eu sou uma psicopata planejando dominar o mundo e isso me anima. É tipo quando sua mãe diz que tem uma surpresa em casa, você fica pensando em possibilidades ate chegar em casa quando ou você se surpreende ou se decepciona, é isso que meus fãs mostram quando me conhecem, eles estao esperando me conhecer para saber se vao se decepcionar ou...- ele me interrompe terminando o pensamento

--Ou tendo ainda uma certeza maior de que você existe e se surpreender - ele se inclina no balcão pegando uma bebida e me oferece, eu apenas nego, não era hora de ficar bebada- Ta mudando de assunto, alguem já conseguiu ganhar esse coração de pedra?- uma risada de alívio e frustração escapou pela minha boca.

--Não, sempre fui a garota fria e sem sentimentos - Sammy faz uma cara de convencido com a resposta.

--Faz sentido, você não tem cara da garota que fica com varios, tem cara da garota que sabe muito bem o que ta fazendo, e vai saber antes de todos o final de um desastre, tenho a impressão de que você é a amiga que chega e fala "É dou duas semanas para ele te trair com a sua prima"- ele tenta "imitar" minha voz- e ai duas semanas depois sua amiga conta que ele traiu ela com a prima.

--Quase isso- me arrumei na parede ficando mais confortável enquanto encarava Sammy, ele tinha mais perguntas, muitas perguntas, mas antes de fazer qualquer coisa ele pegou seu celular e tirou uma foto minha- não, apaga isso Samuel- tentei me aproximar para pegar seu celular mas ele levantou e começou a correr na direção das escadas.

--Nunca, essa foto acaba de ir para o meu instagram - quando meu celular treme indicando que ele havia me marcado eu suspiro pesado e olho para ele como se quisesse mata-lo, mas eu realmente quero mata-lo- cara feia para mim é fome Rissy.

Revirei os olhos e comecei a passear pelos corredores de roupas, jogando varias em cima de Sammy para depois ir provar, a tarde estava sendo muito legal, acho que eu podia me acostumar a ter Sammy como amigo

WrongdoerOnde histórias criam vida. Descubra agora