Estava com o Beto na sala de aulaesperando o professor de Direito Penalchegar, naquela manhã de sexta-feira,quando o barulho de um trovão ecooupelo prédio.— Acho que vem chuva forte hoje —comentou Beto, olhando para a janela.— Tinha combinado com o Caveira deirmos ao Trem Bão, mas com chuva nãorola — falei, desanimado.Trem Bão é um bar com música ao vivoe mesas ao ar livre. Adoro aquele lugar,mas lá é gostoso ficar na parte descoberta.Quando chove, porém eles colocam umaespécie de toldo e o clima perfeito dolugar vai embora junto com a chuva.— Poxa, nem me chama! Ninguém meconvida pra mais nada — protestou Beto.— Sem paranoia. Eu ia te chamar hoje,mas pensamos que você ia preferir ficarnamorando.— Posso ir com a minha namorada, anão ser que vocês tenham alguma coisacontra ela.— Imagina. A Juju é muito legal —retruquei, para não mencionar outrasqualidades dela.O professor entrou na sala e olhou paraa turma. Ficamos quietos, esperando queele falasse algo. Era a aula que eu maisesperava desde que entrei na Federal deRio das Pitangas. Queria me especializarem Direito Penal, e o professor dessamatéria sempre foi considerado o melhordo nosso curso.— Bom dia, turma. Hoje vamosconversar brevemente sobre o que iremosdiscutir durante o curso, mas já informoque a nota da matéria será a soma de umaprova no final do semestre e de umaapresentação que vocês farão a partir demaio.As apresentações desse professor eramfamosas. Ele dividia a turma em duplas edistribuía casos criminais para que elasos estudassem. Duas duplas ficavam comum caso, uma para a defesa e outra para aacusação. Na exposição de cada caso,quem não estava nem defendendo nemacusando virava jurado, enquanto oprofessor era o juiz. Eu estava empolgadoenquanto ele ia falando sobre o trabalho.Olhei para o Beto, e ele parecia perdidonos pensamentos.— Acorda. Presta atenção que você vaitrabalhar comigo.— Ah, você anota tudo aí. Não meinteresso por isso e sei que você vaitrabalhar bem e sozinho, seja na acusação,seja na defesa — disse ele, com descaso.Beto queria se especializar em DireitoTributário.Depois de formadas as duplas, oprofessor distribuiu os casos. Apesar deserem fictícios, sabíamos que erambaseados em casos reais. Beto e eupegamos a defesa de um homem que eraacusado de matar seu melhor amigo, masas provas não eram concretas. Geleiquando vi o caso detalhado no papel queo professor entregou. Qualquersemelhança poderia ser meracoincidência? Beto olhou para a acusaçãoe riu.— Ninguém mata o melhor amigo.Não comentei nada.Caveira foi lá para casa de tarde eficou olhando desanimado a chuva forteque caía. Sem chance de sair com aqueleaguaceiro.— Essa droga de chuva estragou osmeus planos — comentou Caveira.Estava parado perto da janela enquantoeu navegava pela internet. Fiquei a tardetoda ali, empolgado com o trabalho quefaríamos, e já buscava alguns casosparecidos para ajudar na defesa.— Já tinha marcado algum encontro?— perguntei.— Encontro mesmo, não. Mas comcerteza teria muita coisa interessante lá.— Caveira olhou para mim. — Dá prasair dessa porcaria de computador ecompartilhar esse momento dolorosocomigo?— Caveira, não estou ligando muito prasair. Amanhã a gente sai. — Programei ocomputador para desligar e me virei paraele. — O que você acha de pedirmos umapizza? Já que vamos ter que ficar aqui emcasa mesmo...— Fazer o quê? — respondeu Caveira,ainda desanimado.— Será que o Beto vai querer vir?— Ah, ele não vai vir aqui.Provavelmente está namorando no quartoquentinho e não vai sair de casa.Não gostei do comentário. Meu sanguegelava só de pensar na Juliana nos braçosdo Beto, os dois deitados na cama dele nomaior dos amassos.— Eu sei, mas ele fica o tempo todoreclamando que agora se sente excluído,que nunca o chamamos pra nada. Nãoquero ouvir reclamações depois.Peguei o telefone e liguei para o Beto.— Oi, Beto. Fazendo o quê? —perguntei quando ele atendeu.— Estou vendo TV.— Não quer vir aqui em casa comeruma pizza e jogar conversa fora? OCaveira já está aqui.— Desistiram de sair? — provocouele.— A chuva decidiu por nós. E eu techamei hoje pra ir ao Trem Bão, vai! —Eu me defendi.— Só porque não ia dar pra ir porcausa da chuva — disse Beto, e percebique ele estava rindo.— E aí, vem?— Puxa, até que é uma boa. Mas a Juestá aqui em casa fazendo bolo dechocolate com a Alice.— Se elas quiserem, podem vir.— Mulher nunca atrapalha — comentouCaveira.— O que o Caveira falou aí? — Betoquis saber.— Nada. — Fiz sinal para o Caveiraficar quieto e ele fez outro avisando quequeria falar algo.— Só um minuto, Beto. — Olhei para oCaveira. — O que foi?— Qual o problema dele?— As meninas estão fazendo bolo dechocolate e ele não vai deixar a Juju lá.— Hum... Fala que, se elas trouxerem obolo, a gente banca a pizza.Voltei ao telefone.— O Caveira está falando pra você vircom a Juju e a Alice e trazer o bolo que agente compra a pizza.— E a Emília? — perguntou Caveira.— Fica quieto! — sussurrei. — Beto,se a Emília quiser vir também, não temproblema.— Ok, vou ver com as meninas e avisovocês.Desliguei o telefone e olhei para oCaveira.— Ele ainda vai ouvir você falando daEmília.— Não tenho medo dele.— Sei.Uma batida na porta interrompeu nossaconversa. Era meu pai, que colocou acabeça dentro do quarto.— Carlos Eduardo, vou dar uma saída.— Vai aonde com essa chuva? —Estranhei, porque raramente meu pai saíaem uma sexta à noite, ainda maischovendo.— Manuel ligou me convidando parajantar na casa deles. Quando ele ligouainda não estava chovendo e eu mecomprometi a ir e levar o vinho.— Ok. Bom jantar — eu disse, e meupai saiu do quarto. Virei para o Caveira,que tinha um sorriso malicioso no rosto.— O que você sabe sobre esse jantar?— A Juliana conversou com a tia Ivone,que teve a ideia do jantar.— Então sua mãe também vai? — Nãoconsegui conter o sorriso.— Vai.— Você é o único cara que vejoarrumando namorado para a mãe.— Minha mãe é nova e merece serfeliz. E seu pai é gente boa demais.— Fico contente em saber.O telefone tocou e era o Beto, avisandoque estava vindo para minha casa comAlice e Juliana. Emília já tinha umcompromisso, e o Caveira não gostou desaber disso, embora não pudesse fazernada.— Vamos descer e pedir a pizza —disse, saindo do quarto.Depois da pizza e do bolo, ficamos nasala vendo TV e conversando. A sala láde casa tinha dois sofás, um de doislugares, embaixo da janela, e outro aolado, formando um L, de três lugares, queficava de frente para a TV. Juliana e Betoestavam no sofá de dois lugares, bemabraçadinhos. Eu estava sentado no chãoencostado no outro sofá, longe deles, eevitava olhar para aquela cena. Sentiauma inveja terrível do Beto e detestavaisso, porque sempre considerei a inveja opior dos sentimentos. E ao mesmo tempoestava feliz pelo meu amigo. Sem dúvidaeu estava muito confuso em relação aosmeus sentimentos nos últimos dias.Alice estava sentada no sofá ao meulado. Suas pernas esbarravam no meubraço às vezes, e eu sabia que era para meprovocar, mas naquele momento não meimportava. Caveira estava ao lado dela,falando sem parar, e eu não prestava amínima atenção ao que os doisconversavam até Alice soltar uma fraseque ecoou pela sala.— O que vocês acham de brincarmosde Verdade ou Consequência?Gelei. Brincar não era bem a palavra,já que aquilo era mais um jogo de vida doque uma brincadeira.— Isso é coisa de criança — eu disse,com descaso, na tentativa frustrada defazer todos ficarem do meu lado. Claroque não deu certo.— Eu topo! — Caveira se prontificou,levantando e já procurando uma garrafavazia.— Deixa de ser sem graça e brinca coma gente, Cadu — disse Alice, limpando amesinha que havia no centro da sala nafrente dos dois sofás.Olhei para Juliana, mas ela prestavaatenção ao Caveira, que voltava com umagarrafa pet de refrigerante vazia.— Uma garrafa de plástico para nãoquebrar ao cair da mesa. — Ele a apoiouna mesinha. — E também para nãoprovocar vontade de quebrá-la na cabeçado outro, conforme as perguntasesquentarem.— Não quero nenhuma perguntaindiscreta e indecente pra minha irmã,nem pra minha namorada — disse Beto, eAlice mostrou a língua para ele.— Não vem estragar a brincadeira,Beto — repreendeu Caveira. — E o quefor falado não sai daqui.— Isso é o de menos, já que quem sabemeus podres está aqui — disse Alice,apontando Juliana. — E quem não podesaber também está aqui. — Agoraapontava o Beto.— Ok, vamos brincar. — Finalmenteme levantei, vencido por todos. Para falara verdade, estava curioso para algumasrespostas de Juliana e temeroso poralgumas perguntas que viessem a serfeitas para mim. — Quem escolherconsequência vai fazer o quê? Qual vaiser a punição? — Quis logo saber, já queusaria esse artifício muitas vezes,dependendo das perguntas.— Hum... — Caveira ficou pensativo.— Que tal beijo de língua? — disse,maliciosamente.— Jamais! — gritou Beto. — Ninguémvai beijar a minha irmã, muito menos aminha namorada.— Então invente outra punição, já quebeijar você ou o Cadu não me interessa —disse Caveira, desanimado, e tive de rirdaquela cena.É claro que dar um beijo na Juliana nãoseria ruim, mas não dessa forma, comouma obrigação, muito menos na frente donamorado dela. Clima zero.— Não sei, mas beijo não vai rolaraqui. — Beto ainda estava furioso comaquela audácia do Caveira.— Ele só estava brincando. — Tenteiacalmar os ânimos.— Uma dose de alguma bebidaalcoólica, então? — propôs Alice, todaanimada.— Ei, não vou chegar com você bêbadaem casa. — Beto logo quis vetar também.— Você é um chato. Está estragando abrincadeira — disse Caveira, sem amínima paciência.— E quem disse que eu vou chegarbêbada? Só se eu escolher sempreconsequência, mas pretendo respondertudo — esclareceu Alice.— Opa, estou gostando. — Caveiralogo esqueceu as implicâncias do Beto.Dei graças a Deus por estar na minhaprópria casa, pois provavelmente sairiabêbado da brincadeira.— Acho que seria uma boa estipularuma cota de consequências, não? —propôs Juliana, também se mostrandoanimada. Arregalei meus olhos e fiz sinalpara ela, mas, se percebeu algo, nãodemonstrou.— É uma boa. Se escolherconsequência tem que responderobrigatoriamente depois, o que acham? —Alice deu a ideia e todos aceitaram,menos eu. Porém, como era minoria, ficouestipulado que ninguém podia pedirconsequência duas vezes seguidas. Eu mesentei logo, tentando ficar de frente paraJuliana.— Eu começo. — Caveira rodou agarrafa e saiu para ele perguntar ao Beto.— Deixe-me pensar... Qual a melhorgarota com quem você já ficou? E nãovale a Juliana.— Puxa, desse jeito meu namoro acabahoje. — Beto ficou extremamente semgraça com a pergunta.— Beto, se você fica assim com umapergunta desse tipo, quero ver quandochegar nas mais pesadas. — Alice riu dareação do irmão.— Eu não me importo com o queaconteceu na sua vida antes decomeçarmos a namorar. — Juliana otranquilizou, mas Beto ainda estavapensando, provavelmente decidindo seera uma boa hora para usar aconsequência.— Ok. Foi a Kátia.— Aquela piranha? — berrou Alice,com a boca aberta de espanto, e todoscaímos na gargalhada com a reação dela.— Eu não sei quem ela é, nem querosaber — disse Juliana, rindo.— Tem séculos que nós ficamos. —Beto tratou de esclarecer, mas eramentira, porque ele havia ficado com aKátia no final do semestre passado. —Agora é minha vez — disse ele, rodando agarrafa, que parou virada para Alice mefazer uma pergunta. Senti um frio nabarriga porque percebi que ela ia soltaralguma besteira.— Você já quis ficar com alguém que éproibido para você? Quem?Sabia que ela perguntava pensando emsi mesma, e minha resposta deveria sersim, mas por causa da Juliana.— Você fez duas perguntas —retruquei, tentando ganhar tempo.— Responde então a primeira que asegunda faço depois. — Ela sorriumaliciosamente para mim, e foi a minhavez de pensar se deveria usar aconsequência nesse momento ou não.Se usasse, todos saberiam que aresposta era sim, e na próxima vez ela iriaquerer saber quem era a pessoa. Sefalasse sim e usasse depois, ficaria aqueladúvida no ar e ela pensaria que a pessoaera ela. Pior! Beto poderia sacar algumacoisa e também achar que eu era a fim daAlice. Era uma dúvida cruel.— Vamos, Cadu, responde logo. —Caveira me deu um cutucão.— Acho que todo mundo já quis umavez na vida ficar com alguém que éproibido — respondi.— Você não respondeu a pergunta —disse Alice.— Acho que respondi.Beto franziu a testa e me olhou sério.— Você está falando da minha irmã?— Você pergunta isso para ele depois— disse Caveira, pegando a garrafa e medando.— Espera aí, Caveira — disse Beto,sério. — Você está falando da minhairmã?— Não, não estou falando de nenhumadas suas irmãs.— E quem é proibida para você alémdelas?— Uma garota que tenha namorado, porexemplo — falei, me arriscando. Tenteinão olhar para a Juliana para ele nãoperceber, embora quisesse ver a reaçãodela à minha resposta.— Você está falando da Juliana? —Desta vez Beto falou tão alto queestremeci.Respirei fundo e olhei para ele.— Se for pra você implicar com todasas respostas, querer vir tirar satisfação,então não vou brincar. Não quero brigarcom você por causa disso, é apenas umabrincadeira — reclamei, sério,percebendo que surtiu efeito e escapei daresposta.— Desculpa, acho que estou meexaltando. — Ele estava arrependido deverdade.— Tudo bem, relaxa. Ninguém aquiquer atacar sua irmã — eu disse.— Ou roubar sua namorada — explicouCaveira, mas eu não podia concordar.— Foi mal, gente. Prometo que não vaimais acontecer.— É bom mesmo, ou então imaginaquando as meninas começarem aresponder — disse Caveira, e vi que oBeto não gostou de pensar muito sobre oassunto, mas ficou quieto.— Vamos, Cadu, roda a garrafa —pediu Juliana.Rodei e, dessa vez, Juliana deveriaresponder uma pergunta feita por mim. Eua encarei sério e vi que ela começou aficar vermelha.— Ainda nem perguntei e você já estásem graça? — brinquei e todos riram,descontraindo o ambiente. Eu a olhei maisum instante e fiz a pergunta que esperavadesde que o jogo começou. — Qual o seumosqueteiro preferido?— Que raio de pergunta é essa? —Caveira quis saber, com a sobrancelhafranzida.— É o que eu quero saber.— Faz uma pergunta melhor. —Caveira ainda estava revoltado.— Eu faço a pergunta que quiser.— Caveira, nem todo mundo tem opensamento sujo igual a você — disseBeto, embora ele não soubesse que minhapergunta tinha duplo sentido. Esperavaque Juliana entendesse, mas não estavamuito certo.— Ah, mas o Cadu não sabe brincar —disse Caveira, olhando para a Juliana. —Vai, responde essa que deve ser fácil.Juliana me olhou e depois olhou o Beto.— Você ainda tem que pensar? Sabetudo da vida dos mosqueteiros e ainda temque pensar? — brincou Beto.— Ah, não vale o D'Artagnan —esclareci.— Ele não era mosqueteiro. Era? —perguntou Caveira.— Acho que no final ele vira um. Não?— perguntou Beto para a Juliana, que nãorespondeu. Ela continuava olhando paramim.— Sempre gostei do Aramis. Mas gostodo Athos também.O que era aquilo? Ela gostava de mim edo Beto? Gostava dele? Gostava doAramis e do Athos? Fiquei perdido emdúvidas, mas não tinha como esclarecernada, nem ali, nem nunca.— Pronto, pergunta idiota respondida,roda isso aí, Ju — disse Caveira,esfregando as mãos.Juliana rodou e saiu para Caveiraperguntar a Alice.— Vê lá o que vai perguntar pra minhairmã — ameçou Beto, e Juliana deu umtapa no braço dele.— Não enche, Beto. — Caveira olhoupara Alice. — Se você pudesse ficar comum de nós, escolheria eu ou o Cadu?— Que merda, Caveira! — berrouBeto, se levantando. — Escolheconsequência porque você não vairesponder — disse ele, apontando o dedopara Alice.— Assim não dá, Beto! — Dessa vezfoi Caveira quem berrou, ficando de pétambém.— Calma, cara. É uma brincadeira. —Tentei acalmá-lo, mas ele estava furioso.— Se você não sabe brincar, vaiembora — disse Alice.— Calma. É só besteira que estamosfalando aqui. Ninguém está mandandoAlice beijar os meninos. — Juliana tentoumelhorar, mas piorou.— Se eu deixasse, ele a beijava agora.— Beto olhou para Caveira. — Nóstemos um pacto!— Ei, eu não tentei agarrar a menina.Só fiz uma pergunta.— Calma, cara. — Fui para perto dele.— Relaxa, é só uma pergunta. Queproblema tem ela falar qual de nósescolheria se pudesse um dia? Nós nãovamos ficar com a Alice.— Além do mais, você prometeu que iase comportar. — Alice olhou séria paraele. — Ou então você vai embora. Quesaco!Juliana levou o Beto para a cozinha eos dois ficaram lá conversando.— Vamos, Alice, responde agora queele não está ouvindo — provocouCaveira.— Você sabe a minha resposta — disseela, me olhando, e senti meu rosto corar.— Vocês dois estão provocando o cara.— Fingi que não entendi a indireta dela.— Claro que é o Cadu — disse ela,ainda me olhando. — Mas, como elemesmo falou, nunca vai ficar comigo.— Beto não está olhando agora. —Caveira provocou ainda mais.— Deus do céu, Caveira! — respondi,e vi a Juliana vindo da cozinha com oBeto.— Desculpa de novo, gente. Vou tentarme comportar.— A brincadeira perdeu a graça —reclamou Caveira.— Desculpa. — Beto estavavisivelmente transtornado. Eu queriasaber o que a Juliana havia falado paraele.— Não tem problema. Acho que no seulugar eu teria agido do mesmo modo. —Tentei deixá-lo mais calmo.— Você é um chato. — Alice mostrou alíngua para ele. — O que vamos fazeragora que a brincadeira acabou? —perguntou ela, olhando a chuva que aindacaía lá fora.— Acho melhor irmos embora — disseJuliana. — Já está tarde.CAPÍTULO 8Como não fui dormir tarde, por causa
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A Namorada Do Meu Amigo
RomanceA NAMORADA DO MEU AMIGO - Graciela Mayrink Você trocaria seu melhor amigo pelo amor da sua vida? Na cidade de Rio das Pitangas, nada parecia capaz de abalar a amizade entre Beto, Cadu e Caveira. Quando crianças, nenhum dos três garotos gostava da J...