transferência e rejeição

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De acordo que eu ia recobrando a consciência, podia escutar uma voz familiar me chamar, soava preocupada. Sim, era a voz do meu bebê.

  - Acorde, Taehyung. - Disse ele, então me sentei no chão, já que ele estava sentado ao meu lado, ainda me acudindo. Mas, logo percebeu que eu havia acordado já. - Que bom que acordou, fiquei muito preocupado, Saeng! - Disse mais aliviado, logo me lançando um sorriso.

Ok, preciso me acalmar, foi muita coisa para um só Taehyung. Sorriso, preocupação, Saeng.

Ele estava preocupado comigo, Será que é porque me ama ou por medo de ter um "convidado" semi-morto? Prefiro acreditar fielmente na primeira hipótese. Ele me chamou de Saeng, por respeito ou me amar? Quero acreditar na segunda hipótese. Ele sorriu por alívio de ver seu amor acordar ou sorriu por ver meus lindos olhos? Quero acreditar nas duas.

Agora preciso que meu cérebro processe essas informações. Olha, tudo crê que ele estava preocupado por me amar mesmo. Sou uma criança.

  - C-cadê os outros, hyung? - Pergunto olhando em volta, não havia ninguém, somente nós dois.

  - Todos foram atrás de algum adulto, principalmente o Jimin. - Disse calmo, se levantando e estendendo a mão para mim, prontamente a peguei, ficando de pé a sua frente. Se eu estava morrendo por dentro? Yes! Créditos ao meu irmão bilíngue. - Bom, agora que está bem.. vamos entrar, está na hora dos parabéns. - Disse e passou a me puxar, mas o parei, o fazendo me olhar confuso.

  - H-hyung, preciso falar com você e acho que essa é a melhor oportunidade, já que estamos sozinhos. - Digo sentindo minhas bochechas queimarem antecipadamente. Estava nervoso, mas era agora ou nunca. - Hyung, eu.. gosto muito de você, na verdade eu te amo.. você é meu bolinho de arroz, aquele que me dá vontade de deixar no prato só para não come-lo e ficar sem.. quero que seja meu namoradinho e que possamos ficar de mãos dadas.. - Digo sorrindo bobo pro mesmo, estava sendo sincero.

  - Taehyung, e-eu.. - O corto, precisava do silêncio até eu terminar de falar.

E fazer meu próximo ato..

  - Hyung, agora eu falo, ok? - Digo o olhando fofo, enquanto acareciava sua mãozinha. - Meus sentimentos são verdadeiros, eu te amo.. sei que somos crianças, mas eu sei que você é o meu bem mais precioso.. você é todo lindinho, parece uma bonequinha de porcelana.. hyung, tô nervoso, não sei o que mais falar sobre sua pessoa, mas tudo o que acho de você está relatado nas cartinhas. - Digo um pouco rápido, o que fez meu hyung ficar me olhando ainda mais confuso.

Porque até confuso ele era lindo?

  - Hyung, seu silêncio já me diz tudo.. - Sorrio. Aproximei meu rosto do seu calmamente, já com os olhos fechados, e selei nossos lábios em um beijinho carinhoso.

Era como diziam, certo? O silêncio fala mais do que mil palavras

Assim que separei nossos lábios daquele simples selar, o olhei nos olhos, mas me arrependi. Ele não estava com um sorriso bobo como eu estava antes de olhar sua expressão assustada.

Eu havia feito besteira, não é?

Tomado pela vergonha, só lhe dei as costas e saí correndo sem me importar com o mesmo a me chamar. Entrei dentro de sua casa, sentindo minhas lágrimas escorrerem, eu havia dito que era sensível.

Saí para rua, sabia que era perigoso ficar a essa hora sozinho, mas, nem morto ficaria ali, já havia feito a besteira e não vou suportar ver o efeito dela.

⟨ • • •⟩

Assim que cheguei em casa, fui direto para meu quarto chorando, meus pais chegaram a querer falar comigo, mas só tranquei a porta do quarto. Estava chorando e não queria papo, não conseguiria falar direito e minha mãe iria ficar me ameaçando. Então me joguei na cama, ficando de bruços e com o rosto contra o travesseiro.

Cartinhas bobinhas - VhopeOnde histórias criam vida. Descubra agora