CAPÍTULO 07

7 1 4
                                    

HORA DE IR 


Sentia minha cabeça girar, o sol brilhava no alto da janela branca enorme do quarto. Eu notei que estava com a mesma roupa da festa, minhas sandálias estavam espalhadas pelo tapete marrom claro. Me segurei no lençol azul claro da enorme cama, sentia pontadas na cabeça. Ressaca de uma noite de exageros. O quarto era tão espaçoso e aconchegante, com suas paredes brancas, o chão de assoalho de marfim, com uma cômoda branca em frente a cama e um quadro no centro da parede com uma imagem do mar e horizonte. Ouvi uma voz do outro lado da porta, mas não conseguia identificar o teor da conversa. Tentei me levantar, me segurando na beirada da cama e consegui alcançar minhas sandálias. Só queria sair daquele quarto. Assim que iria tocar na maçaneta da porta, a porta se abriu e o Nate entrou. O homem parecia um Deus grego. Ele estava sem camisa e um short com degradé com de 3 tons de azul. O cabelo ainda estava molhado, parecia estar ótimo para alguém com ressaca também. Esse homem precisa ter algum defeito.

- Olha só quem acordou! Te trouxe um suco de laranja, vem cá. – Disse ele, enquanto me conduziu com sua mão em minha cintura, até a beirada da cama. Assim que me sentei, peguei o suco de sua outra mão e bebi um gole. Aquilo iria me ajudar.

- Onde estou, Nate? - Ele se sentou ao meu lado, passando sua mão por minhas costas.

- Prazer meu quarto, meu quarto Maia. Não vai vomitar na minha cama não né?! - Ele riu, claramente se divertindo com a minha situação, ainda me olhando, com aquele belo par de olhos verdes e seu cabelo despenteado.

- Não vou, engraçadinho. Só minha cabeça que está doendo mesmo. – Me queixei, enquanto bebia o suco gelado de laranja. Ele beijou meu ombro.

- Maia, digamos que as coisas saíram do controle depois de todos aqueles shots. – Ele se deitou na cama, com seus olhos em mim.

- O quanto fora de controle? - Olhei para ele preocupada, com o que poderia ter acontecido e que eu não conseguia me lembrar. E ele mais uma vez leu meus pensamentos.

- Não transamos Maia, não nos tocamos, só nos beijamos mesmo. Você quis, porque quis vir conhecer minha casa, entrou no quarto, caiu dura na cama e apagou. Eu deveria ficar ofendido sabia? - Ele me colocou abraçada com ele, beijando minha testa, me apertando junto a ele. O sol estava batendo em nossos corpos, seu abdômen brilhava. Me sentia aliviada de não ter transado com ele. Primeiro porque eu odiaria ser tocada estando tão bêbada, e sem meu total consentimento, e segundo porque eu adoraria me lembrar, caso fosse para cama com ele. Seria algo memorável.

- Bom, se a intenção era ver seu quarto, acho que conclui então né. - Mordi o queixo dele, passando minha mão por seu peito.

-  Tem coisas melhores que eu quero te mostrar. - Brincou ele e pude ver seu olhar se encher de malícia. sorri em resposta.

- Eu acho que quero ver cada uma delas - Provoquei ficando vermelha, mordiscando seus lábios.

-Ah não me provoca, Quer comer alguma coisa? Seus amigos estão na praia. - Perguntou ele.

- Não, só preciso de um banho agora, vou ver meus amigos, que horas são? - Levantei da cama, pegando minha sandália, pronta para sair do quarto.

- Duas horas da tarde, te encontro na praia então? - Ele se sentou na cama, me observando.

- Nos vemos na praia, obrigada pelo o suco e por sua cama, achei que seria mais divertido Nate. – Pisquei, depois de provocar ele. Sai do quarto, sem que ele me respondesse. Estava um caco, precisava mesmo daquele banho e ver se meus amigos ainda estavam vivos depois de ontem. Sai andando por todo aquele corredor iluminado, que tinha mais umas 3 portas, deveriam ser mais quartos, mais quadros de praia e mar espalhados, decorando as paredes brancas daquele corredor. Vi de relance a sala de estar e reparei em todas aquelas almofadas jogadas no sofá branco, e várias fotografias espalhadas pela sala, ouvi vozes vindo do que eu acho que seria a cozinha, risadas altas, mas achei melhor não ir até lá, estava sem graça demais pra qualquer tipo de apresentação. Sai pelo deck, meu pé queimou quando tocou areia quente da praia, caminhei em direção aos meus amigos que estavam todos jogados na praia. A ressaca era evidente.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jul 15, 2020 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

ENTRE NÓSOnde histórias criam vida. Descubra agora