Prólogo

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Um doce

Um beijo

Um beijo

Um sorriso

Era assim que os dias de Taehyung se passavam. Era um garoto doce e gentil, que conseguia ter amizades facilmente, mas não conseguia ter o amor de quem tanto gostava. Sim, o pequeno Tae era bem avançadinho e já queria ter um namoradinho. Principalmente se fosse o garoto de cabelos negros escorridos.

Ele não enxergava maldade nas pessoas, então para ele era certo gostar de um garoto. Afinal, porque seria errado? Na cabeça do pequeno Kim toda forma de amor era válida. Certo?

Bom, ele não tinha muita certeza de quando o sentimento surgiu, só sabia que do nada ficou vidrado em seu hyung. Era como se existisse só ele no mundo, mais nada o importava. 

Os dias iam se passando, e Taehyung não tomava nenhuma iniciativa, por mais que fossem crianças ainda, ele tinha a necessidade de dizer todo os seus sentimentos, mas não tinha coragem. Era normal afinal.

Mas, em um belo dia, Taehyung teve a brilhante idéia, claro que depois de perguntar para sua mãe, que mandaria cartas para seu amado. Porque não mandar? Era a única forma de seu hyung saber de seus sentimentos e talvez corresponde-lo.

Taehyung fez a carta, escreveu todos seus lindos e puros sentimentos, e sim, ele entregou, não pessoalmente, mas entregou. Ele havia colocado dentro da mochila do moreno na hora do intervalo, já que sabia tudo sobre seu hyung na escola, seus horários e sala, então não foi difícil concluir esse feito.

Mas, um único detalhe ele havia esquecido.. seu nome.

Taehyung havia esquecido o mais importante, seu nome, seu nome! Ele se sentiu muito frustrado naquele dia, mas não deixou se abater. Afinal, queria ver a reação do garoto quando visse a carta.

Hoseok, o garoto de quem o Kim gostava, ele era bem parecido com o Taehyung, em questão de personalidade. Ambos sociáveis e amáveis. No dia em que leu a carta, achou fofo o jeito que ela foi escrita, parecia que a pessoa estava bem afobada para termina-la e com isso perdia a linha do raciocínio e acabava repetindo algumas coisas. Achou o conteúdo escrito fofo, tinha até um desenho de dois garotos, o que indicava que o autor era um. O pior era que..

Não havia nome.

Não se importou muito. Afinal, não pensava nessas coisas ainda. Guardou a cartinha e seguiu seu rumo para fora da escola. Os dias foram se passando e o mesmo estava saturado, eram muitas cartas sem nomes, e eram praticamente a mesma coisa, contando sobre os sentimentos do remetente. 

Ele havia chegado aí ponto de amassar as cartas e as joga-las no lixo. 

Mas, ele não sabia que era observado pelo remetente.

Cartinhas bobinhas - VhopeOnde histórias criam vida. Descubra agora