Autoquíria - 2007

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Omma! — Balancei a ponta da manga do vestido que mamãe usava naquela tarde. — Omma, porque sinto que algo de ruim vai acontecer?

  Mamãe me olhou por um tempo, acariciando meu cabelo impecavelmente arrumado com gel, esbanjando um sorriso gentil antes de passar seus dedos sobre meu queixo.

— Não seja tão pessimista, filho. Hoje vai ser um grande dia. Você confia em mim?

  Assenti, mesmo que meu peito gritasse por socorro. Um socorro sem motivos claros, sem evidências, sem razão. Olhei para frente, onde uma pequena reunião efetuava no fundo do quintal de casa. Muitos homens bem trajados e olhares sérios, todos esperando uma oportunidade para mostrar-se prontos ao árduo trabalho. Todos querendo uma vida de grandes finanças e reconhecimento.

  Reparei ao longe um pequeno ponto rosa chutar algumas pedras próximo ao riacho artificial, totalmente despreocupada com tudo o que acontecia ao seu redor.
Sorri satisfeito, levantando a ponta do meu pé e calcanhar relativamente, de modo seguido, apertando meu lábios e assentindo com a cabeça.

  Ela era fascinante.

  Passei a mão levemente sobre a cabeça, tentando não desmanchar o penteado que fazia com que meu cabelo, já na altura do pescoço, ficasse fixado para trás.
Aquele era o dia em que completaria quinze anos e eu não via a hora de crescer.

— Feche um pouco a boca, bonitão. — Itachi se aproximou com um sorriso e braços cruzados. — A baba está escorrendo. Olha ... — Passou a mão no canto dos meus lábios em zombaria, me fazendo afastar seus dedos com um tapa leve.

— Ela ficou linda de cabelo rosa. — Suspirei. — Combina perfeitamente com o nome, não é hyung? — Itachi assentiu, enquanto reparava a menina ao longe. — Você acha que ela ficará bem, algum dia?

  Itachi levantou um dos ombros em dúvida, torcendo seus lábios brevemente.

— Estamos dando nosso melhor, certo Hōni? — Apertou minha bochecha, me fazendo apenas assentir em concordância. — Enquanto isso, sempre esteja ao lado dela e mostre o quanto ela é importante. Algumas dores são curadas com amor. Mas não qualquer tipo de amor. — Deu ênfase em sua última frase.

— Será que devo me casar com ela?

  Os lábios do meu irmão se curvaram, logo esbanjando um riso anasalado enquanto ainda fixava seu olhar sobre o palanque, ouvindo seu nome ser chamado para comparecer em frente a tribuna. Passou suas mãos sobre seu smoking perfeitamente ajustado em seu corpo, caminhando de postura ereta e cabeça erguida em direção ao centro de todo aquela reunião.

O suicídio - HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora