PRÓLOGO

112 2 4
                                    


Ele me proporcionou uma noite dos sonhos ontem á noite, naquela Ilha afastada da cidade, em uma mansão de madeira que mais parecia uma pintura, de tão bem desenhada. Toda iluminada com sua luz natural que partiam de suas janelas enormes com bordas de madeira e seu Deck que nos presenteavam com uma vista para um mar de águas cristalinas, com golfinhos saltitantes e simpáticos da região. Eu não poderia pedir mais, me sentia segura, feliz e animada. Ele sabia mesmo como realizar todos os meus sonhos.

Terminei de me arrumar depois de um banho relaxante naquela banheira branca gigante, e escolhi usar o vestido branco que ganhei na noite anterior, pronta para iniciar meu dia e me preparar para a festa que aconteceria em algumas horas ali na Ilha. Assustei-me quando ouvi os gritos que se iniciaram no andar de baixo, aquilo não seria como uma conversa e sim uma discussão que envolvia bem mais de uma voz. Os convidados já começaram a chegar então, pensei.

Decidi ver o que estava acontecendo, bem assustada com o tom da conversa que ficava cada vez mais agressiva. Desci as escadas segurando pelo corrimão de maneira, enquanto procurava por ele e os motivos daquela briga já instalada no andar de baixo. Pela janela consegui ver que havia algumas pessoas na entrada da casa.

Abri a porta de entrada, mas não imaginava o que viria a seguir. Precisei me segurar na porta de vidro, para não cair ali mesmo, naquele segundo. Os gritos se tornaram mais fortes e raivosos, além de muito mais altos agora que eu estava de frente aos motivos daquela discussão. Fiquei sem ar e senti a minha pressão cair no pé, com o coração acelerado e um frio horrível na barriga, continuei me segurando na porta, fechando os olhos e pedindo pra aquela imagem ser apenas uma miragem.

Até que ouvi meu nome ser chamado por eles, abri os olhos e sim, aquilo tudo era real, não sentia mais meu corpo. Ele rapidamente me segurou pela cintura e me chamou pelo o nome novamente, tentando me acordar daquele transe momentâneo. Mas eu não queria olhar, não queria ver aquilo, até entender mesmo o que estava acontecendo e ter certeza que não era invenção da minha cabeça.

Senti todos os olhares sobre mim e eu só queria sumir dali, sem olhar para trás...

ENTRE NÓSOnde histórias criam vida. Descubra agora