Lady Satori estava reunida com o conselhos em um grande salão com seis cadeiras ao seu redor, no meio havia um mapa desenhando toda a terra que era conhecida e seu trono ficava no centro, embora essa reunião não fosse para decidir nenhum estratégia de guerra, e sim o ritual que levaria seu primogênito ao trono finalmente.
Lady Satori não estava certa de que seu filho estava pronto para assumir a liderança dos inu-yokais, o desafio de unificar o Oeste novamente, para o Conselho seria como uma prova do seu potencial, embora para ela, não passava de apenas uma distração para o seu filho, assim como Tenseiga foi a um tempo atrás, ela meramente queria afastar sua cria dos humanos, entretanto, para seu orgulho e desgosto, seu filhote tinha potencial, conseguindo unificar o Oeste em apenas um ano.
"_ Droga teria de dar um jeito na humana o mais rápido possível. Não permitirei que meu filho cometa os mesmos erros do seu estúpido pai."
_ Estamos aqui por horas, temos que chegar a um consenso. Apenas seis meses não é tempo suficiente para organizar um evento dessa magnitude, preciso de mais tempo. - Lady Satori falou com sua costumeira voz de tédio.
_ Não entendo porque precisa de tanto tempo, afinal o ritual do lorde Toga foi em apenas seis meses, porque o de Sesshoumaru seria diferente? - perguntou um dos velhos conselheiros, bastante irritado com a senhora do Oeste.
_ HA HA. Não se esqueça que é do futuro de meu filho que estamos falando, que é da minha sucessora que estamos falando, não irei escolher as pressas qualquer cadela. Terá de ser alguém que se compare a minha liderança ou a ultrapasse. - Disse Lady Satori mostrando pela primeira vez irá em sua voz. Os conselheiros reunidos ali se acuaram por um momento em seus assentos, pois nunca antes haviam visto a senhora do Oeste demonstrar irritação, mas logo se recuperaram da surpresa.
_ Então daremos um ano e meio, nada mais nada a menos. Será tempo suficiente para que escolha suas candidatas. - Declarou outro membro do Conselho de forma firme. _ Todos de acordo?
_ Hai! - responderam em uníssono.
_ Então podemos encerrar essa reunião. Quando tiver minhas candidatas nos reuniremos novamente, para discutir os detalhes do ritual. Agora se me dão licença, eu vou me retirar, pois à muito o que ser feito. - Lady Satori falou por fim se retirando do salão.
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O sol já estava para raiar quando os companheiros de Kohaku estavam se despedindo de seus familiares, para finalmente partirem em sua missão.
_ Certo vamos partir, mas antes terei que parar em um ferreiro próximo daqui para pegar meus equipamentos. - Disse Kohaku montando em Kirara.
_ Tudo bem. De toda forma já estamos prontos. É melhor nos apressarmos, pois o caminho é longo, e essa não vai ser uma missão fácil. Devemos ser cautelosos com nossos inimigos. - Hiashi disse se voltando para seus companheiros.
Os quatro guerreiros saíram até onde Totoosai estaria esperando com os equipamentos de Kohaku.
_ Não iremos parar até o anoitecer. Portanto, espero que vocês tenham pegado algo fácil de se comer enquanto nós andamos. Daqui até onde temos que chegar são dois dias de viagem, depois será mais três dias até o vilarejo onde minha irmã mora. Eu não quero prolongar demais essa viagem. - explicou Kohaku aos seus companheiros.
_Tá então não iremos parar antes do anoitecer e a Yume-chan foi para o leste fazer o reconhecimento dos nosso inimigos?! - Suzuki pergunta recapitulando todas as informações que foi passado para o grupo. _ Não é meio arriscado deixar ela ir sozinha? Quer dizer eu nunca tive contato com os Yokais do leste, mas em alguns missões que eu fiz, eu ouvi rumores que o senhor daquelas terras é um Yokai cruel, que escraviza humanos, fora outras atrocidades que ele cometeu, a muito tempo atrás. - continua Suzuki bastante preocupada com o plano feito de último hora.
Suzuki era uma garota pequena, com cabelos castanhos médios e a mais nova do grupo. Seu pai não teve filhos homens, por tanto ela teve que assumir seu lugar de caçador de Yokai. Ela não se importava em tomar seu lugar, porque nunca gostou de ficar fazendo tarefas domésticas, preferia lutar e exterminar Yokais. Entretanto, sua mãe era contra, queria que sua filha ficasse segura em case e se casasse com um bom rapaz do vilarejo, mas seu marido já não podia continuar, e o extermínio de Yokais era o sustento da família, não teve escolha a não ser ceder.
_ Suzuki-chan assim como você, eu também me preocupo bastante com Yume, e o Hiashi também. - Kohaku fala suspirando. _ Mas preciso que entenda a importância dessa missão. - Continua _ Tudo que sabemos sobre nosso inimigo, e que o exército é cruel, e que seu senhor é um poderoso Yokai, que escraviza humanos. - Kohaku fica sério, imaginando a forma que seu inimigo cometeu as atrocidades contra humanos e Yokais mais fracos. Da um longo suspiro e continua _Eu penso que não é atoa que eles têm esse título, e para os monges do Tibete pedirem reforços, o inimigo com certeza é formidável e faz jus à sua fama. Não dá para vencer um exército só com coragem e habilidades. Precisamos conhecer nossos inimigos e traçamos um plano, por isso é imprescindível o reconhecimento deles. - Diz por fim bastante sério.
_ Kohaku tem razão, Yume é minha irmã e me preocupo muito com ela, tanto quanto qualquer um aqui. - Concorda Hiashi _ Porém a Yume é muito perspicaz, duas pessoas para fazer o reconhecimento chamaria muito a atenção, e nesse momento o que queremos é extrema descrição. - Conclui Hiashi.
_ Não só isso, mas nossa Yume também é bastante forte, não a subestime Suzuki-chan. - Falou Hiroshi que era mais velho que todos no grupo. Ele era alto, cabelo amarrado em um rabo de cavalo e com pequenas cicatrizes no braço. _ Sei que é nova nisso, mas verá como foi a melhor escolha a ser feita.
_ Tudo bem. Vou confiar na decisão de vocês, que estão fazendo isso a mais tempo que eu. - Suzuki falou por fim.
Continuaram a sua caminhada, passando por vários vilarejos próximos dali, observando o sofrimento das pessoas que saiam de sua terra para outra, a fim de encontrar um local próspero que a guerra não alcançasse. Tarefa quase impossível, porque as terras eram o principal motivo de guerras, agora não só humanos almejam terras férteis e com muita mão de obra, como também os Yokais estavam em busca dos mesmo objetivos. Partindo para invadir até terras mais longínquas, como o Tibete. Para Suzuki aquele cenário poderia ser algo novo de se ver, mas os três rapazes que a acompanhava era algo muito comum, pois já haviam travado muitas missões, e todas as missões que participaram, encontraram uma trilha de dor e sofrimento.
O dia se estendia e já era muito difícil para Suzuki acompanhar o ritmo de seus companheiros. Como Kohaku havia falado, eles não tiveram nenhuma pausa desde que deixaram seu vilarejo, agora estavam caminhando por uma floresta vasta, com árvores grandes e velhas, labirintos extensos de bambus, animais ferozes se preparando para atacar o grupo, mas nem esses animais foram capazes de força-los a dar uma pausa.
_ Hiroshi-Kun você tem mais bolinhos de arroz? Perguntou Suzuki evidentemente cansada de toda aquela caminhada.
_ Ainda tenho algumas, mas poderia aguentar um pouco mais? Sei que é difícil para você, já que é a primeira missão que você viaja nesse ritmo, mas temos que deixar mantimentos para o segundo dia de viagem. O local que vamos pertence a um Yokai. Creio que ele não tenha comida para humanos, e não faremos nenhuma pausa, viajaremos direto para o vilarejo. - Diz Hiroshi preocupado com a jovem companheira.
_ Tudo bem. - suspira Suzuki.
_ Aqui! - Kohaku arremessa alguns cogumelos para Suzuki. _ Pode comê-los. Isso deve ser o bastante até fazermos nossa pausa.
_ Arygato! - Agradece Suzuki e se delicia com os cogumelos que Kohaku entregá.
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Passaram -se uma semana desde que Yume deixou seus companheiros para seguir os rastros do exército do Leste, e finalmente ela conseguiu os alcançar. Entretanto ela teve dificuldades para encontrar uma forma de mascarar seu cheiro, pois o olfato de um Yokai era muito aguçado, e esteve prestes a ser descoberta por várias vezes, então fez um loção de ervas com cheiro forte para mascarar seu cheiro, apreendeu com um dos aldeões pelo caminho, ele era um velho andarilho que a ajudou, quando os Yokais estavam prestes a capturá-la.
Identificou cerca de 500 Yokais, contando com os generais, e cerca de 200 humanos escravos, que estavam carregando materiais pesados em carroças, concluiu que deveria ser as armas desses Yokais. O exército estava a 15 dias adiantados que os seus companheiros. Então se eles quisessem chegar antes teriam partir o mais rápido possível.
Quando anoiteceu o exército fez uma pausa, e a mesma decidiu, ficar no alto de uma árvore, onde se tinha uma boa distância do exército, mas mesmo assim proporciona uma boa visão de onde eles estavam. Enquanto eles descansavam ela pegou um papel escreveu uma mensagem, e colocou no pé do falcão que estava acompanhando ela.
E soprou em seus lábios um apito usado para dar ordens aos falcões, mas só eles conseguiam escutar esse apto. Facilitava muito, pois mesmo que um Yokai pudesse ouvir, o som era baixo demais, e só os falcões poderiam saber do que se tratava, não só isso, como também eles estavam bastante focados na guerras para prestar atenção em um pequeno som.
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Kohaku finalmente pegou seus equipamentos na casa de Totoosai. Notou como eles estavam mais leves e afiados, seus companheiros ficaram admirados com o trabalho do ferreiro, e fizeram planos para quando voltassem da missão, encomendassem suas armas do velho Yokai.
Os três dias que se seguiram não foram fáceis pois encontraram muitos Yokais hostis pelo caminho, dificultando bastante aquela viagem, pois ele não poderiam parar e ter mais atrasos, mas finalmente chegaram no vilarejo sendo recebidos por todos com muito animação.
_ Que bom que você conseguiu Kohaku. - Falou Kagome indo em direção ao grupo com um cesta de ervas que estava colhendo naquele momento.
_ Sim agora podemos partir e encontrar Rin. - Falou Kohaku com um grande sorriso, mas nitidamente exausto pela viagem difícil da última semana.
_ Primeiro vamos até a cabana da senhora Kaede. Sei que vocês devem estar exaustos, precisam descansar e comer, lá puderam fazer isso enquanto conversamos.
_ Boa idéia. Todos nós estamos exaustos, mas você já fez a carta senhorita Kagome? Creio que não poderemos demorar muito aqui. Estamos numa missão urgente. - pergunta Kohaku se dirigindo a Cabana da velha Miko do vilarejo.
Quando Kagome ia respondendo a pergunta, um Falcão pousa no Braço de Hiroshi e o mesmo tira uma mensagem de sua pata.
" Companheiros o exército do leste está a quinze dias adiantados. Creio que terão que tomar o caminho do Oeste. Há um bosque que é dominado por uma árvore Yokai pacífica, deve ser o caminho mais rápido a se fazer, e não poderão demorar muito no vilarejo dos amigos de Kohaku. Ainda estou colhendo informações.
Yume Hatsuko."
_ Kohaku está certo. Ao julgar pela mensagem que acabamos de receber da yume-chan, teremos de partir amanhã antes do sol nascer. E deveremos fazer o mesmo para chegar até aqui. Viajar parando para descansar só a noite. - Disse mostrando a mensagem para Kohaku é seus companheiros.
_ Quanto a isso não precisam se preocupar a mensagem está feita. Vejo que vocês realmente se comunicam por falcões mensageiros. Então A resposta de Rin não será difícil de se obter sem comprometer sua missão, isso é ótimo. - Disse Kagome acomodando os companheiros de Kohaku na cabana de Kaede, lhes servindo uma sopa. _ Em relação aos seus mantimentos, não precisam se preocupar, Sango e eu iremos providenciar. - Disse Kagome já saindo da cabana.
_ Arygato senhorita Kagome. - Agradeceu Kohaku é seus amigos. _ Senhora Kaede onde o Shippo está? Nós precisamos falar com ele. - Pergunta Kohaku se voltando para a velha senhora, que está fazendo curativos em Suzuki.
_ Ele deve estar observando a floresta. Parece que Sesshoumaru deixou um pequeno grupo de soldados aqui. Provavelmente para nós seguir e descobrir o paradeiro de Rin, mas ele sempre retorna já bem tarde da noite, então logo estará aqui. - Quando Kaede disse isso o Yokai raposa entrou na Cabana.
_ Finalmente você retornou. Já era hora. - Disse o ruivo com desdém.
_ Sinto muito ter demorado, mas não foi fácil retorna em apenas um mês Shippo. Deixando isso de lado… nós queremos que você nos acompanhe até o Tibete. - Kohaku explica a situação é o plano para Shippo, que escuta tudo muito atento.
_ Tudo bem. Eu partirei com vocês, Inuyasha e Miroku podem cuidar da floresta por mim. - Diz Shippo Concordando em partir na missão do amigo.
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Havia se passado um mês desde que Sesshoumaru deixou Jaken para perseguir os amigos de seu irmão, porém nada tinha acontecido até aquele momento.
_ Então o garoto retornou com um grupo. O que será que eles estão tramando?! - Jaken fala para si mesmo em voz alta. _ Quero que todos fiquem atentos ao menor movimento deles. - Ordenou ele ao grupo que havia sido deixado junto com o mesmo.
_ Hai! - respondeu todos em uníssono.
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Algumas semanas antes
No bosque de Bakuseno se encontrava Royakan, o Yokai que antes protegia a floresta de Inuyasha, e depois foi deposto por Shippo que mostrou ser mais capaz e merecedor da tarefa.
_ Escute bem Royakan, eu quero que você seja bastante cauteloso. Eles não podem perceber que você está os atrapalhando. - Falava Bakuseno autoritário.
_ Pode deixar comigo senhor Bakuseno. Eu os enganarei com meus lobos. - Afirmou Royakan com seus costumeiros olhos esbugalhados, e demonstrando covardia.
_ É bom para você que nada de errado. Se alguma coisa sair fora do controle eu o transformarei em um Yokai sem lugar para retornar. - Ameaça Bakuseno novamente. ================================
Yoki estava na janela da velha miko, escondida entre as flores e escutava tudo que era dito na cabana, sem que eles percebessem.
_ Kohaku aqui está. Nessa carta estou explicando roda a situação para Rin. Você deve tomar cuidado para não perder ela no caminho. - Kagome fala estendendo o pergaminho para o jovem exterminador.
_ Certo senhorita Kagome, agora referente aos mantimentos. Você conseguiu?
_ Sim nós deixaremos na minha casa para que todos possam descansar aqui, sem que fique muito apertado. - Respondeu Kagome com um sorriso.
_ Kagome-chan eu vou partir amanhã com Kohaku para ajudar na missão deles. - Explicou Shippo, ele não costumava dar satisfações do que fazia, mas como ia se tratar de uma longa viagem, e considerava Kagome e Inuyasha como seus pais, achou necessária falar.
_ Compreendo, mas quero que você tome muito cuidado e retorne em segurança. - Falou Kagome com semblante preocupado, mas dando todo apoio para o filhote que havia criado.
"_ Então eles irão mesmo atrás da garota." - Pensou Yoki deslizando sem que eles percebessem para a pequena bolsa de Suzuki. "_ Aqui tá bastante apertado, mas eu vou ficar nesse lugar até que eles encontrem a garotinha."
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A Jornada de Rin
FanfictionRin foi deixada no vilarejo de Inuyasha aos cuidados de Kaede, porém com o passar do tempo ela fica triste. Então Rin decide partir em uma Jornada para se descobrir, conhecer o mundo e moldar sua essência. E agora o que essa Jornada trará para nossa...