O impiedoso Lorde do Oeste

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Em uma área mais aberta podia ouvir o tilar das espadas se chocando. Dois grandes exércitos se enfrentando para disputar aquela terra situada em uma parte pequena do Oeste. Haviam vários yokais feridos e mortos naquele campo, eles travam uma batalha que já se estendia para uma semana. 
_ Cerquem a área e não deixem que ultrapassem para o vilarejo. Certifiquem que todos estejam mortos. Não queremos que fique nenhum sobrevivente para que não haja problemas depois. Falou um cara alto com cabelos platinados e olhos azuis. 
_ Sim general Yukimaru. Responderam em uníssono.  
_ Os demais sigam as ordens do Jaken pela floresta. Essa será a última batalha, a última terra a ser conquista. O lorde Sesshoumaru não vai estender por mais tempo e não perdoará falhas. Retorna a falar mostrando autoridade. 
_ Ouviram ele. Me sigam vamos arma uma emboscada lá.  Falou o sapinho verde se dirigindo a floresta que estava ali perto em sua montaria, um dragão de duas cabeças, utilizando com arma um cajado de duas cabeças com rostos de uma mulher e um velho.  
Todos em volta seguiram o sapinho verde e os demais se posicionaram estrategicamente em volta da área aberta, fazendo uma barricada, para impedir que qualquer um que fosse ultrapassasse. E no meio encontrava-se um Grande Cão destilando seu veneno, com alguns machucados em seu corpo, em rolado a uma grande cobra verde.  
O yokai cão volta a se transforma em sua forma humana se livrando da cobra, mas imediatamente saca sua katana, Bakuseno, jogando uma rajada de energia contra o inimigo que é atingido em cheio. 
_ É o seu fim seu verme. Falou o lindo yokai de cabelos platinados com a armadura bastante danificada, e com os ferimentos sendo curados aos poucos. 
_ Isso é o que veremos Sesshoumaru. Fala o outro yokai já em sua forma humana e sacando sua katana negra. 
Os dois desferindo ataques e contra-ataques, se defendo numa dança feroz, com movimentos rápidos e precisos. E o último golpe foi lançado. Acertando em cheio o tórax do inimigo, que no mesmo instante cuspiu sangue, bastou mais uma rajada de sua Katana para que o mesmo desse seu último suspiro. O yokai serpente foi derrotado e a última região finalmente foi conquistada. 
_ Eliminem os que ainda estão vivos depois quero uma equipe de busca para verificarem a área toda. Falou o Dai-yokai com a voz grave já guardando sua Katana e se dirigindo ao general próximo de si. _ Yukimaru quero que forme uma equipe e vá até o vilarejo para sabermos de quantos pessoas se tratam, e fazer o anúncio de minha conquista por esta terra. Não quero que eles fiquem intimidados, mas quero que fique claro que eu serei o novo governante, depois reúna os melhores saldados do esquadrão para que eles possam ficar aqui. Ordenou por fim. 
_ A equipe de busca já foi formada e já está fazendo a varredura da área. Vou fazer imediatamente a reunião dos soldados e preparar o anúncio. Fiz um acampamento aqui perto. Lá você poderá descansar para curar seus ferimentos. 
_ Chame Jaken. Eu espero seu relatório mais tarde. Falou já se retirando daquela área, destruída pela batalha feroz que foi travada ali. 
Enquanto saia daquele local em direção ao acampamento só conseguia pensar em sua garota que a muito tempo não via, sentia a necessidade de olhar aqueles grandes olhos chocolate, ouvir a sua doce voz cantando e sentir seu cheiro silvestre. Finalmente poderia retorna para sua pequena. Pensou em como ela estaria agora que se passou 3 anos. A final os humanos diferentes dos yokais, envelheciam muito rápido. 
Pensou na última vez que esteve lá, no que seria seu aniversário de 11 anos, onde recusou seu presente. Tinha que admitir que aquilo o surpreendeu e pela primeira vez ficou furioso com sua pequena, mas entendia o porquê da sua recusa. Ela estava vivendo em um pequeno vilarejo, com humanos muito humildes, e nenhuma das garotas de sua idade deveria ter os mesmos kimonos que ela, e ela também não deveria se sentir à vontade usando-os. Já que dificilmente acontecia um festival ou alguém importante aparecia. 
Teria que tomar cuidado com seus próximos presentes, para não a chatear, mas o seu próximo ele não aceitaria uma recusa, pois ele mesmo escolhia seus presentes a dedo, não confiava em ninguém para tal tarefa, nem mesmo Jaken. Talvez a estivesse mimando-a muito, mas não podia fazer nada em relação a isso, sua natureza pedia para que ele a fizesse feliz, necessitava em vê-la bem e sorrindo. Nunca pensou que algum dia teria esse sentimento que o deixava tão estupidamente fraco, tão parecido com seu pai é o seu inútil irmão. Rosnou a essa comparação. 
Diferente de seu pai ele não pretendia perde Rin. Iria protegê-la custe o que custar, não importava se isso o tornaria estupido, ele só queria estar com ela. Já em sua cabana descansado da batalha que teve, seus pensamentos em Rin são interrompidos por um sapo verde. 
_ S-senhor S-ssesshouumarru-samaa. Grita Jaken com sua fala enrolada ao entrar na cabana fazendo uma reverência exagerada. _ Mandou me chamar? Pergunta prestativo. 
_ Sim quero que você cuide de tudo o mais rápido possível. Não quero demorar mais que um dia aqui. Falou friamente sem olha-lo. 
_ S-sim S-senhor Sesshoumaruu-sama. Mas não seria melhor ficarmos aqui por mais três dias para que possa descansar?  Pergunta apreensivo 
_ Essa viagem já foi prolongada demais. Não quero ficar mais nenhum dia aqui. E você me julga franco para que eu não aguente uma simples viagem?! Pergunta enquanto acerta um objeto na cabeça do pequeno sapo, com olhos sanguinários.  
_ De forma nenhuma. Jaken só está preocupado com seu bem-estar senhor. Fala enquanto se curva. _ Peço perdão por tê-lo ofendido. Continua chorando. 
_ Então já sabe o que fazer. Não perca mais tempo aqui. Como disse quero partir o mais breve possível. Falou inexpressivo. 
 
Já saindo da cabana de seu lorde Jaken pensou que ele poderia estar com pressa para ver a pequena Rin. Afinal já fazia um bom tempo desde a última vez que a virão.  
Ele realmente não entendia porque seu mestre era tão preocupado com ela a tratando melhor até que ele mesmo, que já o servia a bastante tempo, ele era bem mais útil que a humana. Na verdade, achava a humana era um peso para seu mestre, além dela ser muito insolente também. Ele sempre tinha que cuidar para que todos os caprichos do seu mestre com a humana fossem cumpridos, agora teria que tratá-la bem já que seu mestre certamente se importava. 
 E se não fizesse perderia seu cargo de ministro, e não poderia fazer isso agora que estava tão perto de conseguir, já que seu mestre tinha dominado toda a região Oeste. Continuou a andar suspirando enquanto pensava sobre esse assunto. 
(...)  
No dia seguinte após a batalha ser travada e o anúncio ser feito às pressas, a tropa que ali estava já se encontrava atravessando a aldeia e se retirando de volta ao reino do lorde do Oeste, muitos ainda feridos devido ao pouco tempo de recuperação. Mas não tinha outro jeito afinal foram ordens. 
_ Não entendo a pressa que você está para retorna. Vencemos. Deveríamos ficar e comemorar a derrota do inimigo e daria mais tempo para que os soldados possam se recuperar. Fala Yukimimaro cansado. 
_ Iremos comemorar assim que chegarmos. E não deveremos encontrar problemas sérios no caminho. E mesmo se encontrarmos os soldados que eu comando tem que se fortes. Não tolerarei fraquezas por parte deles. 
_ Tá tudo bem... nada de fraquezas entendi. Mesmo assim porque tanta pressa. Fala entediado. 
_ Não devo dar satisfações. Se quer ficar sinta-se à vontade. Posso substitui-lo por alguém que não faça tantas perguntas e que seja mais forte. Respondeu friamente. 
_ Poxa Sesshoumaru, isso magoa cara, de verdade.  Falou debochado. 
_ I-solente além de questionar meu mestre ainda debocha dele. Ponha-se em seu lugar e o trate com mais respeito. Jaken fala furioso. 
_ Já chega. Falem menos e corram mais. É uma viagem de quinze dias até chegarmos. Temos que ser mais rápidos. Ordena Sesshoumaru. 
_ Vamos parar em algum lugar? Pergunta Yukimaru curioso. _ Pensei que levaríamos vinte dias para chegar ao Castelo. 
_ É claro que vamos para ver a Rin, afinal já faz tempo que não a vemos e ela é protegida do mestre, ele nunca negligenciaria ela. 
_ Ah! Claro a garota humana. Já havia me esquecido dela. Estou curioso para conhecer a humana que amoleceu essa ranzinza. Respondeu rindo. 
_ Este Sesshoumaru não amoleceu, e para o bem de vocês peço que a tratem com mais respeito. Estão falando de sua Hime. 
_ H-HIME. Jaken grita surpreso com a revelação de seu mestre. _ Vai torna-la hime do castelo. Aquela pirralha chata. 
_ Mas ela é só uma criança humana. Achei que esperaria ela se torna moça para leva-la para o castelo. Fala Yukimaru igualmente surpreso. 
_ Ainda não vou leva-la. Não tem idade o suficiente, mas é bom vocês saberem por agora o que pretendo fazer. 
 

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