Capítulo 25

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Observei aquele pedaço de mau caminho entrando na sala e precisei pressionar minhas pernas já fechadas. Faziam dois dias que não nos víamos, e uns quatro que não nos beijávamos. Desde quando resolvemos colocar as cartas na mesa, ainda não havíamos ficado a sós. No dia em que ele foi em minha casa, Christopher tinha um compromisso em seguida e o resto da semana ele precisou corrigir várias provas e trabalhos que deixou acumulado. Foi realmente triste cuidar da minha situação sozinha, eu diria até mesmo deprimente.

Seus olhos percorreram a sala inteira e pararam em mim. Um quase sorriso surgiu em seus lábios e ele o mordeu em seguida.

— Bom dia, turma. Estão preparados para um pequeno trabalho valendo uma nota importante nesse bimestre?

Todos soltaram um gemido de frustração, inclusive eu, que além de frustrada como aluna também estava sexualmente frustrada. Eu não era uma ninfomaníaca, mas sentia falta de transar com ele. Nem que fosse uma rapidinha. Ah, seria ótimo.

Mordi meu lábio e balancei minha cabeça negativamente.

— Certo, pessoal. Vamos começar!

Ele abriu sua bolsa e pegou vários papéis.

— Anahí, por favor. Distribua-os.

Anahí que estava quase dormindo sentada, se levantou bufando e pegou os papéis da mão de Christopher, que se sentou em sua cadeira e esperou que ela entregasse todos os papéis. Ele evitava olhar o tempo todo, mas todas as vezes que seus olhos se encontravam com os meus, sentia uma grande corrente elétrica passar por meu corpo.

Quando Anahí terminou, ela se sentou ao meu lado e me olhou.

— Da próxima vez em que forem dar uma rapidinha, por favor, prenda o pau dele na calça. — Revirou os olhos e eu precisei segurar o riso. Christopher nos olhou curioso, mas nada disse.

Após explicar como ele queria que o trabalho fosse feito, ele se sentou em sua mesa e observou a sala enquanto todos nós tomávamos no cu. Mas, infelizmente, estávamos ali para isso.

— Preciso transar — Resmunguei baixinho para Anahí que se virou para me olhar com a testa franzida.

— Estamos no meio de um trabalho fodido que vale nota e você está pensando em transar?

— Se torna difícil quando a minha tentação está no meu campo de visão.

— É essa mesma tentação que passou essa merda de trabalho. — Anahí rebateu, revirando os olhos.

— Continua fodendo bem e eu gosto dele — Dei de ombros.

— Você é louca! — Ela se virou para frente novamente e eu bufei. Maite havia faltando e eu nem poderia desabafar com ela para depois ver seus olhos arregalados me encarando. Voltei a fazer meu trabalho tentando não me desconcentrar mais uma vez.

— Pessoal! — Levantei minha cabeça quando ouvi a voz de Christopher —  preciso da ajuda de alguém para trazer alguns livros que poderão lhes auxiliar.

Rapidamente levantei minha mão e em seguida mais umas duas pessoas também levantaram. Christopher já estava me olhando e pude ver que quase sorriu.

— Vamos lá, Dulce María? — ele disse e eu apenas assenti me levantando.

Saímos da sala e eu o segui até a sala de livros que ficava no andar de baixo. Raramente pegavam livros ali porque eram uns mais antigos, realmente estranhei, mas Christopher sempre disse que os antigos eram melhores e mais completos.

Entramos na sala que tinham os livros e segui Christopher até o fundo da sala, onde os livros deveriam estar.

— São esses daqui — Ele disse, colocando-os em cima da mesa e dividindo-os em duas pequenas pilhas.

Quando ele terminou de organizá-las e eu ia pegar uma das pilhas, Christopher me puxou para ele e quase me fez gritar de susto.

— Estava com saudades — Ele disse antes de me beijar com urgência. Um arrepio percorreu meu corpo inteiro e eu enrosquei meus braços em volta do seu pescoço, colando ainda mais nossos corpos.

Suas mãos percorreram minhas costas e apertaram meu bumbum. Em seguida, ele começou a abaixar minha calça e eu parei o beijo o olhando com os olhos arregalados.

— Eu tranquei a porta, você não percebeu?

— Mesmo assim, é perigoso.

— Vai ser rápido, linda.

Como se eu realmente pudesse dizer não no estado em que eu me encontrava…

Christopher se abaixou e também fez o mesmo com minha calça e calcinha. Tirou apenas totalmente de uma perna e a ergueu em seu ombro. Meu corpo continuava arrepiado e eu já me estava excitada.

Quando sua língua quente tocou minha intimidade, precisei me segurar com mais força na mesa onde estava encostada. Seria uma grande desafio não gemer, mas se eu não quisesse ser pega e expulsa, precisava manter minha boca bem fechada para não escapar nada.

Christopher era muito habilidoso, já conhecia meus pontos mais sensíveis e também como eu gostava que fosse feito. Observá-lo se tornava ainda mais excitante, sua língua movia-se com destreza fazendo os movimentos que mais me causavam prazer. Era excitante demais vê-lo com os olhos fechados totalmente concentrado em me dar prazer ou me olhando atentamente enquanto eu desfrutava de suas incríveis habilidades.

Meu corpo queimou ainda mais quando ele me penetrou com dois dedos, mordi meu lábio fortemente para não gemer e pude sentir o gosto de sangue.

— Christopher — Sussurrei. Enrosquei meus dedos em seu cabelo puxando-o sem nenhuma delicadeza enquanto ele se concentrava em mover seus dedos e língua, obviamente com muita destreza. Porra! Ele era bom demais em tudo o que fazia.

Joguei minha cabeça para trás e rebolei contra sua boca, tentando continuar equilibrada para não perder a força nas pernas. A mesa não era das mais seguras e eu não queria que ela quebrasse naquele momento – seria realmente constrangedor – então evitava encostar totalmente nela.

Mais um dedo. E eu o xinguei de todos os nomes possíveis, aquilo era demais. Ele queria que eu gemesse? Quando o encarei e o vi sorrindo travesso tive certeza que sim. Filho da puta. Não pude proferir essas palavras porque ele voltou a atenção ao meu clitóris com a língua e eu voltei a me concentrar em gozar. Era apenas os que eu queria – mentira, eu também queria que ele me fodesse de outra maneira, mas isso não seria possível naquele momento.

Espasmos tomaram conta do meu corpo anunciando meu orgasmo e eu precisei me apoiar com as duas mãos na mesa, mas sem jogar todo meu peso. Mais uma vez mordi meu lábio fortemente tentando não fazer nenhum som.

Christopher se levantou e mais uma vez me beijou com urgência. Porra, eu queria mais.

— Sua vontade passou? Não aguentei você me dizendo ontem que estava se masturbando enquanto falava comigo. — Ele disse e eu sabia que estava ficando vermelha. Eu ainda era tímida, ok?

— Quero você.

— Passo na sua casa hoje às oito para te buscar, está bem? — Ele disse sorrindo.

— Sim — Sorri e o beijei mais uma vez.

— Agora vamos, antes que alguém estranhe. — Ele me deu um selinho.

Subi minha calça, arrumei meu cabelo e roupa. Peguei os livros assim como ele e voltamos para sala.

Eu mal podia esperar para encontrá-lo de noite. Quando se trata de Christopher, eu posso claramente dizer que me torno insaciável.

I Want You (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora