T2 Queda de Água

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René Descarte: "Penso, logo existo"

Eu: "Penso, logo excito"

Descemos do carro e eu espanco a porta do mesmo com muita forca que com certeza os vizinhos ouviram. Entro no meu quarto, tranco a porta, dispo-me e caio na cama exausto com um turbilhão de pensamentos na cabeça.

Mas o meu descanso foi interrompido por batidas frenéticas na porta e em seguida a voz de quem eu não queria ouvir hoje.

"Leo!? Responde por favor." diz o Rapha e a sua voz aparenta estar triste, mas foda-se.

"Vai embora." Ordeno em fúria.

"Por favor, deixa-me explicar, eu não sei o que me deu."

"Não quero ouvir nada que venha da sua boca."

"Eu bebi muito e não pensei bem naquele momento ... e ..." Tenta explicar ele mas eu o interrompi.

"HA HA HA, porque todos colocam a culpa na bebida, inferno e argh." Eu disse enquanto abria a porta.

"É verdade o que eu disse." Disse o Rapha e eu via sinceridade em seus olhos, enquanto ele detinha a carinha de um cãozinho que caiu do caminhão de mudanças.

"Arrr" digo estendendo os braços, voltando de costa para ele.

Não porquê, mas todos gostam de me pegar no pulso e ele não escapa a regra, fazendo-me voltar lentamente o corpo na sua direção.

"Apenas me deixa só." Peço num sussurro vendo que os nossos rostos estavam pertos de mais e eu não queria cometer uma loucura.

E no instante seguinte sinto o sabor delicioso dos seus lábios colados nos meus e como saboroso era sentir o toque deles.

O beijo que começou lento, agora acelerava gradualmente e ele pediu passagem e eu cedi. A sua língua experiente explorava a minha boca enquanto travava uma batalha deliciosa com a minha língua.

Devido a falta de oxigénio, tivemos que interromper o beijo e ele me deu uma mordidinha maravilhosa no meu lábio inferior.

"Gostoso!" deixei escapar no final e ele me deu um esplendido sorriso que deixou as minhas pernas bambas.

"Desde a primeira vez que te vi no churrasco lá em minha casa, não consegui te esquecer mais e passei a contar os dias, as horas, os minutos e os segundos para te ver." Confessa ele e como não apaixonar por esse cara.

"Eu também não consegui te esquecer e o meu desejo por ti só agravava dia após dia."

Depois disso voltamos a nos beijar e caímos abraçados na minha cama, retornando o beijo e por fim dormimos de conchinha.

(...)

Passaram-se cerca de duas semanas e eu o convidei a um piquenique em um local muito bonito aqui na minha cidade, mas de difícil acesso, o que o torna quase que esquecido por todos menos para mim.

As duas e meias, o Rapha chegou aqui em casa.

"Oi meu lindão."

"Oi meu garanhão." Digo e o beijo quase que desesperadamente.

"Que fogo é esse lindão?"

"Saudades reprimidas."

"Que isso, estávamos juntos a duas horas atrás e conversamos muito hoje pelo telefone."

"A para, confessa que tiveste saudades minhas também."

"OK, confesso que tive também e agora vem cá para eu te beijar de novo." Diz o Rapha e voltamos a beijar de novo.

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